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Guerra no futebol: porque a Superliga é um golpe dos gigantes 

Doze clubes, no auge de um elitismo latente, de forma unilateral e injusta, criam uma competição que só beneficia a eles mesmos

R7 Só Esportes|Pietro Otsuka, do R7

Uefa e Fifa prometem punições severas a clubes e jogadores que participarem da Superliga
Uefa e Fifa prometem punições severas a clubes e jogadores que participarem da Superliga Uefa e Fifa prometem punições severas a clubes e jogadores que participarem da Superliga

Doze dos maiores e mais ricos clubes do futebol mundial anunciaram, no domingo (18), a criação da Superliga. O torneio, que conta no momento com Real Madrid, Barcelona, Atlético de Madrid, Juventus, Milan, Inter de Milão, Manchester City, Manchester United, Chelsea, Arsenal, Liverpool e Tottenham, é uma declaração de guerra as entidades que comandam o futebol mundial e na Europa: Fifa e Uefa. 

Quando os primeiros rumores sobre a criação da Superliga começaram a circular, foram acompanhadas de ameaças em tom grave por parte de Fifa, Uefa e ligas nacionais. Os clubes que estiverem no torneio paralelo poderão ser banidos de todas as competições europeias e domésticas, além de jogadores que participarem poderem ser proibidos de disputar competições por suas seleções. 

Mas por que a Superliga é um golpe dos gigantes europeus? Simples. Atualmente, na Europa, os campeonatos tem um formato consolidado. Em cada liga europeia, dependendo do país, os quatro primeiros colocados na tabela se classificam para a Champions League — o maior torneio de clubes do mundo, com quem a Superliga busca rivalizar. 

O Arsenal, por exemplo, disputa o Campeonato Inglês. Na temporada passada, a equipe do norte de Londrês terminou a competição em oitavo lugar, logo, não se classificou para Champions League.

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Nesta temporada, o Arsenal está em nono lugar, a 9 pontos do Chelsea, o quarto colocado na tabela. Ou seja, é provável que os Gunners, novamente, não se classifiquem para a Champions. No entanto, disputará a Superliga, caso ela realmente aconteça. Isso é um escárnio. 

É uma afronta a todos os outros clubes. O Arsenal, que está atrás de (oito) times mais competentes no Campeonato Inglês, terá vaga garantida na Superliga. Recebendo aportes financeiros, e premiações, só por participar, maiores do que para o campeão da Champions League. 

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Por ser clube fundador, também não poderá ser rebaixado. Ou seja, são os gigantes europeus trabalhando para ganho próprio. Não importa que uma Atalanta, um Leicester, projetos de times menores que, com trabalho e seriedade, conseguiram chegar a torneios continentais. É elitismo puro, é deixar as equipes menores sem nada, sem dinheiro, sem visibilidade. 

Serão os mesmos 15 clubes, fixos, jogando uns contra os outros, ganhando muito dinheiro, enquanto toda uma estrutura de ligas, divisões e campeonatos será ignorada. Não há critério esportivo na definição dos participantes. 

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Doze clubes, do alto de um elitismo latente, de forma unilateral e injusta, criam uma competição que só beneficia a eles mesmos. Que toda punição seja aplicada e que aqueles que tentam dar um golpe no futebol sofram as consequências. 

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