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‘Em pouco tempo, já tem me tornado uma treinadora melhor’, diz Camilla Orlando, sobre desafio no Palmeiras

Técnica foi contratada para a temporada 2024 do time feminino após uma reformulação; ela deu detalhes do novo trabalho e contou o que já conseguiu colocar em prática até agora

Gol Delas|Camila JuliottiOpens in new window

Camilla Orlando foi contratada para temporada 2024 do Palmeiras (Divulgação)

Camilla Orlando assumiu o desafio de comandar o Palmeiras em um momento de reformulação do time. A diretoria anunciou a contratação da nova treinadora para a temporada de 2024 no lugar de Ricardo Belli. Em 2023, com o técnico no comando, as Palestrinas sofreram uma goleada de 8 a 0 para o Corinthians, na semifinal do Paulista, além de terem sido eliminadas nas quartas de final do Brasileirão pelo São Paulo e perderem a final da Libertadores também para o Corinthians.

Com poucos meses de trabalho, Camilla — que traz na bagagem experiências nacionais e internacionais, como a seleção feminina dos Emirados Árabes, por exemplo — conta um pouco sobre o novo desafio e revela o que já conseguiu colocar em prática até agora.

“O que eu tento fazer a cada dia é aplicar o planejamento inicial. Eu acho que o planejamento dá uma referência e um norte pra onde a gente quer chegar, e também pra onde a gente vai voltar, né? Pra refletir sobre como estão os processos, como está refletindo no jogo... O planejamento tem que conseguir ser refletido no jogo, que é o momento que a gente se prepara. Acho que isso é o principal”, avaliou a treinadora em conversa com o Gol Delas.

“Acho que a gente vem conseguindo, na minha opinião, fazer um entrosamento e a construção de uma equipe de uma forma até rápida. Até mesmo porque a gente não tem o tempo que gostaria. Quando a gente pensa no Campeonato Brasileiro, já foram jogos com três, quatro dias no máximo de intervalo. Então, ali você não consegue mudar muito, você só consegue ajustar alguma coisa ou outra”, completou. Vale lembrar que depois de uma pausa devido à Data Fifa, o Palmeiras voltou aos gramados na noite da última sexta-feira e venceu o Avaí/Kindermann por 4 a 0.

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Diante de um novo projeto, Camilla, que está morando em Vinhedo, interior de São Paulo, onde ficam as instalações do time feminino do Palmeiras, comentou sobre o entrosamento e o dia a dia dela com o elenco. Além da novidade no comando do time, 13 novas atletas chegaram e 8 saídas foram confirmadas.

“Tem sido muito positivo. São mulheres e atletas disponíveis, com bastante ambição, com desejo de realmente fazer também a sua trajetória dentro do futebol feminino, e dentro do Palmeiras, obviamente. Tem sido muito gratificante, é um desafio muito engrandecedor, que tem me tornado, sem dúvida nenhuma, já uma treinadora melhor, nesse curto período de tempo.”

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Camilla celebra gol com Yamila Rodríguez (Reprodução/Instagram/@palmeirasfeminino - 16.03.2024)

Apesar de não ter tido tempo para trabalhar com Bia Zaneratto, a técnica das Palestrinas falou sobre a saída da craque — atualmente, ela joga pelo Kansas City Current — e o impacto da ausência dela no time.

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“A Bia é uma grande atleta, mundialmente forte, internacional, uma atleta de seleção brasileira. E não só um atleta, mas também uma grande mulher. Então, obviamente, a gente sente a saída de uma atleta como essa, mas a gente também percebe uma grande oportunidade de uma nova construção, de um novo momento para o clube”, afirmou.

Camilla ainda respondeu sobre uma suposta contratação a altura para substituir a agora ex-camisa 10 das Palestrinas: “No momento, a gente tem pensado em como fortalecer essa equipe com as atletas que a gente tem, e tornar também esse coletivo a nossa maior força. De forma geral, não só pela saída da Bia, a gente está sempre pensando em novas atletas que possam contribuir para as ideias de jogo, para característica do clube”.

‘Leila tem se aproximado do futebol feminino’

Única mulher presidente entre os clubes da elite do futebol nacional, Leila Pereira tem uma representatividade em um meio majoritariamente ocupado por homens. Para além do futebol masculino, onde tem uma atuação muito presente, os olhares de Leila tem se voltado mais ao time feminino.

“Ela tem uma relação muito forte com a diretoria (Roberto Simão), de confiança, de troca. Obviamente, a gente não tem tempo para essa proximidade, pelas várias funções que ela exerce, né? Mas, de forma geral, você percebe que cada vez mais, ela tem se aproximado do futebol feminino. Até porque, ela não entrou pelo futebol feminino, ela é uma mulher que trabalha com futebol. Mas com certeza ter ela como essa representatividade no clube, como mulher é uma inspiração pra gente e a gente tenta sempre representar isso também ali dentro de campo”, disse Camilla.

Equilíbrio frente aos rivais

Contratada para assumir o comando das Palestrinas logo depois da goleada histórica para o Corinthians, a treinadora sabe bem o peso dos clássicos. Como se não bastasse a derrota que derrubou o então técnico Ricardo Belli, as Brabas vivem um cenário quase perfeito, acumulando títulos e conquistas a cada ano. Apesar do ótimo desempenho do rival, a técnica do Palmeiras acredita em um equilíbrio para essa temporada.

“Eu acho que esse Campeonato Brasileiro é o mais equilibrado de todos os tempos. Eu acho que todas as equipes conseguiram acelerar um pouco e diminuir essa distância que tinha o projeto do Corinthians, que vinha um pouco na frente”, opinou. “Mas a gente sabe que como os clássicos e como Palmeiras e Corinthians é um grande jogo, né? Decidido no detalhe. E é pra isso que a gente está se preparando também”, finalizou.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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