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Submissos, jogadores aceitam volta imposta pelas Federações

Federações, como a Paulista, vão impor o retorno dos Estaduais, com a bênção da CBF. Isso se a pandemia do coronavírus permitir volta em junho

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Corinthians, como os outros grandes, querem verba da TV. Daí voltarem os Estaduais
Corinthians, como os outros grandes, querem verba da TV. Daí voltarem os Estaduais Corinthians, como os outros grandes, querem verba da TV. Daí voltarem os Estaduais

São Paulo, Brasil

A cúpula da CBF foi pressionada.

O presidente Rogério Caboclo foi lembrado que só está no cargo graças aos presidentes de Federações.

No dia 23 de março de 2017, o banido presidente da CBF, Marco Polo del Nero, articulou um golpe para tomar o poder dos clubes na eleição da entidade que controla o futebol brasileiro.

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Ele multiplicou por três os votos de cada federação. Mesmo em menor número que os clubes da Série A e B, com direito a voto, prevalecerá sempre as 27 federações contra os 40 clubes.

Para Caboclo ser reeleito em abril de 2023, ele tem de defender os interesses das Federações.

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Isso explica a submissão da CBF em relação à volta do futebol no país. 

Embora a lógica aponte para o cancelamento dos Estaduais, para que os grandes clubes, responsáveis por 90% do público nos estádios e 95% dos torcedores, tenham de se comprometer a disputar os Estaduais até o final. 

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Mesmo que as partidas encavalem com a Libertadores, com a Copa do Brasil. E 'cole' no Brasileiro.

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Mesmo que a temporada neste país seja esticada até janeiro de 2021.

É preciso deixar claro como será a volta do futebol no Brasil, após a pandemia do coronavírus. 

Caboclo assegurou às principais Federações: de São Paulo e do Rio de Janeiro, que seus campeonatos terminarão dentro no campo.

A CBF não quer Reinaldo Carneiro Bastos e Rubens Lopes insatisfeitos.

Não pode.

No caso específico de São Paulo, quarta-feira, na FPF, a decisão já foi antecipada para os grandes clubes.

Quando o coronavírus permitir, o Paulista será retomado. E decidido em campo, para a TV Globo terminar de pagar aos clubes o direito de transmissão. Ela suspendeu o pagamento quando o futebol foi suspenso.

Todas as equipes precisam deste dinheiro.

A Federação Paulista de Futebol quer o término do torneio por uma questão de prestígio. Os Estaduais estão cada vez mais desvalorizados, desprestigiados. 

O desinteresse dos torcedores, da televisão é nítido. A Libertadores, a Copa do Brasil, o Brasileiro, a Copa Sul-Americana, são muito mais importantes. Os torneios não levam os clubes grandes a nada. A Globo não tem transmitido mais os jogos de janeiro e fevereiro dos Estaduais às quarta-feiras, por exemplo. Prefere filmes.

O ideal para o futebol brasileiro seria aproveitar essa oportunidade que o destino oferece e adequar o calendário deste país ao europeu, começando em agosto e terminando em junho.

Seria ideal para amistosos, intercâmbio com os maiores clubes do mundo. 

Mas falta coragem à CBF.

E por isso, vai se submeter às Federações.

Na quarta-feira, Reinaldo Bastos vai confirmar o desejo de que o torneio retorne no início de maio, dez dias após as férias dos clubes grandes.

Palmeiras, Santos e São Paulo querem a garantia que, se a Libertadores voltar, eles terão intervalos decentes entre os jogos. De no mínimo três dias.

A novidade das últimas horas foi a absurda liberação da Federação Nacional dos Jogadores Profissionais, que o intervalo entre as partidas não seja mais de 66 horas.

Mas apenas 48 horas.

Foi uma atitude política, sem respaldo médico.

A CBF e as Federações querem que os Estaduais terminem em campo. Para dar tempo vale tudo, até jogos com dois dias de descanso.

Clubes pequenos como o Santo André, dono da melhor campanha na fase de classificação, e Água Santa, alegam que os contratos da maioria de seus jogadores teminam no final deste mês. 

A FPF tem a deteminação da Fifa que os contratos de clubes em competição, quando a pandemia do coronavírus parou o futebol, eles passam a ter mais um mês de validade. 

Reinaldo exigiu da CBF. Paulista decidido no campo
Reinaldo exigiu da CBF. Paulista decidido no campo Reinaldo exigiu da CBF. Paulista decidido no campo

Mas há alguns jogadores que foram até negociados. Como Ronaldo, artilheiro do Santo André no Paulista, foi contratado pelo Sport.

Para a FPF vale a regra da Fifa.

Se os clubes pequenos perderem jogadores, a FPF permitirá novas inscrições. Como a utilização de juniores.

A obsessão da FPF é acabar o Paulista. Com jogos seguidos, disputa dos jogos decisivos em uma só cidade do Interior, como uma pequena Copa do Mundo.

Seja o que for.

Mas com campeão saindo dentro do campo.

Os sindicatos de jogadores de futebol no Brasil são muito fracos.

Jogos com 48 horas de descanso. Jogadores aceitam imposições dos dirigentes
Jogos com 48 horas de descanso. Jogadores aceitam imposições dos dirigentes Jogos com 48 horas de descanso. Jogadores aceitam imposições dos dirigentes

Não se impõem.

É lógico que o calendário brasileiro já está saturado.

E os atletas serão sobrecarregados.

Mas falta união, representatividade.

Os dirigentes estão preocupados só com dinheiro.

Principalmente dos clubes grandes.

Da tevê, da arrecadação, da premiação.

Mesmo sabendo que estão perdendo tempo com os Estaduais.

Aceitam até que os jogos sejam sem público, se a pandemonia impedir a ida dos torcedores aos estádios.

Resumo da situação.

A CBF apoia a decisão de cada federação.

E sabe que elas querem terminar os Estaduais.

Eles seguirão se puderem recomeçar em maio.

As férias dos atletas deverão ser esticadas até o dia 30 deste mês.

No caso de São Paulo, FPF e clubes trabalham com previsão otimista.

Volta em maio.

Caso o futebol do Brasil volte em junho, tudo ficará complicado, com a falta de datas.

Mas se o retorno for em maio, clubes, jogadores e FPF aceitam jogos seguidos, com 48 horas de intervalo, se for necessário.

E com os clubes pequenos perdendo atletas.

Se ficar para junho ou mais adiante, será caótico.

A obsessão de Reinaldo é uma só.

Que o Paulista recomece de qualquer maneira...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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