São Paulo, Brasil
Faltou futebol e personalidade.
E o líder São Paulo perdeu o clássico para o Corinthians, em Itaquera, por 1 a 0, gol de Otero.
O time de Fernando Diniz fica com apenas quatro pontos de vantagem em relação ao Atlético Mineiro. E cinco pontos do Flamengo, com o time carioca com um jogo a menos.
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O Corinthians chegou à nona colocação, sonhando com uma das vagas para a Libertadores.
"A gente entrou abaixo no primeiro tempo. Entramos diferente do que é a nossa equipe, Diniz cobrou isso no intervalo, tentamos melhorar, mas infelizmente não conseguimos o resultado.
"Infelizmente não ganhamos mas estamos na frente, agora é manter a tranquilidade, tem jogo importante na quarta-feira, confronto direto (contra o Atlético Mineiro)", dizia, decepcionado, Reinaldo.
"(O ponto principal da vitória) foi a preparação. Foi mérito da comissão, que estudou a equipe adversária.
"Desarmamos (muito) porque sabíamos que eles ficam mais com a bola, baixamos a linha (marcaram, mais à frente).
"E se pudessemos aproveitar as chances podíamos ter até ter feito mais gols", dizia, orgulhoso e, com razão, Fábio Santos.
A derrota tem um aspecto decisivo.
Muito além do tabu de o tricolor jamais ter vencido na nova casa corintiana.
A equipe perdeu uma invencibilidade de 17 partidas, no pior momento.
O São Paulo, que jogou muito mal, terá pela frente, o Atlético Mineiro, quarta-feira, no Morumbi.
Entrará pressionado, pela derrota no clássico.
Vagner Mancini sabe que precisa impressionar o novo presidente Duílio Monteiro Alves, para não perder seu emprego na reformulação que o Corinthians fará em 2021, com a mudança na fórmula do pagamento de sua arena.
E o clássico contra o São Paulo, líder do Brasileiro, era uma oportunidade rara, em Itaquera.
Mancini tratou de repetir o que fez contra equipes superiores à sua, como o Internacional e o Atlético Mineiro.
O Corinthians tratou de colocar uma espantosa intensidade. Com volúpia digna de final de campeonato e não apenas mais uma partida no longo Campeonato Nacional.
Mancini conseguiu travar a saída de bola são paulina. O Corinthians não deu espaço, oxigênio para o meio de campo do rival para articular as jogadas em velocidade pelos lados do campo, para as conclusões de Brenner e Luciano.
O veterano Daniel Alves não conseguia jogar, só reclamava do time e da arbitragem.
A equipe de Fernando Diniz não esperava tanta determinação, o ritmo alucinante do Corinthians.
E mais, Mancini apostou na velocidade de Léo Natel às costas de Reinaldo. O atacante estava desesperado para marcar contra o clube que o revelou e não deu chances para se firmar, Léo Natel.
O atacante teve duas chances preciosas no primeiro tempo. A primeira, terminou na defesa de Volpi. E, a segunda, o chute foi para fora.
O primeiro tempo do Corinthians foi excelente.
Merecia marcar o gol.
E ele veio.
Aos 24 minutos, Reinaldo errou um passe, com o time adiantado. Cantillo trocou passe com Léo Natel e deu lançamento impressionante para Otero. O venezuelano dominou a bola, invadiu e bateu forte, cruzado. Impossível para Volpi.
1 a 0, Corinthians.
O gol parece que assustou o São Paulo. O time seguiu intimidado, travado. Nem parecia o líder do Brasileiro.
Individualmente, a equipe estava tímida, tensa.
Para piorar, Luciano sentiu o músculo adutor da coxa direita. E teve de deixar o jogo.
O Corinthians teve também sua perda, Cantillo, com dores na virilha.
No segundo tempo, o time de Mancini seguiu marcando forte, travando o São Paulo. A postura decepcionante continuou. Nem parecia o jogo do líder do Brasileiro contra uma equipe com campanha medíocre.
A maior chance de gol foi do Corinthians.
Volpi resolveu sair jogando e perdeu a bola para Casares. A bola sobrou para Camacho. Sem goleiro, ele demorou e foi travado pela zaga.
Mas o que valeu foi a vitória.
Ótima para dar confiança ao Corinthians.
Excelente para o Atlético Mineiro, Flamengo, Palmeiras, Internacional e Grêmio, concorrentes direto ao título.
O São Paulo foi decepcionante...
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