Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Pragmático, Corinthians se impõe diante do medroso São Paulo

O time de Fábio Carille marcou aos seis minutos do primeiro tempo. O São Paulo de Cuca foi decepcionante. Muito atrás e sem força ofensiva

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Quando Pedrinho marcou, aos seis minutos, o clássico estava decidido
Quando Pedrinho marcou, aos seis minutos, o clássico estava decidido Quando Pedrinho marcou, aos seis minutos, o clássico estava decidido

São Paulo, Brasil

Quando Fagner ajeitou a bola para Pedrinho bater da entrada da área, o cronômetro do árbitro Flávio Rodrigues de Souza mostrava seis minutos de jogo.

A batida saiu seca, firme. 

Iria para o meio do gol, onde estava, bem colocado, Tiago Volpi. 

Publicidade

Mas o zagueiro Arboleda tentou travar o chute. 

Só que sua tentativa foi fatal para o São Paulo.

Publicidade

O que conseguiu foi desviar a bola e mandá-la para o canto esquerdo, traindo o goleiro.

1 a 0, Corinthians.

Publicidade

Assim que saiu o gol, todos no Itaquerão e mesmo bancos de reservas tiveram a mesma sensação. 

Aconteceu o que Fábio Carille mais desejava.

E Cuca temia.

O Corinthians jogando em casa, com o apoio maciço dos seus torcedores lotando a arena, e muito bem encaixado, saía na frente no placar.

Foi terrível para o São Paulo, que entrou de maneira muito medrosa, com jogadores ofensivos, mas preocupados apenas em recompor e buscar as bolas longas. Estratégia pobre demais para um clássico.

A vibração de Pedrinho. O início que Fábio Carille pediu aos céus
A vibração de Pedrinho. O início que Fábio Carille pediu aos céus A vibração de Pedrinho. O início que Fábio Carille pediu aos céus

O Corinthians marcando alto, compactado, firme, buscando a vitória pela recuperação no Brasileiro e pela rivalidade. 

Seria muito difícil, o São Paulo mudar o destino do jogo.

E não conseguiu. 

A partida seguiu como se esperava, muito disputada nas intermediárias, superpovoada de jogadores. Para facilitar a missão corintiana, Antony e Everton afunilavam, atuavam no meio, em vez de buscar a linha de fundo. E batiam de frente com Ralf e Júnior Urso. 

Alexandre Pato, ex-jogador do Corinthians, teve uma péssima atuação na primeira vez que enfrentava seu ex-time no estádio que chegou a ser garoto-propaganda.

Manoel e Henrique estavam muito bem protegidos.

Cássio não foi obrigado a fazer nenhuma grande defesa.

Na frente no placar, o Corinthians tinha mais consciência e objetividade no toque de bola. Mas mostrava o velho defeito de pouco finalizar.

Porém, foi pragmático. 

Venceu a partida por 1 a 0 e já é o terceiro do Brasileiro.

O São Paulo caiu para quarto lugar.

E Cuca já começa a enfrentar o questionamento da torcida depois das derrotas contra o Bahia, no Morumbi, pela Copa do Brasil. E mais esse resultado negativo contra o rival. 

Mas a falta de resultados em jogos importantes não é só de responsabilidade de Cuca. 

Foi o oitavo clássico do São Paulo no ano.

Não conseguiu vencer nenhum.

Em 12 clássicos no Itaquerão, não venceu nenhum.

Hoje, não foi diferente.

Acabou facilmente controlado pelo Corinthians.

Júnior Urso. Incansável nas intermediárias. Foi peça importante na vitória
Júnior Urso. Incansável nas intermediárias. Foi peça importante na vitória Júnior Urso. Incansável nas intermediárias. Foi peça importante na vitória

"A equipe está de parabéns pelo empenho, tivemos um dia a menos de preparação e conseguimos impor um ritmo forte.

Não deixamos de jogar com o 1 a 0, continuamos tentando criar situações de perigo.

Taticamente fizemos um jogo muito bom", dizia Fagner, que foi o melhor jogador em campo. Ele se referia ao fato de seu time ter atuado na quinta, contra o Deportivo Lara, enquanto o São Paulo enfrentou o Bahia na quarta-feira.

"Eles conseguiram fazer o gol no primeiro tempo, depois se fecharam bem. Tentamos de todas as formas entrar, mas eles estavam bem fechados. Não conseguimos reverter a situação", admitia, conformado, o experiente Hernanes.

"A gente está crescendo na ideia, naquilo que é o DNA do Corinthians. Vinte e cinco jogadores novos, agora com a chegada do Everaldo. Mas a gente é muito forte. Estamos nesse processo ainda, jogadores entendendo o que é Corinthians. Concentração sempre muito alta", comemorava Carille.

O treinador assumia.

O time está entendendo sua filosofia pragmática.

"Quando a gente arma estratégia como a gente armou, jogando com dois volantes e dois meias chegando à frente, para serem concluidores de jogadas, para jogarem nas costas do Ralf...

Quando você planeja estratégia assim e toma gol no início do jogo, você perde a estratégia do jogo, porque o jogo se torna a caráter da maneira que o Corinthians gosta, porque o Corinthians fecha bem atrás e joga no teu erro. Coisa que não iria acontecer se não tivesse tomado o gol.

Eles foram felizes.

O jogo se torna um jogo de força pura. Casa muito mais o estilo de jogo do Corinthians do que com o perfil do time do São Paulo. Perdemos mais divididas e algumas vezes poderíamos ter ganhado mais essas divididas", reconhecia Cuca depois da derrota.

Love, como todo o Corinthians, se desdobrou. Atacou e se doou na marcação
Love, como todo o Corinthians, se desdobrou. Atacou e se doou na marcação Love, como todo o Corinthians, se desdobrou. Atacou e se doou na marcação

Seu time foi previsível.

Sem confiança.

Inseguro.

Como o São Paulo vem sendo há anos.

Daí o jejum de sete anos sem títulos...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.