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Pai de Jô rompe hipocrisia. Revela real chance de volta ao Corinthians

Ao declarar que o treinador do Nagoya não gosta de brasileiro, pai de Jô deixa claro que retorno do atacante ao Corinthians é muito possível

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Mal estar com o treinador Massimo Ficcadenti pode trazer Jô de volta
Mal estar com o treinador Massimo Ficcadenti pode trazer Jô de volta Mal estar com o treinador Massimo Ficcadenti pode trazer Jô de volta

São Paulo, Brasil

Desde que o país importou da Europa e introduziu os assessores de imprensa no futebol, no início da década de 90, a relação com os jogadores e jornalistas nunca mais foi a mesma.

Atletas passaram a ser treinados para serem superficiais, não se mostrarem verdadeiramente como são. A grande maioria não se compromete em causas sociais, não usam o espaço que têm.

São domesticados para só participarem de entrevistas coletivas. Evitarem as exclusivas. A não ser quando precisem, após expulsões, desentendimentos, afastamentos. Para pedir desculpas públicas.

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Muitos assessores, inclusive, querem saber o teor da entrevista. 

E vetam perguntas sobre determinado assunto, sob pena de não mais deixar 'seus jogadores' falarem com o jornalista que ousar desobedecer.

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Por isso, fica impossível conhecer a real personalidade dos jogadores, desde então.

Na seleção atual de Tite, quem ousa falar são os veteranos Daniel Alves e Thiago Silva. O restante se esconde, não se posiciona abertamente.

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Principalmente Neymar.

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Na Copa do Mundo da Rússia, ele participou apenas de uma coletiva, após o México, quando jogou bem e recebeu vários pontapés. E fugiu dos jornalistas na zona mista. Ironizando, rindo dos repórteres que pediam seu depoimento. Eram 500 credenciados do mundo todo. 

Neymar olhava, fingia que não ouvia, e saía batucando nas mãos, cercado de outros jogadores da seleção, que riam da situação. 

Esse cenário de bastidores explica a ação dos jornalistas. Se assessores, pagos para deixar imaculada a imagem de seus 'patrões', impedem o acesso aos jogadores, os repórteres precisam buscar a informação por outros meios.

Agentes, empresários costumam serem boas fontes quando há interesse em vender, negociar ou o salário de seus atletas, que muitas vezes dividem com eles, atrasam. Aí, estão receptivos para passar informações.

Mas há ainda outro caminho.

Os parentes.

São inúmeros os casos que eles antecipam saídas, mostram situações que ninguém imaginava. Falam com a sinceridade de quem não é treinado para 'perder a alma, a personalidade e vira especialista em omitir'.

O caso mais recente aconteceu domingo.

Dirigentes e conselheiros corintianos sabem que o clube precisa desesperadamente de um artilheiro. Falta técnica para o argentino Boselli. E Vagner Love, que fará 36 anos daqui dois meses, não é sombra do atleta fisicamente que um dia foi.

A fixação por Jô é algo assustador no Parque São Jorge.

O atacante nasceu nas categorias de base do clube. Foi 'sequestrado' por Kia Joorabchian, presidente da MSI, quando o acordo com o Corinthians foi implodido pela Polícia Federal, desconfiada de lavagem de dinheiro.

Jô circulou pela Europa, Internacional, Atlético Mineiro, Emirados Árabes, China, até voltar para o Corinthians, 12 anos depois, aos 29 anos.

O ano de 2017 foi sensacional para o atacante.

A ponto de vencer o Paulista e o Brasileiro.

Pai de Jô deixa claro. Treinador do Nagoya 'não é chegado' em brasileiro
Pai de Jô deixa claro. Treinador do Nagoya 'não é chegado' em brasileiro Pai de Jô deixa claro. Treinador do Nagoya 'não é chegado' em brasileiro

O artilheiro recebeu uma proposta fabulosa e inesperada salarial do Japão.

Foi embora, prometendo que voltaria ao Corinthians.

Desde o final de 2018 é a mesma coisa.

Especulações sobre quando Jô voltará.

Com o mesmo fervor que Portugal espera a volta de Dom Sebastião I, da batalha de Alcácer-Quibir, em 1578.

E nesta parada pela pandemia não seria diferente.

Jô, lógico, se cala.

Mas seu pai falou.

E expôs o filho de maneira inesperada.

"Eu sei que esse treinador não é muito chegado em brasileiro, ele prefere trabalhar com japoneses. E os que ele traz."

Foi o que disse Francisco Dário, à TV Gazeta.

Ele estava se referindo ao técnico italiano Massimo Ficcadenti. 

Lógico que a declaração já se espalhou pela Internet.

Dário não inventou a notícia, ouviu do filho.

Jô deixou a porta escancarada e jurou voltar ao Corinthians
Jô deixou a porta escancarada e jurou voltar ao Corinthians Jô deixou a porta escancarada e jurou voltar ao Corinthians

Jô tem contrato até o final de 2020.

Conselheiros e dirigentes corintianos se animaram.

Desde 2018, Jô recebe cerca de R$ 10 milhões por temporada.

Esse salário seria impossível para o Corinthians pagar, atolado em dívidas pelo Itaquerão e sofrendo com a falta de jogos, por conta do coronavírus.

Mas a declaração de Dário tem força.

Pode provocar o rompimento com o Nagoya.

A diretoria corintiana pode chegar, excepcionalmente, a R$ 700 mil mensais, mesmo estipulando o teto de R$ 500 mil aos jogadores, em 2020.

O pai de Jô escancarou uma relação hipócrita.

Rivaldo falou que Van Gaal não gostava de brasileiros no Barcelona.

Romário não escondia que não gostava de Zagallo e o treinador não gostava dele.

Edmundo não gostava de Leão.

E os exemplos vão morrendo com a chegada dos assessores.

A declaração do pai de Jô é rara.

Mostra o quanto o atacante brasileiro está se sentindo prejudicado.

Mas era algo secreto.

Não poderia vir a público.

Sua última declaração sobre um eventual retorno ao Corinthians foi em uma 'live' sobre o Manchester City, há dois dias.

"Eu tenho contrato ainda com o clube no Japão, como eu tenho deixado claro nas entrevistas. Não tenho como cravar nada agora, ninguém sabe quando vai voltar o futebol. Temos que esperar, ver o que vai acontecer mais para frente."

"Não tem jeito", respondeu.

Não sabia que seu pai iria expor a sua real situação no Nagoya.

Sem omissão.

O que animou a direção corintiana de vez para tentar seu retorno para o Brasileiro.

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