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Brasil e Argentina deu menos audiência que Corinthians e Ituano

Repetir jogos antigos, que todos têm à disposição na Internet, é um tiro no pé. Final da Copa das Confederações de 2005 espantou audiência da Globo

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Desespero.Audiência despencou ontem com a final da Copa das Confederações.
Desespero.Audiência despencou ontem com a final da Copa das Confederações. Desespero.Audiência despencou ontem com a final da Copa das Confederações.

São Paulo, Brasil

Como o blog havia anunciado, a estratégia desesperada da Globo, de mostrar jogos antigos, subestimou os telespectadores.

Talvez em um mundo que não existisse Internet, a idea de mostrar partidas disputadas anos atrás, com vitórias da Seleção, iludisse o torcedor ávido por futebol.

"Fidelizasse", como gostam de definir executivos globais.

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O que está por trás desses confrontos, que todos sabem o que irá ocorrer, é a tentativa de pagar as 65 partidas prometidas para os patrocinadores Ambev, Casas Bahia, Chevrolet, Hypera Pharma, Itaú e Vivo. Eles gastaram R$ 1,8 bilhão por estes jogos.

No começo dessa 'ideia genial' de mostrar jogos antigos, a emissora carioca 21 pontos da vitória do Brasil por 2 a 0, na final da Copa do Mundo de 2002, no domigo, dia 12 de abril.

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Baixa audiência, lembrando que a data corresponderia à semifinal do Paulista de 2019, quando a emissora carioca chegou a 31 pontos, reunindo São Paulo e Palmeiras.

Mas a celebração vazia de alguns veículos comparou os 21 pontos com o fraquíssimo rendimento do Paulista na fase de classificação, que sempre foi fraco, iludiu alguns.

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Só que ontem, não houve saudosista que não fosse confrontado com a verdade. A final da Copa das Confederações de 2005, com a vitória por 4 a 1, contra a Argentina, conseguiu apenas 14 pontos de audiência.

33% menos do que Brasil e Alemanha.

Resultado fraquíssimo, vexatório.

Sem força para agradar patrocinador algum.

Para deixar tudo pior, vale a comparação.

Corinthians e Ituano, o último jogo ao vivo mostrado pela emissora para São Paulo, no dia 15 de março, rendeu para a Globo, 21,7 pontos.

Ou seja, mais do que a badalada final da Copa das Confederações.

O telespectador não pode ser tratado como gado.

O segredo da atração das competições esportivas está na imprevisibiilidade.

Mostrar jogos com lances que foram repetidos à exaustão, que estão ao alcance na hora que o torcedor quiser, acessando a Internet, se mostra puro desespero.

Ainda mais duas seleções que fracassaram na Copa de 2006, caindo nas quartas. Os argentinos diante dos alemães, com direito a vexame, briga.

E os brasileiros, de Parreira, acabaram sendo despachados pelos franceses.

A estratégia da Globo já desmoronou na segunda semana.

A pandemia é algo muito sério.

O futebol não voltará antes do final de maio, pelo menos, neste país.

Usar o horário nobre do futebol, domingo às 16 horas, para confrontos repetidos está sendo um grande tiro no pé.

E que não ilude ninguém.

Sem outra saída criativa, a Globo anuncia.

Em nova demonstração de coragem ou maior desespero.

Mostrará no próximo domingo, a final da Copa de 1994.

Foram 120 minutos de 0 a 0.

Jogo e prorrogação enfadonhos, disputados ao meio-dia do verão norte-americano, na Califórnia.

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Com o Brasil vencendo nos pênaltis por 3 a 2.

A maior atração para os executivos globais deve ser Galvão Bueno se esgoelando, histérico, gritando, abraçado a Pelé, a quem criticava por falar demais.

"É tetra... É tetra..."

Assim caminha o futebol na pandemia...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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