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Na maior falha na vida de Cássio, pior do Corinthians foi Carille

Treinador não conseguiu motivar seu time para cumprir a obrigação e vencer o fraco Fluminense. Sem vontade e articulação, a falha de Cássio foi fatal

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Foi uma das maiores falhas na carreira de Cássio. Chute fraco e reto de Ganso
Foi uma das maiores falhas na carreira de Cássio. Chute fraco e reto de Ganso Foi uma das maiores falhas na carreira de Cássio. Chute fraco e reto de Ganso

São Paulo, Brasil

"Fui fazer o movimento (encaixar).

"E, infelizmente, a bola saiu do meu braço.

"Foi uma falha que não pode acontecer."

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Sim, sem a menor dúvida.

Foi a pior falha da carreira de Cássio.

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Aos 32 anos, o goleiro passou por vergonha ao tentar encaixar a bola, em um chute fraco, sem efeito de Paulo Henrique Ganso. A bola foi no meio do gol.

Mas o goleiro estava muito mal posicionado, desconcentrado. Foi para a bola de lado. Errou infantilmente o tempo de abaixar os braços e encaixá-la contra o peito.

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Se estivesse de frente e errasse o tempo, o máximo que aconteceria seria a bola bater no seu peito. Como estava de lado, ela foi morrer no fundo do gol corintiano.

Gol do Fluminense, aos 39 minutos do primeiro tempo, em Brasília.

Mas Cássio não foi o pior, nem o grande responsável pela derrota do Corinthians diante do fraquíssimo time de Oswaldo de Oliveira, que luta para escapar do rebaixamento.

As maiores críticas devem ser reservadas a Fábio Carille.

Incrível a displicência que aceitou do seu time em campo. Equipe sem vontade, sem garra, como se não estivesse interessada nos três pontos, que levaria o clube à quarta colocação do Brasileiro.

Time burocrático, sem coordenação ofensiva, triangulações pelo lado do campo, sem infiltrações, ataques em bloco.

Nada disso.

Equipe dispersa, com os setores distantes.

Fluminense teve muito mais vontade, gana pelos três pontos
Fluminense teve muito mais vontade, gana pelos três pontos Fluminense teve muito mais vontade, gana pelos três pontos

E que aceitou o ritmo lento proposto pelo Fluminense.

Sem dúvida alguma, apesar do frango inaceitável de Cássio, o pior do Corinthians foi Carille.

Seria preocupante empatar com o Fluminense, tamanha a diferença técnica entre os elencos.

Perder, jogando com desinteresse, como se treinasse, é algo inadmissível.

"Não dá pra pedir motivação, técnico de time grande tem que se preocupar com parte tática", deixou escapar Carille, na coletiva.

Se treinador não pode exigir motivação, quem é que pode? Um dos sorveteiros do estádio Mané Garrincha?

Por mais que o time vá jogar a primeira partida da semifinal da Copa Sul-Americana, contra o Independiente del Valle, quarta-feira, no Itaquerão, a falta de empenho do time contra o Fluminense foi indecoroso. 

O time paulista perdeu invencibilidade 14 partidas. Não perdia desde a Copa América.

Mas no planejamento que toda clube faz para o Brasileiro, Carille contabilizava os três pontos hoje. Ainda mais quando a endividada diretoria do Fluminense vendeu o mando do jogo para Brasília por R$ 800 mil. 

O estádio passou a ser neutro. O Corinthians nem teria a torcida contra.

O Fluminense vinha mergulhado na crise.

Com o time muito mal, na zona do rebaixamento.

E Oswaldo de Oliveira já ameçado de demissão pelas fracas atuações. E por já estar desgastado com vários jogadores, entre eles, Paulo Henrique Ganso, a quem tira em quase todas as partidas.

Ele montou a equipe de forma previsível, como sempre.

Colocou cinco homens no meio de campo e apenas João Pedro mais adiantado.

O Corinthians até deu uma falsa impressão, quando Gil acertou a trave com forte cabeçada em escanteio, aos sete minutos do primeiro tempo.

Mas logo foi fácil constatar que a equipe estava estranhamente preguiçosa, lenta demais, sem convicção, com Fagner e Carlos Augusto sem força para apoiar o ataque. Pedrinho e Vital inconstantes, passivos, aceitando a marcação carioca.

Gustagol, que é dependente absoluto dos companheiros para jogar, estava isolado, sem tocar na bola.

Paulo Henrique Ganso ganhou um presente absurdo de Cássio
Paulo Henrique Ganso ganhou um presente absurdo de Cássio Paulo Henrique Ganso ganhou um presente absurdo de Cássio

O único jogador corintiano com vontade, personalidade, atitude foi o jovem Janderson. Ele partia para cima dos marcadores pela esquerda, com futebol que lembra o de Éverton Cebolinha. Mas estava sozinho.

O Fluminense não criava, seguia lento. A intenção óbvia era marcar, travar um adversário assumidamente superior tecnicamente.

Lógico que uma bola fortuita, casual, seria muito bem-vinda.

E ela veio.

Justo de Paulo Henrique Ganso que estava, mais uma vez, sumido em campo.

Ele dominou a bola na intermediária, teve espaço para dar três toques na bola e chutar fraco, reto, sem curva.

O meia até já chegou ao primeiro passo para voltar à fechar intermediária.

Foi quando ele viu Cássio falhar de forma infantil, inesperada, tosca. 

E o Fluminense fazia 1 a 0, aos 39 minutos do primeiro tempo.

Se esperava que o Corinthians reagisse, buscasse de todas as maneiras virar a partida. Os três pontos em Brasília valiam muito.

Só que o time seguiu sem vontade, sem coordenação, com seus atletas distantes. O que facilitava o compactado Fluminense.

Carille assistia a tudo de forma impassível.

Colocou Jadson no lugar de Junior Urso, que fazia péssima partida. Mas o veterano meia está sem ritmo e nada acrescentou. Foi facilmente anulado.

Aos 26 minutos, colocou Vagner Love no lugar de Gabriel. O time passava a não ter volantes. A saída de bola ficou evidentemente prejudicada.

Aos 31, Boselli entrou na vaga de Gustagol.

As trocas não tiveram o menor efeito.

Sem vontade, vibração, time algum vence.

Carille não conseguiu fazer o Corinthians lutar pela vitória. Pior que Cássio
Carille não conseguiu fazer o Corinthians lutar pela vitória. Pior que Cássio Carille não conseguiu fazer o Corinthians lutar pela vitória. Pior que Cássio

E o Corinthians perdeu jogo com vitória obrigatória.

Tirou o Fluminense da zona do rebaixamento.

Jogou fora três pontos importantes no Brasileiro.

Não por culpa de Cássio.

Mas do impassível Fábio Carille...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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