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Lance bizarro e covardia do São Paulo. Ótimo para o misto Palmeiras

O São Paulo dominava o Palmeiras, líder do Brasileiro. Saiu na frente, mas recuou demais. E sofreu o castigo. Em um gol de sorte de Dudu

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Dudu marcou em um lance bizarro. Mas foi o castigo pela covardia do São Paulo
Dudu marcou em um lance bizarro. Mas foi o castigo pela covardia do São Paulo Dudu marcou em um lance bizarro. Mas foi o castigo pela covardia do São Paulo

São Paulo, Brasil

A falta de coragem de Cuca e um lance bizarro sabotaram o São Paulo.

Seu time havia feito um primeiro tempo exemplar, o melhor do ano. Vencia o líder do Brasileiro por 1 a 0. Sem correr riscos.

Mas no segundo tempo, o treinador do São Paulo mandou seu time, em pleno Morumbi, diante de sua torcida, recuar demais.

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Trouxe o Palmeiras, com cinco mudanças, para sua área. 

Sonhava com contragolpes.

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Só que o São Paulo exagerou.

Se acovardou.

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O resultado dessa pressão foi o duro castigo.

Aos 25 minutos, Dudu chutou forte do lado direito da grande área, a bola desviou em Reinaldo. Subiu, encobriu Volpi, bateu na trave e na nuca do goleiro e caiu no fundo do gol.

1 a 1.

O empate foi ótimo para o líder invicto do Brasileiro.

Foi um ponto precioso.

São 33 jogos sem derrotas no torneio nacional, desde 2018.

A diferença caiu para três pontos do Santos.

Mesmo assim, a equipe, envolvida na Libertadores e Copa do Brasil, segue na primeira colocação do Brasileiro.

Não perdeu no Morumbi, com 38 mil são paulinos, atuando com time misto.

Já o São Paulo segue apenas na nona colocação. 

Seguiu a sina de não vencer um clássico em 2019.

A última vitória contra grandes de São Paulo foi no dia 21 de julho de 2018.

Pablo colocou o São Paulo na frente. Mas foi uma falsa impressão
Pablo colocou o São Paulo na frente. Mas foi uma falsa impressão Pablo colocou o São Paulo na frente. Mas foi uma falsa impressão

Perdeu uma chance importantíssima de ganhar moral e pontos para brigar pelas primeiras colocações.

"Estou frustrado. Estava fazendo um grande jogo, uma bola estranha, nem sei o que aconteceu. São ossos do ofício, vamos para o próximo jogo. Não vamos dar desculpa, infelicidade", dizia Volpi, que fez duas ótimas defesas, mas tomou o gol de empate. 

Foi encoberto pela bola.

"Foi um bom resultado para nós. No segundo tempo conseguimos o domínio da partida, em pleno Morumbi. O empate nos manteve líderes e sem perder. E o gol foi meu", brincava Dudu, ao saber que haveria uma chance de a arbitragem anotar como gol contra de Volpi.

O atacante palmeirense sabia que houve uma reviravolta no Morumbi.

Proporcionada pelo próprio São Paulo.

Cuca precisava mostrar a que foi contratado.

Eram sete partidas sem vitórias.

Nas três semanas que teve para treinar, com a paralisação da Copa América, o treinador tinha de fazer o São Paulo competitivo que havia prometido, ao ser contratado.

E o treinador tratou de se internar no CT de Cotia e insistir em três itens: compactação, vibração e personalidade.

Cuca buscava recuperar a autoestima, a gana de vencer, lembrar que o clube é tricampeão mundial. Parar de perder os jogos, principalmente os clássicos, nas divididas.

E o São Paulo que começou o jogo contra o Palmeiras parecia outra equipe. Não mais a apática, insegura, medrosa de todo primeiro semestre.

Cuca tratou de colocar um meio de campo com Luan, Tchê Tchê e Hernanes. E na frente, Antony, Pablo e Pato.

E exigiu o time jogando em cima, com raiva do Palmeiras.

O time de Felipão, muito mudado, com a entrada de Antonio Carlos, Edu Dracena, Thiago Santos, Moisés e Gustavo Scarpa. 

E buscava, com um esquema cauteloso, 4-4

O time de Cuca teve um início fulminante.

Saiu na frente, com toda a justiça.

Em uma ótima troca de passes, Hudson deixou Hernanes livre na direita para cruzar da linha de fundo. Pablo se antecipou a Antônio Carlos. 

São Paulo 1 a 0, aos nove minutos do primeiro tempo.

O misto do Palmeiras não esperava esse ritmo forte. E assustado, escapou de tomar mais gols.

O jogador-chave do São Paulo era Tchê Tchê, que atuava como meia esquerda. Jogou livre por pelo menos 30 minutos. E teve três chances para deixar Pato, Pablo e Hernanes livres, cara a cara, com Weverton. Mas errou passes infantis.

Depois de meia hora, Felipão acordou e fez Thiago Santos grudar no ex-jogador Palmeiras e conseguiu diminuir, e muito, a pressão que seu time tomava.

Pato foi figura decorativa. Segue decepcionando no São Paulo
Pato foi figura decorativa. Segue decepcionando no São Paulo Pato foi figura decorativa. Segue decepcionando no São Paulo

O São Paulo perdeu o seu grande momento no jogo. Mas mesmo assim, tomava conta das ações. A saída de bola palmeirense era pavorosamente lenta. Com Thiago Santos e Moisés, em câmera lenta, ajudando o time de Cuca a montar seu sistema defensivo e tomar a bola.

O primeiro grande pecado de Cuca no jogo foi deixar Antony muito recuado. O jogador tem talento especial, trouxe dribles curtos, em velocidade, do futebol de salão. E tem de atuar perto da área adversária, não correndo atrás de lateral adversário.

Pato fez mais uma fraca partida. Sem iniciativa, figura decorativa no clássico.

Aos 40 minutos, um lance preocupante. Pablo disputou a bola com Thiago Santos e caiu, com todo o peso, em cima do tornozelo direito, que forçou o joelho. Ele teve de ser substituído no intervalo e preocupava muito o departamento médico do São Paulo.

A torcida estava eufórica no Morumbi.

Com a nova postura do time e a perspectiva de vencer o líder do Brasileiro.

Mas Cuca pôs tudo a perder.

Ele tinha o domínio do jogo.

Mas decidiu fazer com que o São Paulo recuasse.

Sonhava vencer o jogo nos contragolpes.

Foi o segundo pecado e capital.

O Palmeiras passou a pressionar e a bola rondar a pequena área de Volpi.

A um minuto, ele teve de fazer grande defesa em chute cara a cara de Deyverson.

Weverton teve, também de mostrar o grande goleiro que é, em arremates de Raniel, que entrou no lugar de Pablo, e de Reinaldo, aos dois minutos do segundo tempo.

A partir daí, Cuca recuou de vez o São Paulo.

E o Palmeiras foi criando chances.

Até que na mais bizarra delas, Dudu chutou da entrada da área.

A bola desviou, mudou completamente sua trajetória, encobrindo Volpi, acertando a trave, atrás dele.

Tocou na nuca do goleiro e entrou.

Gol do time misto do Palmeiras.

1 a 1.

A bola encobre o desesperado Volpi. Toca na trave, na sua nuca, e entra
A bola encobre o desesperado Volpi. Toca na trave, na sua nuca, e entra A bola encobre o desesperado Volpi. Toca na trave, na sua nuca, e entra

A partir daí, Felipão mandou seu time não se empolgar e controlar o ritmo do jogo.

Ele estava preocupado com a decisão das quartas-de-final contra o Internacional, em Porto Alegre, na quarta-feira.

A ponto de tirar seu melhor atacante, Dudu.

O São Paulo estava entregue psicologicamente.

Aceitou o 1 a 1.

Resultado ótimo para o líder do Brasileiro.

E frustrante ao São Paulo.

Perdeu a chance de tomar impulso no campeonato.

Pela covardia tática de Cuca...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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