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Com o Morumbi lotado, vaias para o São Paulo. Derrota para o ótimo São Bernardo. 1 a 0 foi muito pouco para o time do ABC

Zanardi, ex-auxiliar de Jorge Sampaoli, se impôs diante do time de Rogério Ceni, como seu 'ataque dos sonhos', Calleri, Galoppo e Luciano. O São Bernardo não é líder geral do Paulista por acaso

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


Com o Morumbi lotado, o São Bernardo se impôs. 1 a 0 foi muito pouco. São Paulo escapou de vexame
Com o Morumbi lotado, o São Bernardo se impôs. 1 a 0 foi muito pouco. São Paulo escapou de vexame

São Paulo, Brasil

52 mil torcedores.

Ataque 'dos sonhos': Calleri, Galoppo e Luciano.

Objetivo anunciado de Rogério Ceni de conseguir os três pontos para ser o segundo colocado na classificação geral.

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Esquema ofensivo, acreditando nas três vitórias seguidas.

Só faltou o São Paulo avisar o São Bernardo.

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O time do ABC é a sensação absoluta no Campeonato Paulista de 2023.

E mostrou porque no Morumbi, hoje.

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Márcio Zanardi mostrou, outra vez, que Jorge Sampaoli não passou pela sua vida por acaso.

Com toda coragem, ele colocou seu time muito bem treinado para sufocar o São Paulo logo no início da partida. 

Conseguiu se impor, vencer o jogo por 1 a 0, gol de Rodrigo Souza.

Com chances claríssimas para até golear: bola na trave e Alan Franco salvando em cima da risca, Rafael defendendo bola cara a cara de Chrystian Barletta.

Foi sua incrível sétima vitória consecutiva.

E liderança absoluta no Paulista.

Não por acaso, o venceu o Corinthians, o São Paulo e empatou com o Santos.

Não perdeu para nenhum grande.

Vai ser o adversário do Palmeiras nas quartas de final do Paulista, com quem luta pela liderança do grupo D e para terminar a fase de classificação na primeira colocação geral.

"Pra quem não viu, nosso time é isso. Até o último minuto. Para quem tá vendo nosso primeiro jogo, nosso trabalho é desde a pré-temporada, não são à toa as sete vitórias seguidas. A gente segue tranquilo e calmo para seguir sequência boa.

"Esses jogos são diferentes por temos que entrar com atenção redobrada, qualquer desatensão eles podem acabar com o jogo. Nossa equipe é ligada desde o começo", avisava Barletta, a revelação do Paulista, que já tem tudo acertado para jogar no Corinthians, assim que o campeonato acabar.

A felicidade de Barletta. Jovem do São Bernardo, fez outra ótima partida. Tudo acertado com o Corinthians
A felicidade de Barletta. Jovem do São Bernardo, fez outra ótima partida. Tudo acertado com o Corinthians

Do outro lado, a desilusão.

"Realmente estamos tristes por não dar alegria ao torcedor, mas tem que valorizar as três vitórias consecutivas. O grupo faz esforço enorme, estamos trabalhando muito. Tem muito a acontecer.

"Não podemos deixar que uma derrota comprometa tudo. Tranquilidade e seguir trabalhando.Nós queríamos a vitória, acho que merecíamos empatar o jogo. Infelizmente, não conseguimos. O torcedor merecia a vitória. Vamos seguir trabalhando, não podemos sofrer uma derrota em casa com tanta gente assim", dizia Galloppo.

O pedido do argentino se justifica porque a torcida do São Paulo, que apoiou o time desde o início do jogo, mostrou toda sua frustação quando Rogério Ceni, mesmo depois da derrota, quis que seus atletas agradecessem aos são paulinos. 

A resposta foi uma enorme vaia.

Justa pela superação do futebol do São Bernardo. Mas injusta pela luta.

Só que dedicação é pouco para superar o time de Zanardi.

Muito bem condicionado fisicamente e articulado para dominar as intermediárias, impor intensidade, não ter medo do adversário. Com transições importantes, conscientes, desde a defesa, meio-campo até o ataque.

E também, como o Palmeiras, com escanteios muito bem treinados.

O São Paulo teve enorme posse de bola, chegando em momentos a ter 78% do domínio do jogo. Mas trocava passes longe do gol de Alex Alves. Faltava penetração. Movimentação, dinâmica.

Calleri. A imagem do desânimo. Jogador contundido e vendo o seu time jogar mal
Calleri. A imagem do desânimo. Jogador contundido e vendo o seu time jogar mal

Galoppo e Luciano ocupavam o mesmo espaço. Calleri foi anulado pela zaga do São Bernardo. Nathan marcava muito bem, mas não apoiava com talento. Caio Paulista, inseguro, deixava muito espaço às suas costas. Corredor que o time do ABC aproveitou.

O gol de Rodrigo Souza, completando com fortíssima cabeçada, a cobrança perfeita de Vitinho, desmoronou a confiança do São Paulo. E já alertou a torcida que o início da noite seria sombrio.

O São Paulo não conseguia responder em seguida, por mais que lutasse. O time foi se enervando diante da marcação alta do São Bernardo, e enervando a torcida.

Logo começou a perseguição a Rodrigo Nestor. Esse é um efeito colateral nos últimos anos, quando o Morumbi lota e o time não rende. A torcida escolhe um bode expiatório. E desta vez foi com Nestor. Grande injustiça, já que a equipe toda foi inferior ao adversário.

Alan Franco salvou o que seria um golaço de Matheus Régis, que o deixou para trás, driblou Rafael e quando tocou leve a bola em direção às redes, o argentino conseguiu antecipar a jogada e evitou o 2 a 0.

A torcida irritada com a falta de objetividade do São Paulo, já vaiou o time no intervalo.

Calleri, que tomou um pisão no pé direito, não voltou para o segundo tempo. Pedrinho entrou no seu lugar.

No segundo tempo, Rogério Ceni subiu as linhas e partiu para a pressão absoluta.

Só que, com consciência, Zanardi montou um pelotão, uma linha de cinco, com três jogadores na intermediária. E dois velocistas prontos para os contragolpes.

E o São Bernardo teve ótimas chances para ampliar. A falta de sorte foi a saída de Vitinho, outro jogador de grande potencial, aos 20 minutos do primeiro tempo.

João Carlos quis caprichar demais, sozinho, diante de Rafael, e acertou a trave são paulina.

O time de Ceni, sem consciência, passou a cruzar bolas e mais bolas na área, facilitando o trabalho da zaga do São Bernardo.

Vitória justíssima do time do ABC.

O São Paulo é apenas o terceiro da classificação geral.

E pode perder a posição se o Corinthians vencer o Santos, amanhã.

As vaias foram o fundo musical de mais uma péssima noite para o São Paulo...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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