São Paulo, Brasil
Havia forte angústia no ar.
Jogadores do Brasil não queriam redução de seus salários.
Mesmo com a pandemia de coronavírus.
Eles planejavam usar o capitão da Seleção Brasileira, Daniel Alves, como símbolo da resistência.
Para obrigar a bilionária CBF a apoiar o cumprimento integral dos contratos já assinados.
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Fora avaliar que as férias propostas para os clubes, a partir de amanhã, fossem pagas. Se não fossem depositadas, a CBF bancaria o dinheiro.
Só que o sonho acabou.
Na noite de sexta-feira, os atletas do Grêmio cederam.
E tiveram seus salários 'readequados.
Assim como o direito de imagem.
Na verdade, diminuídos, em 25%, como exigia a Comissão Nacional dos Clubes.
O elo foi rompido.
E ontem à noite, o Atlético Mineiro avisou que seus atletas receberão 25% a menos enquanto durar a pandemia.
Ceará e Fortaleza também foram no mesmo caminho.
Já conseguiram a redução dos salários e direito de imagem.
Com detalhes divulgados pela imprensa nordestina.
Março e abril serão pagos apenas 75% do salário e de direito de imagem.
Só em julho, quando todos esperam ter acabado a pandemia, os 25% que os clubes retiveram, tanto dos salários quanto dos direitos de imagem, serão divididos e pagos aos poucos.
A expectativa é os demais clubes grandes brasileiros imponham essa mesma redução. E anunciem ainda hoje.
Os dirigentes se impuseram.
Deixaram claro que, sem a arrecadação dos jogos, direitos de transmissão e premiações das Federações e da CBF, não teriam condições de seguir pagando os atletas.
A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol prometia resistir em relação à redução.
Até na justiça.
Mas os jogadores não querem correr o risco de ficar meses sem receber.
E cederam.
Como deverá acontecer nos demais clubes grandes.
Até porque, com a pandemia do coronavírus, eles perderam a principal arma contra os clubes.
A greve.
Como paralisar o futebol, se ele está paralisado?
Como está acontecendo no mundo, vitória dos clubes.
Messi hoje confirmou que o elenco do Barcelona aceitou baixar seus salários.
O mesmo acontecerá com o PSG.
No Brasil, os dirigentes se impuseram facilmente.
Os jogadores seguem desunidos.
Sem união.
Nas redes sociais de Daniel Alves não há nenhuma citação sequer sobre esse momento que os jogadores vivem.
No Instagram, seu último post é sobre seu cachorros.
Ou seja, ele não lidera movimento algum.
Atletas dos clubes das Séries C e D pediram auxílio financeiro à CBF.
Não tiveram nem resposta.
Deixando os clubes se impor diante dos atletas...
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