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Carille, pragmático, segue os passos de Tite na Libertadores

O Corinthians poderia ter vencido o Millonarios. Faltou ousadia. Mas o time saiu do Brasil para empatar. Empatou, como seu treinador desejava

Cosme Rímoli|Cosme Rímoli

Carille, pragmático. Foi para a Colômbia para trazer um ponto. Conseguiu
Carille, pragmático. Foi para a Colômbia para trazer um ponto. Conseguiu Carille, pragmático. Foi para a Colômbia para trazer um ponto. Conseguiu

Fábio Carille fez ontem seu primeiro jogo como treinador na Libertadores da América. Mas ele não tinha nada de debutante. Muito pelo contrário. Soube como fazer o Corinthians se defender, atacar e até catimbar o perigoso jogo contra o Millonarios, campeão colombiano, nos 2.640 metros de Bogotá.

Carille já participou de seis Libertadores, defendendo o Corinthians. Foi auxiliar em 2010, 2011, 2012, 2013, 2015 e 2016. E colocou em prática tudo que aprendeu, principalmente, com Tite. O espelho a ser seguido é o ano de 2012, quando os corintianos ganharam pela primeira vez a desejada competição, que já fora conquistada por Palmeiras, São Paulo e Santos.

Com um elenco competitivo, mas sem duas peças fundamentais de 2017, Jô e Guilherme Arana. E sem poder escalar Rodriguinho, suspenso. Carille optou em ir para a Colômbia em busca de um empate. Esse era o resultado que a Comissão Técnica comandada pelo treinador acreditou que aconteceria.

Carille tinha plena consciência que o Millonarios não passava de uma eequipe forte fisicamente. Mas seus jogadores não possuem grande técnica. Muito pelo contrário. E ele não teve o menor constrangimento em montar o Corinthians no primeiro tempo todo travado atrás. Recuado, tocando a bola lentamente, buscava anular a correria que os colombianos esperam apelar, para conseguir vencer.

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O Corinthians não tinha atacante fixo, de referência. Estava quase repetida a formação contra o Palmeiras. Só com a ausência forçada de Rodriguinho, suspenso. Mas a disposição tática estava lá. Um time com suas duas linhas no seu campo, pronto para marcar. Mas sem força para contragolpear. Jadson sem velocidade. E Matheus Vital carregando a bola demais, lento, por não estar acostumado com a altitude. Facilmente anulado pelo time colombiano.

Mas o tempo passou e Carille percebeu que o rival era muito mais fraco do que supunha. E no intervalo, ele deu a ordem para seu time passar a marcar mais adiantado. Roubando a bola na intermediária do Millonários. Foi assim que o Corinthians criou chances para vencer o jogo. Henrique parecia um centroavante dos anos 80 e conseguiu um belo giro e mandou a bola no travessão de Fariñez. 

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Corinthians marcou muito forte. Se tivesse mais ousadia, teria vencido o jogo
Corinthians marcou muito forte. Se tivesse mais ousadia, teria vencido o jogo Corinthians marcou muito forte. Se tivesse mais ousadia, teria vencido o jogo

Sheik, entrou muito bem. Fez o que prometeu, no seu retorno ao Parque São Jorge. Enfrentar, provocar os adversários, catimbar o jogo, desconcentrar os rivais. O Corinthians se viu melhor que o Millonarios. Se tivesse tido mais coragem o jogo todo, teria vencido a partida.

O Millonarios pressionou mais no primeiro tempo, conseguiu roubar bolas, tive volume maior. A gente teve dificuldade para jogar. No segundo tempo, conseguimos triangular mais, ter mais aproximação. Tivemos um segundo tempo brilhante", exagerou Carille.

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Mas a alegria do treinador diante do ponto, do 0 a 0, na Colômbia, não é tão grande para que deixe a diretoria sossegado. Pelo contrário, está evidente que o Corinthians precisa de um artilheiro. Os dirigentes farão ainda uma última tentativa por Alex Teixeira. O jogador segue tentando enfrentar a direção do Jiangsu Suning. Ele quer atuar de qualquer maneira no Parque São Jorge. Os chineses haviam aceitado o empréstimo de um ano. Mas recuaram na última hora. Ainda há tempo para a liberação.

Em compensação, o clube já oferece Kazim. Carille se convenceu que não há espaço para o jogador. Ele pode ser carismático, amigo de todos, mas falta o mínimo de técnica. 

Pragmático, o treinador contabiliza o ponto conquistado. E já se vê forçado a enfrentar o clássico pelo Campeonato Paulista, domingo, contra o Santos, na Vila Belmiro. Analisa quais jogadores poupará. Tem toda a liberdade da diretoria para mesclar reservas com titulares. O time já está com a classificação encaminhada. 

Carille não deixará o Paulista atrapalhar.

Já são sete Libertadores mostrando o quanto o estadual é insignificante diante da competição continental.

Foi assim que seu mentor Tite fez história em 2012...

Carille segue o que aprendeu nas seis Libertadores como auxiliar. Tite é o espelho
Carille segue o que aprendeu nas seis Libertadores como auxiliar. Tite é o espelho Carille segue o que aprendeu nas seis Libertadores como auxiliar. Tite é o espelho

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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