São Paulo, Brasil
Na Copa do Brasil mais caseira da história, o Athletico Paranaense seguiu o roteiro. Se impôs diante do Internacional. Com o apoio emocionante de sua vibrante torcida na Arena da Baixada, a merecida vitória por 1 a 0, gol de Bruno Guimarães.
O time de Tiago Nunes precisa agora apenas de um empate, na próxima quarta-feira, para vencer a Copa do Brasil.
O problema é que a partida será em Porto Alegre, no Beira-Rio, domínio do Internacional, que tem 79% de aproveitamento em 2019, em casa.
"É difícil demais jogar aqui. Tentei bater na bola, controlar, mas ela quica muito, daí até cair de novo, é complicado demais este campo. Mas, em casa a gente resolve", prometeu Guerrero, reclamando do gramado sintético da Arena.
"Acabou o primeiro tempo da final. Agora, vamos para dentro da nossa casa. Se tivéssemos ganho, não teria nada decidido. O treinador do Athletico sabe disso. Vamos para dentro do Beira-Rio, para dentro da nossa casa, fazer o nosso jogo", avisava Odair Hellmann.
"A vantagem não é determinante para nada. Um chute no primeiro minuto pode acabar com ela. A gente teve o exemplo do que passou na semifinal (o Athletico reverteu a desvantagem de dois gols contra o Grêmio e venceu nos pênaltis). Mas a vantagem é muito importante", dizia, Tiago Nunes.
"Nós já enfrentamos o Maracanã lotado, o Monumental de Nuñez, a Bombonera. Respeitamos muito o Internacional, mas chegaremos preparados no Beira-Rio", prometia Nunes.
O primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil desmentiu a relevância de quem teve o aparente domínio do jogo.
O Athletico Paranaense a posse de bola de um time grande quando enfrenta um menor. Foram 63% contra apenas 37% do Internacional.
Mas os gaúchos foram muito mais objetivos.
Tiveram até uma finalização a mais: 10 contra nove.
E três chances reais de gol para cada time.
A proposta das duas equipes é muito parecida. Compactação, ataques em bloco, muita força física, velocidade, tabelas curtas, triangulações pelas laterais.
Óbvio que os 39 mil torcedores empurraram, fizeram o Athletico pressionar, buscar o gol, propor o jogo. O Internacional buscava os contragolpes agudos.
O versátil Bruno Guimarães roubou a cena do jogo, se multiplicando em campo, marcando, puxando contragolpe, surgindo na frente para finalizar.
Foi uma questão de justiça, ele completar para as redes, uma das raras falhas de Edenílson e a falta de sorte na cobertura de Moledo, que não conseguiu cortar o passe de Marco Ruben. A bola chegou aos pés de Bruno Guimarães para estufar as redes de Marcelo Lomba.
O goleiro do Internacional, aliás, fez uma fantástica defesa. E evitou que os gaúchos saíssem da Arena com a desvantagem de dois gols.
Aos 27 minutos, Rony saiu driblando. Passou por três adversários e, cara a cara com Lomba, chutou forte. O goleiro defendeu de reflexo. Sua defesa lembrou a dos melhores arqueiros de handebol, tamanha a velocidade de reação e a força para defender a bola violenta.
Mas 1 a 0 foi a vantagem justa de quem manteve o interesse em vencer do início ao final da partida. O Internacional poderia ter sido mais agressivo.
A bem da verdade, depois dos 30 minutos do segundo tempo, não houve jogo. O Athletico tinha muita preocupação que o Internacional empatasse. E o Internacional mostrava receio que o Athletico ampliasse o placar.
Tiago Nunes e Odair deixaram o último capítulo para a próxima semana, para o Beira-Rio.
Apesar da Copa do Brasil de 2019 ser tão caseira, o resultado é absolutamente imprevisível...
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