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Silvio Lancellotti Copa 2018
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Dia 9: o Brasil bate a Costa Rica, Neymar faz um gol e desabafa

Num prélio nervoso, em que o resultado de 2 X 0 só aconteceu no final, talvez o choro copioso signifique que o menino mimado decidiu se tornar adulto

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti


Neymar, fim de jogo e o choro explode
Neymar, fim de jogo e o choro explode

Mais uma exibição teatral do menino Neymar (ops, já a caminho dos 27 de idade, definitivamente um adulto, que deveria se chamar Neycórrego, por não ser tão oceânico e ainda pelo tanto que desaba ao chão). Numa peleja tensa e complicada, a seleção de Tite incapaz de invadir a área da Costa Rica e daí arrematar à meta do eficiente Taylor Navas, aos 77’ o atacante do Brasil se desequilibrou com uma esbarrada de mão do zagueiro Giancarlo Gonzales e, bem ao seu estilo abusado, exagerou, um tombo de caricatura.

Neymar e o tombo de caricatura
Neymar e o tombo de caricatura

Na aparência, um penal, que o árbitro Bjorn Kuipers, da Holanda, no reflexo, apontou. Até verificar pelo VAR e concluir que Neymar teria simulado a infração. Bingo. O penal invalidado. E inevitável a lembrança da fábula do garotinho e do lobo. Numa aldeota, uma dezena de vezes um garotinho grita por socorro diante da suposta ameaça de um lobo furioso.

Gente da sua aldeota acode, mas o lobo não existe. Então, numa ocasião fatal, o garotinho brada, brada, brada, mas ninguém aparece, e um lobo de verdade devora o pobre mentiroso. Não se portasse Neymar, habitualmente, como um embusteiro, talvez Kuipers não se abalasse a consultar o VAR.

Nos acréscimos, enfim livre para marcar
Nos acréscimos, enfim livre para marcar

Diante da imagem, em ângulos diversos, Kuipers mudou de idéia. Felizmente, para o Brasil, aos 90’, o alívio, uma bola sobrada que o esperto Philippe Coutinho aproveitou de bico, 1 X 0. Logo em seguida, ele, Neymar, duplicou, numa descida preciosa de Douglas Costa pela direita e um cruzamento preciso com a meta escancarada. Assim que Kuipers encerrou a pugna, Neymar se ajoelhou no gramado e se debulhou no choro. Um desabafo, ou uma catarse. Que as lágrimas lhe sirvam para entender o que significa agir profissionalmente numa Copa. Brasil 2 X 0, placar justo, 4 pontos e à espera de Sérvia X Suíça, cotejo programado para seis horas mais tarde.

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O arremate de Musa, Nigéria 1 X 0
O arremate de Musa, Nigéria 1 X 0

No intervalo manhã-tarde, como o Brasil, também a Argentina, no Grupo D. sofreu nesta jornada de número 9. Com só 1 ponto após dois jogos, lá atrás da classificada Croácia, na cota dos 6, a “Albiceleste” testemunhou, nervosa, a peleja entre a Islândia, que também tinha 1, e a Nigéria, que estava a zero. Para a Argentina, obviamente, seria mais conveniente um sucesso das “Super Águias”, as suas adversárias diretas no próximo 26.

De novo Musa, Nigéria 2 X 0
De novo Musa, Nigéria 2 X 0

Pois a Nigéria fez 1 X 0, num contra-ataque fulminante, aos 49’, avanço de Hienacho e de Etebo, o toque a Musa, que matou a bola, esperou uma leve pingada no gramado e desferiu um petardo de destra. Então, aos 75’, a Nigéria fez 2 X 0, um belíssimo lance individual do mesmo Musa com a retaguarda da Islândia paralisada. Pior, Sigurdsson desperdiçaria grotescamente um penal aos 83’. Croácia à parte, a Nigéria batalhará pela outra vaga exatamente com a “Albiceleste”. Jogará pela igualdade e torcerá por um tombo da Islândia.

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Mitrovic, Sérvia 1 X 0
Mitrovic, Sérvia 1 X 0

No último desafio desta sexta-feira, dia 22 de Junho, debaixo de chuva, uma temperatura em torno de 13 graus, o Estádio de Kaliningrado abrigou um evento inusitado. Dois antigos meio-campistas do Partizan de Belgrado, a capital da ex-Iugoslávia, bons amigos, embora de gerações diferentes, duelaram pela sua sobrevivência no Grupo E da Copa: Mladen Krstajic, 44, o treinador da Sérvia; e Vladimir Petkovic, 54, o treinador da Suíça. Agora de vermelho, das meias às camisas, as “Águias Brancas” inauguraram o placar aos 5’, os “Helvéticos” ainda preocupados com a sua aclimatação.

Xakha, Suíça 1 X 1.
Xakha, Suíça 1 X 1.

Reprise de um lance imediatamente anterior, quando o arqueiro Yann Sommer rebateu, Dusan Tadic cruzou na testa de Aleksandar Mitrovic, 1m89, Sérvia 1 X 0. E o jogo se tornou risonho e franco, não necessariamente bonito mas repleto de alternativas e de oportunidades perdidas. Até que, aos 52’, Dzemaili bateu do flanco destro, Stojkovic devolveu e, de 25m, de pé canhoto, Xakha acertou um tiro devastador, com efeito, junto ao poste oposto das “Águias Brancas”, 1 X 1. E surgiria, ainda, a primeira virada nesta Copa.

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Shaqiri, Suíça 2 X 1
Shaqiri, Suíça 2 X 1

Incrível, mesmo, esta competição de tantos impactos nos acréscimos. Nos chamados estertores do tempo regulamentar, a primeira virada. Aos 90' e caqueradas, desta vez de 40m, Xhaka enviou em profundidade, Xherdan Shaqiri avançou em alta velocidade, superou a bequeira e o arqueiro e colocou "Die Nati". o apelido tedesco da seleção da Suíça, em vantagem, 2 X 1. Shaqiri celebrou com um gesto ousado e provocativo, a ave de duas cabeças da bandeira da "Grande Albânia", que abriga Kosovo, a sua terra de nascença. Resumo: Brasil e Suíça no degrau dos 4 pontos, a Sérvia com 3. No dia 27, Brasil X Sérvia e Suíça X Costa Rica. Ao Brasil, bastará o empate.

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