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Pistorius enfrenta batalha para evitar presídio mais cruel da África do Sul

C-Max, em Pretória, carrega a reputação de ser o pior lugar do país

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Oscar Pistorius foi condenado por homicídio culposo
Oscar Pistorius foi condenado por homicídio culposo Oscar Pistorius foi condenado por homicídio culposo

Após sua condenação nesta sexta-feira (12) por homicídio culposo, por ter assassinado sua namorada, Reeva Steenkamp, no ano passado, a próxima batalha do astro sul-africano do atletismo Oscar Pistorius será conseguir ficar fora das grades da notória prisão C-Max, em Pretória.

O presídio, um monstruoso edifício de tijolo e aço com a reputação de ser a penitenciária mais barra-pesada da África do Sul, está a uma pequena distância do tribunal onde o julgamento de Pistorius se encerrou, com sua absolvição das acusações de homicídio doloso, que implicaria sentença mais pesada de encarceramento.

Sua sentença por homicídio culposo pode chegar a até 15 anos de prisão, mas não há um mínimo de anos especificado, e sua equipe de defesa vai argumentar que um homem que não tem condenação anterior não pode ir para a C-Max, onde dezenas de dissidentes políticos foram detidos e executados pelo regime de minoria branca que governou a África do Sul até 1994.

A África do Sul aboliu a pena de morte logo após Nelson Mandela ter sido eleito o primeiro presidente negro, e a ala onde os presos eram executados é agora um museu para lembrar das atrocidades do apartheid.

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Oscar Pistorius é condenado por homicídio culposo

Mas a reputação da prisão permanece intacta como o pior lugar neste país — abrigo permanente de ladrões, estupradores e assassinos, tomada pela violência de gangues e abuso físico e mental.

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“Quando você chega lá, as grandes gangues vão para cima de você. Eles têm facas e lâminas. Alguns têm armas”, disse Serge Christiano, um angolano que cumpriu pena na C-Max durante sete anos, esperando pelo julgamento de tentativa de assassinato e assalto a mão armada.

“Quando novas pessoas chegam, os caras oferecem a ele uma xícara de chá com remédio de dormir. Quando elas desmaiam, elas são estupradas”, disse Christiano, que foi depois libertado sem acusações contra ele.

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Por 23 horas diárias, os prisioneiros são mantidos em grupos de 70 numa cela projetada para 35 pessoas. Quando deixam a cela, mesmo para um banho ou para receber uma visita, são algemados pelos pulsos e tornozelos.

Se a C-Max representa o lugar mais barra-pesada de todos, outras prisões na maior economia da África estão longe de serem suaves.

No ano passado, o governo interveio e assumiu a administração do presídio de segurança máxima de Mangaung, com 3.000 internos, das mãos da empresa de segurança britânica G4S, após relatos de tortura de prisioneiros com choques elétricos — algo que a empresa nega.

(Por Ed Cropley)

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