Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Fora de Tóquio, maratona ainda mostrará pontos turísticos do Japão

Prova mais tradicional dos Jogos Olímpicos deixou capital japonesa por conta das altas temperaturas e foi para Sapporo, que agora teme novo coronavírus

Olimpíadas|André Avelar, do R7

Maratona e marcha atética passarão pelo exuberante parque de Sapporo
Maratona e marcha atética passarão pelo exuberante parque de Sapporo Maratona e marcha atética passarão pelo exuberante parque de Sapporo

Prova mais tradicional da história dos Jogos Olímpicos, a maratona de Tóquio 2020 vem enfrentando severos problemas. Logo de início, a competição precisou ser deslocada da capital japonesa para a cidade de Sapporo que, como se não bastasse, na última sexta-feira (28) declarou estado de emergência por conta do coronavírus. Ainda assim, apesar do momentâneo cenário aterrorizante, é possível acreditar que com as doenças sob controle o Japão terá a mostrar ainda mais da sua milenar cultura.

Na semana passada, o Comitê Organizador Local desmentiu Dick Pound, antigo membro do Comitê Olímpico Internacional, e disse que os Jogos estão mantidos para de 24 de julho a 9 de agosto — com as maratonas femininas e masculina no penúltimo e no último dia especificamente. O órgão foi enfático ao dizer que não trabalha com a possiblidade de adiamento, tampouco cancelamento. A expectativa das autoridades de saúde é já em uma diminuição dos casos agora para o mês de março e, aos poucos, a rotina voltará ao normal.

De volta aos 42.195 metros, há um peso simbólico não ter a chegada no estádio olímpico para aplausos de 68 mil pessoas. Mas o mesmo aconteceu nas últimas duas provas com Londres 2012 terminando em frente ao Palácio de Buckingham, na conhecida avenida The Mall; e na Rio 2016, com a linha de chegada na Sapucaí, em pleno sambódromo. Duas grandes festas que também demonstraram pontos marcantes da cultura local. Em Pequim 2008, até pelos elevados custos do estádio, a linha final estava no Ninho de Pássaro.

Leia também

Mas para ter como exemplo o Rio, a maratona olímpica passou por renovados pontos turísticos da cidade como o Porto Maravilha, Ilha Fiscal e Praça Mauá, com destaques para o Museu do Amanhã e o de Arte do Rio. Não que esses tenham sido propriamente o repetido legado olímpico, mas apresentou um outro cenário. De lá, os atletas seguiram pelas avenidas Rio Branco e Presidente Vargas até a Praça da Apoteose.

Publicidade

"A saúde e o bem-estar dos nossos atletas estão sempre no centro das nossas atenções. A decisão de transferir a maratona e a marcha atlética para Sapporo só comprova a nossa seriedade e preocupação", disse Kirsty Coventry, presidente da Comissão dos Atletas do COI.

Como Tóquio está no circuito das Majors como uma das seis maiores maratonas do mundo (ao lado de Boston, Londres, Berlim, Chicago e Nova York), há um certo quê reforçado de frustração no ar. Neste domingo, por exemplo, a capital japonesa viu o etíope Birhanu Legese e a israelense Lonah Chemtai Salpeter serem campeões da prova restrita aos atletas do grupo de elite. Por medo da epidemia, atletas amadores tiveram a participação cancelada. Ainda assim, o público deu apoio evento e, de máscara, acompanhou a prova que passou pelo Kaminarimon (Portão do Trovão), Palácio Imperial e a ponte Nihombashi.

Publicidade

A justificativa da transferência de cidade está puramente em aspectos esportivos. Como as temperaturas no verão asiático são muito altas, o calor atrapalharia o rendimento dos atletas — em Pequim, por exemplo, para evitar o sol do meio-dia, a largada aconteceu às 7 horas. A ilha, capital de Hokkaido e quinta maior cidade do Japão, está a mais de mil quilômetros ao norte de Tóquio, com temperaturas mais amenas no verão, e recebeu os Jogos Olímpicos de Inverno de 1972. Existe a expectativa de que as temperaturas sejam até 6º mais baixas com relação a Tóquio.

"A definição desses circuitos sempre é um desafio emocionante para alcançar o equilíbrio do bem-estar dos atletas, mostrar a cidade e garantir que os requisítos técnicos e de transmissão também sejam atendidos", disse a delegada técnica mundial de atletismo, Sylvia Barlag.

Publicidade

Na sexta-feira, de máscara, o governador Naomichi Suzuki pediu que os moradores ficassem em suas casas no final de semana e manteve as escolas fechadas. Até aquele dia, eram mais de 900 casos suspeitos de coronavírus no Japão, sendo 700 confinados em um navio em quarentena desde o início do mês. Em Hokkaido, eram 66 casos confirmados, com duas mortes.

Passados os casos de coronavírus, a maratona de Tóquio 2020, ainda que em Sapporo, terá a chance de mostrar ao mundo um pouco mais de sua beleza — a marcha atlética e partidas de futebol também estão previstas para a cidade da Universidade Hokkaido, uma das mais prestigiadas universidades imperiais do Japão, fundada em 1876.

O Sapporo Odori Parque será o ponto de partida e chegada das competições de maratona e marcha. O local possui um amplo espaço aberto com belos gramados, canteiros de flores e árvores típicas. É um local popular para turistas e moradores locais e hospeda uma série de eventos diferentes ao longo do ano. O parque fica no coração da cidade, que ainda conta com Sapporo Dome para futebol.

Para a maratona, os atletas começarão correndo duas voltas no parque, coma Torre de TV ao fundo, um dos pontos turísticos da cidade, e depois seguirão para o sul pela Sapporo Ekimae-dori, em direção à movimentada estação por ruas cheias de lojas, e edifícios de escritórios. Entre outros marcos emblemáticos, os atletas atravessarão o rio Toyohira, originalmente conhecido como o rio Sapporo, que deu nome à cidade do fim do século 19.

Curta a página de Esportes do R7 no Facebook

Contemporânea da guerra na Síria: conheça atleta mais jovem dos Jogos

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.