O atual técnico da seleção brasileira, Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, indicou o seu próprio empresário, o italiano Antonio Caliendo, para negociar os direitos federativos do meia Éderson com o RS Futebol Clube, em 2004.
Dunga nega ter agido como empresário e rebate qualquer sociedade com a IPC, grupo que Caliendo representava no momento da negociação.
Segundo reportagem da ESPN, a nota relativa ao pouco mais de R$ 407 mil que ele recebeu na negociação foi emitida pela empresa “Dunga Empreendimentos, Promoções e Marketing Ltda”.
Na descrição do serviço está especificado que foi por “faturamento de honorários profissionais pelos serviços prestados de assessoramento, acompanhamento e indicação de investidor na aquisição de direitos federativos e econômicos de atleta”. A quantia foi depositada pelo RS Futebol Clube.
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Independentemente da possibilidade de relação societária com Caliendo, havia um vínculo profissional entre ambos. Segundo o próprio Caliendo já confirmou em outras ocasiões, ele era empresário de Dunga, que acabara de encerrar a carreira de jogador.
Em maio de 2010, para o site IG, Caliendo confirmou a relação de trabalho com Dunga, pouco antes de o Brasil disputar o Mundial da África do Sul.
— Trabalho com o Dunga desde que ele tinha 19 anos. Acompanhei toda a carreira dele como jogador profissional e agora como técnico. Ele sempre foi um vencedor e mostrou que está sendo assim também como treinador.
Também em seu blog na época, Caliendo se descreveu, em 2011, como empresário de Dunga, analisando a possibilidade de o técnico assumir a Fiorentina, clube em que atuou nos tempos de jogador. O texto está no endereço http://blogcaliendo.wordpress.com/