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Auxiliar Jordi Guerrero vira a 'estrela' da retomada do Flamengo

O auxiliar de Dome está passando por uma experiência única de treinar um gigante e está mostrando competência ao despertar o espírito comunitário

Futebol|Eugenio Goussinsky, do R7

Jordi Guerrero montou equipe com jovens da base
Jordi Guerrero montou equipe com jovens da base Jordi Guerrero montou equipe com jovens da base

A pequena cidade de Arbúcies é um vilarejo encrustrado em meio a montanhas na Catalunha, ao lado de Girona. Foi nesta tranquilidade que Jordi Guerrero nasceu. E em meio ao silêncio, ele aprendeu a admirar e conhecer futebol . Aconselhando com discrição, como Domenèc Torrent fez com Guardiola. Como um "segundo treinador", denominação do cargo de auxiliar-técnico usada por ele.

A trajetória de Guerrero sempre foi marcada por trabalhos em clubes de menor porte, em meio a ambientes comunitários, como o Girona. Sua única experiência como técnico foi durante os cinco meses em que ele dirigiu o Palamós, em 2013. Somente no Sevilla, ele experimentou, como auxiliar de Pablo Machín, um ambiente de maior pressão.

Mas nada comparado ao Flamengo. Hoje, aos 52 anos, as montanhas que o cercam são outras, as do Rio de Janeiro, em um clima efervescente jamais visto por ele. Mas todo o seu aprendizado em meio à tranquilidade está sendo utilizado para blindar o grupo do Flamengo neste momento.

Já na partida contra o Palmeiras, quando, até minutos antes do início, não se sabia se seria realizada, ele deixou a equipe preparada, com todos os nomes dos jogadores que iriam entrar, inclusive os mais jovens. E todas as funções estabelecidas. Deu certo.

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"Estávamos concentrados no hotel e prontos para jogar. Esperamos somente a hora de vir para o campo. Foi mais longo do que o normal, não tivemos tempo para o aquecimento, mas todos os jogadores e a comissão técnica estavam prontos", afirmou, após o empate por 1 a 1, quando a jovem equipe teve boa atuação diante do experiente adversário.

No Allianz, o time entrou compacto, saindo rápido para o ataque. Jogou um futebol alegre e envolvente. Contra o Independiente de Valle, também, mas de outro modo. Já com novas opções, mas ainda mantendo a base, Guerrero armou um time para pressionar mais. Mostrou, neste sentido, versatilidade, armando de forma eficiente em duas situações diferentes.

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E conseguiu fazer com que jovens demonstrassem talento e despontassem rapidamente, como o goleiro Hugo Souza, o zagueiro Natan e o lateral-esquerdo Ramon. Tudo, em menos de dois meses de trabalho.

"É assim no futebol. A medida que vai ficando mais velho, quem vem atrás te empurra para melhorar. Eles nos ajudaram muitíssimo e tiveram atuações muito boas.", disse, após a goleada sobre o Independiente del Valle, na última quarta-feira (30), pela Libertadores, que classificou a equipe para a próxima fase.

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Com maldade, um ou outro já disse que ele deveria assumir o cargo de técnico e Dome voltar a ser auxiliar. Mas se trata de algo inconcebível.

Foi Dome, afinal, quem convidou Jordi Guerrero e apostou em seu potencial, já que não vinham trabalhando juntos. Mais um ponto para Dome.

Mesmo uma equipe que representa uma nação pode dar certo no momento em que ela é montada na base da confiança.

Quando todos se conhecem, se cumprimentam pela manhã e buscam um objetivo. Como em uma pequena comunidade europeia. 

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