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Livro com fotos raras  da seleção de 58 é visto como 'resgate da história'

A obra “Seleção Nunca Vista” reúne imagens da preparação brasileira para o Mundial da Suécia. Livro foi lançado nesta segunda-feira (28), em São Paulo

Copa 2018|Cesar Sacheto, do R7

Livro tem 72 fotos raras da concentração brasileira em Minas Gerais
Livro tem 72 fotos raras da concentração brasileira em Minas Gerais Livro tem 72 fotos raras da concentração brasileira em Minas Gerais

O livro “Seleção Nunca Vista”, lançado nesta segunda-feira (28), no Museu do Futebol, em São Paulo, foi apontado por jornalistas e esportistas que compareceram ao evento como um resgate da história do futebol brasileiro. O trabalho contém 72 fotos raras e inéditas — todas em preto e branco — do fotógrafo Antonio Lucio, enviado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" à Poços de Caldas (MG) para cobrir a preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 1958, na Suécia.

A obra, lançada em uma parceria entre MKA International Sports, MKA Advogados, Capella Editorial, com o apoio da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo e do Museu do Futebol, está disponível para venda online — no sites Amazon, da Editora Capella e ainda na fanpage do fotógrafo (@AntonioLuciophotografer). O preço é de R$ 75. O trabalho foi possível graças à localização, quase 60 anos depois, dos arquivos do fotógrafo.

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Os negativos foram encontrados pela filha de Lucio, Silvia Herrera, que convidou o jornalista Antero Greco para escrever os textos. Reponsável pela apresentação do livro, por recontar o período da preparação brasileira antes da viagem para a Europa e pelas legendas das fotografias, Antero demonstrou emoção por participar do trabalho.

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“É um livro muito bonito, uma homenagem para o Antonio Lucio, que era um repórter fotográfico consagrado quando iniciei a minha carreira. É também uma homenagem aos 60 anos da conquista do primeiro título da seleção brasileira e um resgate da memória do nosso futebol, esquecida e abandonada em arquivos. Quem sabe quanta coisa bonita não está guardada em baús de antigos fotógrafos? Esse, a gente resgatou”, comemorou o jornalista.

Antero Greco, Pepe e Silvia Herrera autografam exemplares do livro
Antero Greco, Pepe e Silvia Herrera autografam exemplares do livro Antero Greco, Pepe e Silvia Herrera autografam exemplares do livro

Antero Greco conta que se emocionou ao fazer a pesquisa para o livro e rever as fotos de ídolos brasileiros como Pelé, Garrincha, Didi e Djalma Santos. “Eram ídolos para mim. Dei uma ‘viajada’ no tempo. E escrever sobre caras que eram meus ídolos na infância não tem preço”, complementou.

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Campeão em 1958, Pepe prestigiou o evento, assinou dezenas de livros para os fãs e relembrou com saudade dos companheiros de seleção e detalhes daquele período anterior à viagem para a Suécia.

“Foi uma preparação ‘sui generis’. O Brasil nunca tinha se preparado tanto para disputar uma Copa. Estivemos em várias cidades. O grupo ganhou saúde. Treinamos bastante. Tínhamos um preparador físico excelente, que exigia muito da gente. O exame médico foi rigoroso. Alguns jogadores tiveram problemas dentários: eu, o Garrincha e o Didi. Tenho orgulho de ter participado desse grupo”, contou o ex-ponta-esquerda.

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Pepe, que tinha 23 anos na época, sorriu ao relembrar algumas brincadeiras entre os jogadores e passagens daquela concentração. "O Garrincha era muito divertido, engraçado. Vivia brincando com os companheiros. Um jogador fantástico. Depois do Pelé, foi o Garrincha (o melhor de todos)”, rememorou o ídolo, hoje com 83 anos.

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O ex-velocista Robson Caetano, medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Seul-1988 e Atlanta-1996 — também ganhou ouro nos Jogos Panamericanos de Havana-1991 e bronze no Mundial de Indianápolis-1987 — destacou a importância do livro como fonde de conhecimento para que as novas gerações aprendam sobre a relevância do esporte brasileiro no cenário mundial.

“Acho de extrema importância resgatar a memória do esporte nacional. Povo sem história não sabe para onde vai. São histórias que estão se perdendo. Esse é um achado que precisa ir para a escola. Que os alunos tenham acesso a esse tipo de material para entender o que é o futebol brasileiro e como ele foi exportado. Porque hoje, se você vê um atleta português com ginga de corpo, muito se deve a esses rapazes (que foram ao Mundial de 1958)”, frisou Robson Caetano.

Veja fotos inéditas da concentração do Brasil antes da Copa de 1958:

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