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Fifa ignora ameaça de guerra e mantém Copa do Mundo na Rússia

Brasil, última sede do Mundial, não receberia o evento automaticamente em caso de conflito declarado na Síria. Fake news tomou conta das redes sociais

Copa 2018|André Avelar, do R7

Rússia foi confirmada como sede da Copa do Mundo no final de 2010
Rússia foi confirmada como sede da Copa do Mundo no final de 2010 Rússia foi confirmada como sede da Copa do Mundo no final de 2010

Vai ter Copa. E será na Rússia. A Fifa desmentiu a fake news dos últimos dias nas redes sociais e garantiu que a competição acontecerá na Rússia, de 14 de junho a 15 de julho, independentemente da atual ameaça de guerra. A internet também discutiu a possibilidade do evento voltar para o Brasil.

A Síria, vizinha e aliada geopolítica do país sede, foi bombardeada na semana passada por mísseis dos Estados Unidos, França e Inglaterra. Segundo o presidente norte-americano Donald Trump, o ataque foi em resposta ao suposto ataque químico do embaixador Bashar al-Assad. Um diplomata russo classificou a ofensiva como “insulto ao presidente russo” Vladimir Putin.

Apesar do tenso cenário, um porta-voz da Fifa procurado pelo R7 garantiu que neste momento não há razão para se alterar o que está decidido desde o final 2010. Bélgica e Holanda, Inglaterra e Portugal e Espanha foram a concorrentes da Rússia naquela oportunidade.

“A Copa do Mundo Fifa 2018 será disputada na Rússia. Temos confiança que as 32 seleções e os torcedores de todo o mundo farão outro evento memorável”, disse um porta-voz da Fifa.

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Luzhniki, em Moscou, receberá abertura e final da Copa
Luzhniki, em Moscou, receberá abertura e final da Copa Luzhniki, em Moscou, receberá abertura e final da Copa

A confiança da Fifa, claro, não contempla cenários mais extremos de uma eventual bombardeio em Moscou. Desde o atraso na entrega dos estádios no Brasil 2014 (um problema que se repete na Rússia 2018), a resposta é que a entidade máxima do futebol confia na organização local.

Mudança de sede

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A Copa do Mundo já se viu obrigada a mudar de sede ao longo de suas 20 edições disputadas até aqui. Em agosto de 1982, diante de dificuldades econômicas e sob a insegurança do narcotráfico, a Colômbia desistiu de organizar a competição que aconteceria em menos de dois anos.

Segundo o então presidente, Belisario Betancur, o país não tinha condições de arcar com os pedidos da Fifa. "Aqui não se cumpriu com a regra de ouro em que a Copa deve servir à Colômbia e não a Colômbia à multinacional Fifa.”

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Do outro lado, a Fifa atacou a organização do Mundial, que não teria se preparado em tempo. Os jogos passaram para o México, que havia organizado a Copa em 1970 — Brasil, Canadá e Estados Unidos chegaram a pensar em abrigar o Mundial. "A Fifa não tem culpa se a Colômbia, apesar de ter tido 12 anos para se preparar, diz que não consegue organizar uma Copa do Mundo."

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Mais recentemente, a gripe aviária provocou uma troca nas sedes da Copa do Mundo Feminina. Diante da crise de saúde pública, a China não poderia receber a competição em 2003. Os Estados Unidos, que organizariam a competição só em 2007, aceitou antecipar o torneio em quatro anos. Os chineses ficaram com a edição seguinte.

Em nenhum dos casos, a Copa do Mundo retornou ao último país-sede. Mais do que isso, em ambas as situações, extensas reuniões foram realizadas para se definir o local da próxima competição. Diferentemente das correntes de Whatsapp, a Fifa também confirmou ao R7 que o regulamento da Rússia 2018 não prevê, em nenhum momento, o retorno da competição à sede anterior.

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