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Verdão é campeão com justiça em jogo salvo pelas emoções do final

Jogo, pouca coisa melhor tecnicamente do que o horror de quarta (5), foi salvo por etapa final mais dinâmica, empate no último lance e emoção dos pênaltis

R7 Só Esportes|Eduardo Marini, do R7

Capitão Felipe Melo ergueu troféu de campeão do Paulistão 2020
Capitão Felipe Melo ergueu troféu de campeão do Paulistão 2020 Capitão Felipe Melo ergueu troféu de campeão do Paulistão 2020

Palmeiras um, Corinthians um no tempo normal. Palmeiras quatro a três na disputa de pênaltis, no geral muito mal batidos, diante de dois ótimos goleiros, na segunda partida da decisão do Campeonato Paulista de 2020, no Allianz Parque.

Palmeiras campeão paulista de 2020.

Depois do horroroso zero a zero do primeiro jogo da final, não era difícil apostar que Palmeiras e Corinthians dificilmente conseguiriam produzir uma partida tão ruim ou ainda pior do que a de quarta-feira (5).

Mas, no primeiro tempo, as duas equipes bem que tentaram. Uma bola perigosa do Palmeiras, defendida por Cássio aos 20 minutos, um gol de Jô anulado por impedimento sete minutos depois. E só.

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A primeira etapa mostrou um pouquinho – mas apenas um pouquinho – a mais de determinação e organização tática das duas equipes.

Mas, do lado do Palmeiras, o meio campo, formado por três volantes, teve na primeira etapa dificuldade total para furar o muro de cinco jogadores (Gabriel, Éderson, Ramiro, Luan e Mateus Vital) no 4-5-1 do técnico corintiano Tiago Nunes, e acionar Zé Rafael e os atacantes Willian e Luiz Adriano.

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Os três acabaram ensanduichados entre os quatro da defesa e os cinco do meio campo corintiano durante toda a primeira etapa.

E no do Corinthians, Luan, principal responsável por acionar Jô, o único atacante escalado de início, até foi um pouquinho – também apenas um pouquinho – mais efetivo no primeiro tempo do que na nulidade da primeira partida, mas longe, muito longe do brilho e da qualidade exibidos por ele em seus tempos de Grêmio.

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Com isso, o primeiro tempo ficou no equilíbrio da mediocridade: 54% a 46% de posse de bola para o Corinthians, sete finalizações do Timão, cinco do Verdão e nenhum gol.

O Palmeiras voltou para a segunda etapa com Rony e Bruno Henrique nos lugares de Gabriel Menino, que nem estava tão mal, e Ramires, este sim muito apagado. E, em seguida, Raphael Veiga na vaga de Zé Rafael. O Corinthians retornou a campo com Everaldo no lugar de Mateus Vital, na tentativa de reforçar o ataque.

O Palmeiras voltou melhor e mais agressivo no segundo tempo. E, sem que o Corinthians conseguisse partir para o ataque, marcou seu gol logo aos três minutos. Viña fez um cruzamento da intermediária esquerda na medida para Luiz Adriano, que subiu muito bonito e meteu de cabeça no canto direito de Cássio.

O Palmeiras tomou confiança com o gol e aumentou a pressão até os quinze minutos da segunda etapa. A partir daí, segurou parte do ímpeto e passou a jogar pela escapada do contra-ataque que poderia render o segundo gol.

No Corinthians, Tiago Nunes, sem grandes opções para o ataque no banco, colocou Araos no lugar de Ramiro e Cantillo no de Gabriel na tentativa de agredir mais o adversário e tentar o gol de empate. Logo depois, Michel substituiu Fagner, machucado, na lateral-direita, e Sidiclei entrou na vaga de Carlos Augusto na lateral-esquerda.

O jogo melhorou um pouco com a decisão do Corinthians de partir para cima em busca do gol, sobretudo pelo lado direito de seu ataque, mas a defesa palmeirense funcionava muito bem.

E Vanderlei, oportuno e com opções infinitamente melhores no banco de reservas, colocou gente que sabe tocar a bola e fazer o jogo rolar: Gustavo Scarpa no lugar de Luiz Adriano e Lucas Limas no de Willian.

Mas, afinal, é um Palmeiras e Corinthians. A tática dava certo e a defesa palmeirense funcionava corretamente até os 50 minutos do segundo tempo, quando, no último lance da partida, Gustavo Gómez deu um carrinho em Jô dentro da área.

Pênalti claro, marcado pelo árbitro Luiz Flávio de Oliveira que, por sinal, teve ótima atuação e não errou nada na partida. Jô bateu rasteiro no canto esquerdo de Weverton, que chegou a tocar na bola e quase a pegou, mas ela entrou.

Um a um. Disputa de pênaltis.

Mas, no momento em que o Palmeiras parecia arrasado emocionalmente e o Corinthians turbinado em termos psicológicos, o Verdão conseguiu se recuperar e venceu a disputa de pênaltis por quatro a três.

Com duas defesas de Weverton (que acertou todos os cantos nas cobranças), gols de quatro batedores que entraram no segundo tempo e a penalidade final batida com personalidade pelo jovem Patrick de Paula.

Embora muito longe do brilhantismo, o segundo tempo, o empate no final e a decisão nos pênaltis acabaram por trazer emoção e salvar o jogo.

Houve emoção, mas o nível técnico foi bem mais baixo do que o da média histórica das decisões do Paulista, um problema que parece agravado pela ausência de público.

Parabéns a Jô, que, mesmo sem ter levado o título, foi firme e corajoso. Sofreu o pênalti no jogo e não perdeu os dois nos momentos em que só tinha a opção de marcar.

E ao Palmeiras, que tem melhor elenco do que o rival, foi levemente superior durante a partida e soube se recuperar emocionalmente no momento certo de uma decisão com o principal rival - o que, definitivamente, não é algo fácil.

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