Técnico da Portuguesa no ano passado, Guto Ferreira diz ser "frustrante" saber que investigações do Ministério Público sobre a escalação irregular de Héverton contra o Grêmio, na 38.ª rodada do Campeonato Brasileiro, apontam que funcionários do clube foram beneficiados financeiramente para que o meia entrasse em campo.
O MP isentou Guto de responsabilidade no caso sob a alegação de que o treinador, antes da partida, recebeu uma pasta preparada por funcionários do departamento de futebol com informações sobre jogadores suspensos e a punição a Héverton não constava no documento.
— É muito frustrante para mim, para os jogadores e as pessoas envolvidas diretamente. Nenhum profissional gosta de ver o seu nome envolvido numa situação dessas. Mesmo o MP me isentando, existem aquelas pessoas que não leem jornal. O que passa pelas cabeças dessas pessoas? Você estar sob suspeita não é bom, principalmente para uma pessoa que busca ser correto nas suas atitudes.
Para o MP-SP, caso Héverton é igual à Máfia do Apito
Guto, que está na Ponte Preta, prestou depoimento ao MP e cobra que os culpados paguem pelo erro que levou a Portuguesa à Serie B do Brasileiro.
— Se aconteceu alguma coisa de irregular, isso tem de ser comprovado e combatido. O que eu tenho de pensamento e o que eu vivenciei na Portuguesa já passei ao MP. Falei o que tinha de falar. Se houver culpados, que eles sejam punidos. Se foi simplesmente um erro, lamento muito a Portuguesa vivenciar esse momento causado por essa situação.