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Paris Saint-Germain pode pagar Neymar com venda de camisas

Estratégia global já foi utilizada no próprio clube com astro David Beckham

Futebol|André Avelar, do R7

À primeira vista, o valor da transferência de Neymar para o Paris Saint-Germain assusta o torcedor. Um olhar mais aprofundado para o inflacionado mundo do futebol, no entanto, mostra que 222 milhões de euros (aproximadamente R$ 820 milhões) não são provenientes apenas dos petrodólares. O PSG pode muito bem receber parte deste valor em venda de camisas.

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As lojas oficiais do clube já se revestem de Neymar. O brasileiro vestirá justamente a sua preferida, a mesma da seleção brasileira, a mesma que consagra craques: a número 10. A versão amarela — em homenagem, sim, aos brasileiros que ainda atuam e passaram pela equipe – já é um sucesso de vendas antes mesmo da apresentação oficial prevista para sábado.

O preço de cada camisa na loja, claro, não é necessariamente o repassado para o clube. A conta não seria simplesmente transferir os 100 euros da versão torcedor (cerca de R$ 370) ou 155 euros (R$ 575) da réplica usada por jogadores e multiplicar pelo número de peças vendidas ao redor do mundo. E aí está a grande sacada dos clubes globais.

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Para se ter uma ideia, na última grande transação do futebol, há um ano, o Manchester United arrecadou R$ 326 milhões em uma semana apenas com a venda de camisas de Zlatan Ibrahimovic. O sueco foi contratado por um valor próximo a R$ 481 milhões.

O movimento do mercado esportivo, com valores muito acima dos normalmente tratados, chama a atenção até mesmo de especialistas no assunto. O professor de gestão e marketing do esporte da ESPM, Eduardo Muniz, explica que negócios dessa natureza são recheados de variáveis que nem sempre são explicadas.

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“A venda de camisas é uma variável importante que, sobretudo, para os clubes europeus. Faz parte da receita deles. Diferentemente dos times brasileiros, os europeus são muito internacionalizados e quando fazem transações como essa estão pensando em um mercado global. A envergadura deles é mundial”, disse Muniz.

O professor lembra ainda outro caso emblemático na história do esporte como a contratação de David Beckham pelo Real Madrid, ainda em 2003. Em sete horas, o meia inglês comercializou 8 mil camisas, muitas delas na principal loja do time no Santiago Bernabeu. Ao todo, só no primeiro ano, foram 1 milhão de camisas ao redor do mundo, em muito, impulsionado pelo mercado asiático.

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A estratégia de vender camisas já foi utilizada pelo próprio PSG com o mesmo David Beckham. Não seria diferente com Neymar, igualmente astro, aos 25 anos. Dez anos depois de vestir a camisa 23 do Real Madrid, usou a 32 no time da capital francesa. De acordo com o tabloide inglês Daily Mail, a expectativa era de comercializar R$ 61,5 milhões. Os planos foram frustrados pelas sucessivas lesões do jogador que naquela época tinha 37 anos.

Mas quando jogador do Los Angeles Galaxy, no emergente mercado americano para o futebol em 2007, foram 300 mil camisas vendidas em cinco anos.

O primeiro grande contato de Neymar com os torcedores deve acontecer no sábado (5). O PSG enfrenta o modesto Amiens, no Parque dos Príncipes, pela primeira rodada do Campeonato Francês. Enquanto isso, a Cidade Luz se colore em verde e amarelo por Neymar.

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