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Massagista da Aparecidense diz que recebeu ameaças de morte

Funcionário do clube que entrou em campo e evitou gol do Tupi mostrou arrependimento 

Futebol|Do R7, com informações da Agência Estado

Após evitar gol do Tupi e garantir classificação da Aparecidense as quartas de final do Campeonato Brasileiro da Série D, o massagista Romildo Fonseca, o Esquerdinha, ganhou destaque no noticiário esportivo em território nacional. O funcionário do clube goiano mostrou arrependimento pelo lance e revelou que tem recebido ameaças de morte. Ele mudou de ideia: já tinha dito que não se arrependia do lance.

“Estão ligando para o celular de minha mulher em Minas Gerais e falando que vão me matar. Estou correndo risco”, afirmou o massagista. “Reconheço que fiz algo errado. Não faria de novo, me arrependo pela decisão”, completou.

Dor de barriga coletiva adia jogo da Série B

Em busca de um lugar nas quartas de final do torneio nacional, Aparecidense e Tupi empataram por 1 a 1 no primeiro confronto, no último dia 31 de agosto. Na partida deste sábado, os clubes marcavam 2 a 2 no placar quando Esquerdinha, aos 44 minutos, entrou em campo e evitou gol adversário em dois lances consecutivos. Na sequência, o massagista sofreu tentativa de agressão dos adversários e correu para o vestiário do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.

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O árbitro Arilson Bispo da Anunciação deu o apito final, mas o jogo da Série D que ganhou as manchetes do País no fim de semana ainda vai demorar para acabar. A eliminação do Tupi (MG) diante da Aparecidense (GO), ocorrida após o massagista Romildo Fonseca da Silva, o Esquerdinha, ter evitado um gol aos 44 minutos do segundo tempo, será questionada no STJD. O Tupi quer a vaga nas quartas de final da quarta divisão brasileira, mas a Aparecidense não pretende ceder.

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Mari promete evitar vitória da malandragem

O presidente do clube, Wilson Queiroz Brasil, diz que está numa "sinuca de bico". "A minha opinião pessoal é de que foi errado, mas como presidente eu vou defender o clube", afirmou. A estratégia será culpar o árbitro. "A partir do momento que o jogo começa, a responsabilidade é do árbitro, e se você for ver o Esquerdinha já estava dentro de campo antes de acontecer aquilo. O juiz deveria ter parado o jogo aí."

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Para Brasil, o lance "pegou mal para o clube e para a cidade" de Aparecida de Goiânia, que tem cerca de 500 mil habitantes. Ele diz que, se a equipe fosse eliminada, o clube só voltaria à ativa em dezembro. "Nosso clube tem muita dificuldade, a gente sobrevive graças à ajuda de algumas empresas da cidade e da prefeitura". Mesmo assim, o presidente não crê que a polêmica possa afetar futuros patrocínios.

Repercussão

Questionado sobre como tem sido a reação dos torcedores, Queiroz diz que "o pessoal tem me ligado achando engraçada a situação", mas nas redes sociais o sentimento parece ser outro. No Facebook, a página "oficial" do clube - atualizada por torcedores - revela revolta.

"O ato do massagista de tirar a bola do gol e impedir o Tupi de se classificar foi uma vergonha , sou um torcedor e na minha opinião a Aparecidense deve ser desclassificada, agora parem de postar xingamentos aqui pois essa página não é comandada pela diretoria que por sinal nunca nos ajudou, sempre pedimos apoio e sempre fomos desprezados, essa página pertence a nossa torcida, que está envergonhada com todo esse escândalo...". Outra postagem afirma que "passar roubado não vale, isso foi uma vergonha para o futebol goiano..."

Tupi revoltado

Eliminado da competição, o clube de Juiz de Fora publicou texto em seu site em que classifica o jogo como "uma das páginas mais vergonhosas da história do futebol brasileiro". O clube afirma que "justamente no ano que antecede a realização da Copa do Mundo o fair play, tão difundido pela Fifa, foi deixado totalmente de lado", e que irá acionar a Justiça juntamente com a Federação Mineira de Futebol.

O Aparecidense-GO e o massagista Romildo Fonseca da Silva serão punidos judicialmente. Foi o que revelou Paulo Schmitt, procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, nesta segunda. No último sábado, o funcionário do clube goiano invadiu o campo e evitou que a equipe sofresse um gol no final do empate por 2 a 2 com o Tupi-MG. A partida também ser anulada, segundo Schmitt.

“O artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil para o clube. Para o massagista, essa pena pode variar em número de partidas de suspensão”, explicou em entrevista à SporTV. “A possibilidade de se aplicar a anulação da partida é muito grande ”, continuou.

Aos 44 minutos do segundo tempo, Aparecidense e Tupi empatavam por 2 a 2, resultado que classificava a equipe goiana para as quartas de final da Série D. Se marcasse um gol, o time mineiro garantiria a vaga. Até que Ademilson, jogador do Tupi, chutou a bola que ia em direção ao gol, mas teve sua trajetória interrompida pelo massagista.

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