Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Fla ganha duas e é bicampeão do Rio. Rotina na 'gestão' Jorge Jesus

Time superou ímpeto dos tricolores e estratégia do competente Odair Hellmann. Questão é saber se continuará assim se técnico for embora

Futebol|Eduardo Marini, do R7

Fla levanta mais uma taça sob o comando do técnico Jorge Jesus
Fla levanta mais uma taça sob o comando do técnico Jorge Jesus Fla levanta mais uma taça sob o comando do técnico Jorge Jesus

Flamengo um, Fluminense zero.

Segunda partida da final do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro.

O rubro-negro, bicampeão, conquista mais um Estadual, o 36º de sua história e o sexto título da era Jorge Jesus. Coloca cinco títulos estaduais à frente do Fluminense, o segundo colocado, com 31 conquistas.

O Flu começou com a mesma tática, com duas “paredes” tipo Boca Juniors e a determinação de explorar os avanços de Rafinha.

Publicidade

Leia também

Mas o Fla deu um jeito de arrumar a cobertura do Rafinha marcando os avanços de Egídio pela direita do ataque rubro-negro desde o início.

O Flamengo esteve nitidamente mais responsável e compromissado com a disputa nesse jogo.

Publicidade

Mas é um time que chuta pouco em gol. Quer levar a bola lá dentro, “furar” os muros do adversário, o que, com esse bloqueio a lá Boca, sempre se torna algo difícil.

Por isso o jogo permaneceu empatado até os 50 minutos do segundo tempo e só desempatou quando o Flu foi para o tudo ou nada.

Publicidade

LEIA MAIS: Ficou no quase! Vice do Flu rende brincadeiras de rivais

O congestionamento do Flu anulou Pedro, prendeu Bruno Henrique, que foi figura apagada no jogo, mas, de tanto procurar espaço, o rubro-negro acabou arrumando o gol, em um chute de longe de Vitinho que pegou no pé do zagueiro tricolor e enganou Muriel, que vinha sendo competente nessas partidas finais.

Algumas lições que esse cada vez mais tumultuado Estadual do Rio fornece.

O Fluminense voltou da pandemia melhor do que todos esperavam. Talvez até mesmo do que eles próprios imaginavam nas Laranjeiras.

A equipe, que já era a mais dura adversária do Fla antes da paralisação, mostrou no retorno organização, empenho e disciplina surpreendentes para cumprir, em campo, as estratégias e determinações do competente treinador Odair Hellmann.

O elenco precisa, no mínimo, de mais três ou quatro peças de qualidade para tornar-se competitivo entre os grandes, nos tiros longos da temporada nacional que vem por aí.

Não é possível saber se o clube terá condição financeira para isso. Tomara que tenha.

De qualquer forma, o desempenho em todo o Estadual e, sobretudo, nas últimas partidas contra o Flamengo, mostrou que o Tricolor poderá ter participação elogiável se a diretoria for capaz de reforçar minimamente o atual elenco.

Quanto ao rubro-negro, algumas coisas ficaram claras para além do resultado do campeonato.

A primeira é que, apesar de ter iniciado o trabalho de volta antes de praticamente todo mundo no Rio e no Brasil, a equipe jamais mostrou ímpeto, desempenho e técnica semelhantes aos exibidos antes da paralisação e, muito menos, ao final de 2019, apesar da derrota para o Liverpool na final do Mundial de Clubes. Mesmo hoje, apesar da vontade maior.

Gerson, Gabigol, Rafinha, Bruno Henrique e companhia sentiram claramente a falta de incentivo dos milhares de rubro-negros nos estádios. A ausência da Magnética parece ter-lhes tirado parte daquele ímpeto decisivo esbanjado em 2019. A exceção foi William Arão, que está jogando demais.

Não bastasse, o comportamento desanimado e calado à beira do campo do técnico Jorge Jesus nos outros jogos finais (hoje foi diferente), certamente motivado pela divisão entre o comando do grupo e o assédio do Benfica, e o incômodo com os comentários (ou invenções) sobre sua vida pessoal, provavelmente contribuíram ainda mais para ampliar a apatia da equipe.

Há também a desconfiança de que parte das surpresas tiradas da cartola pelo treinador português na temporada passada começa a ser mapeada por técnicos e jogadores da concorrência.

Por tudo isso, a constatação de que o Flamengo terá ou não atingido o topo da montanha e começa agora a atingir o caminho de descida, ou pelo menos a esperar do alto a aproximação dos outros, dependerá fundamentalmente dos próximos capítulos no rubro-negro.

E os próximos capítulos passarão necessariamente por uma decisão a ser tomada pelo Mister nos próximos dias: ficar no Flamengo e no Rio ou aceitar a proposta do Benfica e voltar para seu Portugal natal.

JJ irá embora? Se for, o próximo técnico terá esse nível de controle sobre o grupo? Ou tentará inventar algo (para prejuízo do grupo) apenas para deixar a sua “marca”.

São questões que serão respondidas nas próximas horas. Aguardemos, pois, essas cenas quentes.

Apontada como affair de técnico do Flamengo, advogada se defende

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.