Realizado no último sábado (20), em Las Vegas (EUA), o UFC on ESPN 11 ficou marcado por uma grande polêmica. Fazendo sua estreia pela organização, Max Rohskopf teve pela frente o atleta Austin Hubbard e chegou a ter uma boa atuação no primeiro round, no entanto, no assalto seguinte, foi castigado pelo adversário na luta de chão e, no intervalo para o terceiro e último round, avisou repetidas vezes ao seu treinador, Robert Drysdale, que não gostaria de voltar para o combate. Seu professor então, insistiu para que continuasse no duelo, mas o árbitro central e um representante da Comissão Atlética de Nevada questionaram Rohskopf se ele gostaria de prosseguir, recebendo a resposta negativa e, consequentemente, provocando o fim da luta.
Depois disso, as imagens com o momento do diálogo entre o lutador e seu treinador tiveram grande repercussão e Drysdale recebeu muitas críticas dos fãs de MMA por insistir que seu atleta continuasse na luta, mesmo com Max dizendo diversas vezes que não gostaria de prosseguir. A polêmica fez com que Rohskopf se pronunciasse a respeito. Na última quarta-feira (24), em entrevista ao site MMA Fighting, o americano, de 25 anos, justificou que sua decisão foi tomada por conta de um “colapso mental”, tirando qualquer responsabilidade por parte do seu técnico.
“Fiz isso minha vida toda. Eu me autossabotei. Até quando eu fazia Wrestling na escola, eu era o melhor do estado e terminei em terceiro lugar porque me autossabotei. Eu era um dos melhores do país na faculdade, mas nunca fui All-American, porque eu ficava dizendo para mim mesmo, por algum motivo, que eu não merecia. Isso é exatamente o que eu fiz na minha luta com Austin (Hubbard). A m*** ficou difícil, e eu olhei para meu treinador e disse: ‘Não quero mais estar aqui’. Não porque eu não quisesse, mas porque não achava que merecia estar ali”, revelou Max, fazendo questão de defender Robert Drysdale das críticas que vem recebendo.
“Aquele homem (Robert Drysdale) me deu um lugar para morar quando eu precisava, para eu não precisar morar no meu carro. Eu não queria nada com o MMA até bater na porta dele e pedir: ‘Cara, preciso de ajuda e quero que você me treine’. Ele sempre fez de tudo por mim. (…) Eu estou pagando ele e é isso que eu queria que ele fizesse. É isso que eu espero dele e, se eu estivesse no córner de outra pessoa, teria feito o mesmo. Não tem discussão. Rob fez a coisa certa, e sempre foi correto comigo”, elogiou o lutador, que por fim, disse que espera receber uma nova oportunidade de lutar pelo Ultimate.
“Fui um lutador minha vida inteira e tudo o que sei tive de aprender de uma maneira difícil, porque sou cabeça dura pra c***. Estou grato ao UFC por me dar uma oportunidade e aguardo por uma próxima. Estou grato ao Austin e por sua performance. Falo para as crianças que eu treino: ‘Grandes coisas não acontecem através de coisas fáceis’. Essa m*** é difícil pra c*** e só vai me tornar melhor. Depende de mim pegar essas lições e fazer bom uso”, concluiu.
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