Em pelejas supertensas e complicadas, a Roma da Velha Bota e o Sevilla da Espanha se classificaram nesta terça, 13 de Março, às quartas-de-final da Champions League de 2017/2018. Os “Nervionenses” da Andaluzia, que provinham de um empate nulo, 0 X 0 em seus domínios, ao surpreenderem por 2 X 1, incrível, em plena Inglaterra, o favoritíssimo Manchester United. E a “Loba” da Velha Bota, 1 X 0, ao resgatar o placar adverso de 1 X 2, que, na Ucrânia, lhe havia sapecado o Shakhtar Donetsk.
Agora são dois os clubes italianos, dois os espanhóis e dois britânicos já qualificados. Respectivamente, a Roma e a Juventus de Turim, o Sevilla e o Real Madrid, o Manchester City e o Liverpool. Na sua 67ª edição, esta CL se iniciou, em 27 de Junho de 2017, com 79 times de 54 nações. Depois de três rodadas pré-eliminatórias, uma fase de playoffs, uma de oito grupos de quatro agremiações cada, e os primeiros seis desafios das oitavas, já se registraram 586 tentos em 204 jogos, média de 2,87, um público de 8,39 milhões, média de 41.130. Na sexta, 16, a UEFA definirá, em sorteio na sua sede de Nyon, na Suíça, as sedes dos próximos mata-matas.
Jogos da terça:
MANCHESTER UNITED (ING) 1 X 2 SEVILLA (ESP)
Old Trafford Stadium, 76.212 pagantes
Tentos: Lukaku X Ben Yedder/2
No seu segundo confronto em toda a história do Futebol, favorecidos pela igualdade nula como visitantes, os “Red Devils” necessitavam de um simples gol, placar de 1 X 0, para se promoverem à fase das quartas pela primeira vez desde a temporada de 2013/14. Padeceram terrivelmente nos 45’ do primeiro tempo, empacados na retranca brutal dos pupilos de Vincenzo Montella e na sua própria falta de pontaria. Inexplicavelmente, ou pedantemente, ele, o "Tal", José Mourinho, deixou o astro Pogba no banco.
Repetiu-se o drama depois do intervalo. Pogba entrou. O United, contudo, continuou a esbarrar numa muralha de oito, nove homens vestidos de preto, a cor do uniforme de viagem dos “Nervionenses”. Até que, aos 74’, em dois toques velocíssimos desde a linha divisória do gramado, a pelota chegou a Ben Yedder, que acabara de substituir o colombiano Muriel. E o francês cravou o seu sexto gol na CL. Aliás, em mais 120 segundos ele faria o sétimo, de cabeça. Humilhação de Mourinho. Lukaku, ainda, aos 85, diminuiria depois de um escanteio e de uma confusão na área do Sevilla, 1 X 2. O United, no entanto, só seguiria na aventura com mais dois tentos. Inviável. Ineditamente os “Nervionenses” conquistariam a fase das quartas.
ROMA (ITA) 1X 0 SHAKHTAR DONETSK (UCR)
Stadio Olìmpico, 72.796 pagantres
Gol: Dzeko
Apenas uma vez, na CL de 2010/11, o Shakhtar Donetsk havia superado a fase das oitavas. E, coincidentemente, contra a Roma, 3 X 2 na Itália e 3 X 0 em seus domínios. Acumulado o jogo da ida, 2 X 1 em sua pátria, ostentava três vitórias em três partidas. Quanto à Roma, necessitava de um único gol para sobreviver numa competição em que, desde 2007/08 fracassou em cinco oportunidades de atingir as quartas. Deve agradecer ao ímpeto de Edin Dzeko.
O bósnio desenhou a sua rete di salvezza num impecável e rapidíssimo contra-ataque, lançamento de Strootman no meio da bequeira do elenco visitante. Daí, inaugurado o marcador, o estóico capitão Daniele De Rossi e o arqueiro Alisson, com a ajudazinha do rival Ordets, asseguraram o passaporte da "Loba". Falta do último homem, aos 79', o ucraniano em Dzeko, o cartão vermelho para Ordets e, claro, o natural esgotamento das esperanças dos decepcionados viajantes do Shakhtar.
Os jogos da quarta:
BESIKTAS (TUR) X BAYERN (ALE)
Arena Vodafone, Istambul, 41 903 lugares
Na ida: Bayern 5 X 0 Besiktas
Tentos: Mueller/2, Coman e Lewandowski/2
Placar da Allianz à parte, vantagem integral dos bávaros sobre os otomanos: três vitórias em três partidas. Tarefa complexa, mesmo diante dos seus fanáticos, a do elenco multinacional de Senol Gunes, meros dez nativos em um quadro de 26 atletas. Em Munique, decidido a resistir e talvez arrancar um empate ao time de Jupp Heynckes, ele se resguardou numa retranca brava até que, aos 16’, num lance tosco, o zagueiro croata Domagoj Vida, que fazia a sua estréia no Besiktas, escoiceou Lewandowski pelas costas e viu o vermelho direto. Com dez homens, e quase 70% do confronto à frente, os visitantes praticamente se despediram da CL. Istambul não verá um seu milagre.
BARCELONA (ESP) X CHELSEA (ING)
Camp Nou, 99.786 lugares
Na ida: Chelsea 1 X 1 Barcelona
Tentos: Willian X Messi
Estatisticamente, vantagem mínima dos “Blues”: em onze disputas anteriores, quatro vitórias e três derrotas. No seu Etihad de Londres, porém, além de ceder a igualdade aos 75’ e, enfim, de sofrer um primeiro gol de Messi em nove desses desafios, o esquadrão de Antonio Conte não soube como, sem um centro-avante de ofício e limitado demais às raras especulações através dos flancos, furar a barreira de quatro defensores e de quatro meio-campistas que seu rival Ernesto Valverde armou. Azar: o brasileiro Willian, o melhor dos britânicos, arrematou duas vezes na trave. O Barça, evidentemente, pretende desfrutar a proteção do retorno no Nou Camp, onde mantém uma série invicta de 24 partidas na CL, desde Bayern 7 X 0 em 1º/5/2013.
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