Depois do Real Madrid da Espanha e do Liverpool da Inglaterra, também a Juventus da Itália e o Manchester City, outro clube do Reino Unido, se classificaram nesta quarta-feira, dia 7 de Março, à fase das quartas-de-final da Champions League de 2017/18. A “Zebra” porque, depois do infeliz resultado de 2 X 2 no Allianz Stadium de Turim, ignorou o templo sagrado de Wembley e bateu o Tottenham, magistralmente, de virada, 2 X 1. E os “Citizens”, antes os detonadores dos “RotBlau” do Basel, por 4 X 0, na Suíça, relaxaram em seus domínios, 1 X 2 - sobreviveram por disporem de muitas gorduras para queimar. A competição, agora, acumula 582 tentos em 202 prélios, média de 2,88. E já abrigou um público de 8,24 milhões, média de 40.800.
Os jogos da quarta:
TOTTENHAM (ING) 1 X 2 JUVENTUS (ITA)
Wembley Stadium, Londres, 89.792 presentes
Tentos: Son X Higuaín e Dybala
Na ida: Juventus 2 X 2 Tottenham
Missão complicadíssima, a da “Velha Senhora”: resgatar o escorregão caseiro no seu único duelo, até então, contra o alvi-marinho britânico, em toda a história do Futebol. Poderia ter despachado os “Galos” visitantes já na etapa inicial de Turim. Dois tentos antes dos 10’. Daí, ao invés de consolidar a sua folga, fraquejou. O artilheiro Higuaín, inclusive, desferiu um pênalti no travessão. Massimiliano Allegri, o treinador da Juve, o escalou no sacrifício para o retorno. Enquanto isso, os hospedeiros não dispuseram do lateral Aurier, suspenso, e do atacante Lamela, dores musculares. Hospedeiros, na platéia, em vantagem de 8 X 1 sobre os viajantes peninsulares.
Naturalmente, o argentino Maurício Pochettino, mister do Tottenham, entrou cauteloso no prélio. Muita pressão na saída de bola da Juve, avanços através dos flancos e exclusivamente com a situação controlada. Aos poucos, todavia, de apenas esporádica essa postura se tornou um hábito. Pareceu claro que a Allegri satisfaria realizar 1 X 0 e, então, segurar o rival. Só que o Tottenham cresceu na pugna, mereceu inverter o padrão e abriu o marcador aos 39’, o sul-coreano Son, uma aparada de tornozelo, depois de a pelota atravessar livremente a bequeira inteirinha e área de Gigi Buffon.
O panorama apenas se alterou aos 61’ quando Allegri se acendeu e substituiu o central Benatia por Lichtsteiner, um ala apoiador. Aos 64’, Lichtsteiner atingiu a linha de fundo e levantou. Khedira desviou e Higuaín arrematou de primeira, um toque sutil ao lado de Loris. Os “Galos” mal deram a nova saída e Higuaín recuperou a pelota e, em profundidade, enviou ao compatriota Dybala, 2 X 1. Na sua posição, junto aos seus reservas, um desnorteado Pochettino fitou o vazio, sem acreditar. O seu elenco, de todo modo, aceitou correr com fúria atrás do prejuízo. E o último quarto de hora proporcionou um sufoco à Juve, que jamais havia abiscoitado um triunfo em Wembley. Aos 90’, ocorreu até um milagre absolutamente mágico de Buffon, uma rebatida do travessão e a salvezza de Chiellini precisamente na linha fatal.
MANCHESTER CITY (ING) 1 X 2 BASEL (SUI)
Etihad Stadium, 54.845 presentes
Tentos: Gabriel Jesus X Elyounoussi e Lang
Na ida: Basel 0 X 4 Manchester City
Um único duelo na história, na ida em Basiléia. Com três tentos antes dos 25’, os “Citizens” desnortearam os rivais, que fantasiavam o seu desembarque glorioso numa fase posterior da competição. Agora, claro, impossível. Mais: já invictos em casa desde Dezembro de 2016, os pupilos de Pep Guardiola inauguraram o placar, no Etihad, logo aos 8’, quando Bernardo Silva cruzou e Gabriel Jesus escorou – o gol de número 100 do City em sua aventura na Champions. Os suíços, porém, não soçobraram. E, aos 17’, Elyounoussi desfrutou uma tolice que tornou o Pep bem enfurecido, 1 X 1.
Com a exceção de um susto enorme sofrido por Gabriel Jesus, ao levar uma pancada desleal de Lacroix, que recebeu um mero cartão amarelo, o cotejo não exibiu outras ocasiões de nervos retesados. Só que ajuda pouco devastar o rival na sua própria residência. O City amoleceu e, aos 71’, Lang fulminou Bravo, 2 X 1. Acabou, para o Pep, a série de catorze meses sem derrotas.
Os jogos da terça:
PSG (FRA) 1 X 2 REAL MADRID (ESP)
Parc des Princes, Paris, 48.197 presentes
Tentos de: Cavani X Cristiano Ronaldo e Casemiro
Na ida: Real Madrid 3 X 1 PSG
Embora lhes bastasse preservar o resultado original para que prosseguissem na CL, os “Merengues” não adotaram a retranca como estratégia no seu combate de retorno em Paris. De sete jogos anteriores carregavam uma vantagem de três vitórias a duas. E o seu treinador, Zizou Zidane, preservou o seu sistema de alas bem abertos e ofensivos, Lucas Vásquez e Asensio. Restava saber como se portaria o elenco de Unay Amary sem o seu lesionado Neymar, um astro direta ou indiretamente responsável pelos 15 tentos, de um total de 25, que o PSG realizou dentro de casa na fase de grupos.
O platino Di Maria substituiu o brasileiro. Meia bastante habilidoso porém, menos incisivo. Apareceu bem pouco, antes do intervalo, exclusivamente quando lhe cabiam as cobranças eventuais de infração. Enquanto o Real tocava a bola, levava perigo até com o zagueiro Sérgio Ramos, o PSG vivia do sonho barulhento dos seus torcedores e da expectativa de fazer dois tentos em 45’. Um mero sonho. Aos 51’, pedante, na linha divisória do gramado, Daniel Alves entregou uma pelota dominadíssima e, na contra-ofensiva em velocidade, precisamente Asensio e Vásquez trocaram passes curtos e, no cruzamento alto a bola caiu na testa do artilheiro Cristiano Ronaldo, agora oito gols em todas as suas oito aparições nesta edição da CL.
Houve quem recordasse que, em 1993, nas quartas-de-final da então Copa Uefa, a mãe da atual Liga Europa, em nove minutos o PSG saiu de 0 X 1 para 3 X 1 e, depois de uma prorrogação e de 4 X 1, despediu o mesmo Real da contenda. Só que, aos 66’, tolamente, Verrati acertou um rival pelas costas, debochou da decisão do Felix Brych, o só árbitro alemão, e recebeu um segundo cartão amarelo no mesmo momento. Vermelho. Expulso. Estoicamente, aos 72’, na sobra de um bate-rebate na área dos ibéricos, o uruguaio Cavani, de joelho, cravou 1 X 1. No entanto, ao invés de se assustar, o Real se inflamou. Daí, aos 80’, consequência de uma bobagem de Rabiot, o autor do but dos gauleses em Madrid, Casemiro determinou, 2 X 1.
Certamente, na sua mansão de Mangaratiba/RJ, desalento de Neymar, em princípio de tratamento. Desalento dos fãs do PSG, que estimularam os seus atletas mesmo com o placar infausto. Fundamentalmente, porém, um desalento brutal para o proprietário do clube, o megamagnata catariano Nasser Al-Khelaifi, condenado à tristeza do desperdício de uma fortuna numa só temporada. Adieu, até que se desenrole a próxima CL.
LIVERPOOL (ING) 0 X 0 PORTO (PORTUGAL)
Anfield Road Stadium, 53.072 presentes
Na ida: Porto 0 X 5 Liverpool
Certa de 2.000 fanáticos suplantaram os quase 2.200km que separam a Cidade do Porto de Liverpool. Fanáticos e visionários à espera de um milagre sêxtuplo, um sucesso estratosférico dos “Dragões” de Sérgio Conceição sobre os “Reds” de Juergen Klopp. Só um placar de 6 X 0 classificaria os lusitanos. Que, em três jogos anteriores, somavam duas derrotas e um empate.
Apesar de apresentar o ataque mais portentoso da CL, 28 tentos em toda a competição, antes do intervalo o elenco de Klopp não se dignou a desfazer o 0 X 0 do placar. Na verdade, melancólico até então, à parte alguns lampejos de Mané, o cotejo deu sono, muito sono, zzzzzzzzzzz, até terminar.
Nas oitavas, no caso de uma igualdade em pontos, valem o dobro os tentos anotados no campo do inimigo. Daí, no caso de persistir o empate, o regulamento prevê o drama de uma prorrogação e/ou da loteria dos penais. Ainda haverá novas pelejas na próxima semana, dia 13 e dia 14.
Manchester United (Ing) X Sevilla (Esp) – 1 X 1
Roma (Ita) X Shakhtar Donetsk (Ucr) – 1 X 2
Barcelona (Esp) X Chelsea (Ing) – 1 X 1
Besiktas (Tur) X Bayern (Ale) – 0 X 5
Definidos os sobreviventes, na sexta, 16, a UEFA realizará, em Nyon, Suíça, o sorteio dos adversários da fase seguinte, os mata-matas das quartas-de-final.
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