Willlian marcou o gol da vitória do Palmeiras. Três pontos conquistados pelos reservas
PalmeirasSão Paulo, Brasil
49 minutos do segundo tempo.
Rony toca o braço na bola, dentro da área.
O antebraço do atacante estava para trás.
Não foi pênalti.
O árbitro da Federação do Espírito Santos, Dyorgines Jose Padovani de Andrade, marcou. Penalidade para o Sport.
Só que o VAR o chamou.
O árbitro chefe de vídeo era da Federação Mineira de Futebol, Igor Benevenutto.
Depois de cinco minutos e rever dezenas de vezes o lance, Dyorgines voltou atrás.
Anulou sua marcação.
A pressão foi enorme, ele já não havia marcado, outra vez corretamente, pênalti pedido pelo time nordestino, em uma entrada de Emerson Santos em Hernanes.
E o Palmeiras, que começou o jogo, em Recife, com três titulares, consegue outra vitória importante, contra o Sport.
1 a 0, gol de Willian.
São mais três pontos, que o colocam a apenas três do segundo colocado no Brasileiro. E, a nove do líder São Paulo.
Com um jogo a menos.
Mas a campanha é excelente, já que o time é finalista na Copa do Brasil e semifinalista da Libertadores, vencendo o primeiro jogo por 3 a 0 contra o River Plate, na Argentina.
O treinador Jair Ventura e seus jogadores ficaram revoltados com a arbitragem.
Com a derrota, o clube está a apenas quatro pontos da zona do rebaixamento. Enfrentar o Palmeiras com seus reservas era uma grande chance de o time pontuar.
"Ele (o árbitro) estava próximo e custou para marcar. A bola realmente pega na minha mão, mas foi o nosso zagueiro que tirou. O lance é tão rápido que não tem como tirar o braço. Só se eu jogar assim... E o VAR é pra isso. Corrigir o que o árbitro errou...", disse Rony.
Abel Ferreira sabia muito bem como seria o mês de janeiro para o Palmeiras. A maratona que seu time seria submetido.
E tratou de poupar seus jogadores para a partida fundamental, terça-feira, no Allianz, diante do River Plate, que definirá, ou não, sua ida para a final da Libertadores.
O português também sabia que o Sport teria de atacar, para tentar fugir, ficar mais longe da zona do rebaixamento.
E tratou de colocar o Palmeiras escancaradamente nos contragolpes.
Abriu Verón e Breno, colocando Willian para flutuar, como falso centroavante.
Além de congestionar a intermediária.
E atuar com três zagueiros.
Jair Ventura não tinha outra saída a não ser propor o jogo.
Mas a falta de qualidade de seu elenco é gritante.
Só o veterano Thiago Neves mostrava algo de diferente. No entanto, sua explosão muscular e força para arrancadas, não existem mais.
Dyorgines consulta o VAR. Salvo do pênalti inexistente que havia marcado. Toque involuntário
Reprodução/PremiereO Sport foi valente, lutou, mas estava muito bem travado.
Para piorar de vez as coisas, o Palmeiras aproveitou a bola esticada por Luan para Veron.
Com toda a liberdade, ele descobriu Willian na diagonal, dentro da área.
Ele se antecipou, dominou a bola e a chutou entre as pernas do bom goleiro Luan Polli.
Palmeiras 1 a 0, aos 26 minutos do primeiro tempo.
O time nordestino ficou ainda mais pressionado, afobado, tenso.
A equipe paulista, mesmo desentrosada, seguiu firme travando o rival.
No segundo tempo, o Sport adiantou a marcação na saída de bola palmeirense.
Seus jogadores correram muito, lutaram.
O Sport chegava a ter seis jogadores adiantados, buscava, com coragem, ao menos o empate.
E faltou talento e convicção nos últimos passes e arremates.
Além do excesso de cruzamentos.
Daí o desespero nos lances duvidosos na grande área do Palmeiras.
As queixas não se justificam.
O inseguro árbitro Dyorgines Jose Padovani de Andrade acertou nos dois lances capitais, que o Sport implorou por pênaltis.
O VAR salvou Dyorgines.
E o jogo.
Não o Palmeiras...