São Paulo de Diniz. Incompetente para vencer fraco Coritiba. Time sem alma de campeão
Mauro Horita/EStadão Conteúdo - 23.1.2021São Paulo, Brasil
Mesmo com a desculpa da emboscada ao ônibus que levava seus jogadores, o São Paulo jogou, de novo, muito mal no Morumbi.
Não aproveitou nem a chance de enfrentar o fraquíssimo Coritiba, com dez desfalques.
TIme lento, inseguro, sem rumo.
Não poderia de jeito algum deixar de vencer o jogo.
Mas apenas empatou em 1 a 1, permitindo que o Internacional siga na liderança do Brasileiro. E se vencer amanhã o Grêmio, pode abrir quatro pontos do clube paulista.
E pode também ser ultrapassado pelo Flamengo, desde que o clube carioca vença as duas partidas que tem a menos.
Um desastre para o time de Diniz que esteve 14 partidas na liderança do Brasileiro.
Além de ficar estagnado na segunda colocação, o São Paulo mostra que não se recuperou da vergonhosa goleada que sofreu para o Internacional por 5 a 1.
Conseguiu apenas dois pontos nos últimos 15 disputados.
Não vence há cinco partidas.
Não ganhou um jogo em 2021.
Desde a eliminação da final da Copa do Brasil, também no Morumbi, diante do Grêmio, no dia 30 de dezembro, o time não mais se recuperou.
Apesar de psicólogo, além de treinador, Fernando Diniz se mostrou incapaz de recuperar a confiança de seu time. E muito menos descobrir variações táticas. O São Paulo se tornou previsível para os adversários.
Fernando Diniz demonstra não ter mais repertório para fazer o São Paulo vencer
Flávio Corvelo/Estadão Conteúdo - 20/1/2021"Ficam tocando de lado e é isso que acontece", desabafou irritadíssimo o goleiro Tiago Volpi.
Fica cada vez mais claro que Fernando Diniz não deverá seguir como treinador após o Brasileiro. Conselheiros que elegeram Julio Casares como presidente querem o técnico longe do Morumbi.
No primeiro tempo já foi possível perceber o quanto a emboscada ao ônibus afetou o São Paulo. Jogadores inseguros, tensos, trocando passes do lado, ou atrás.
Forçando de maneira irracional pelo meio, onde o fraquíssimo time do Coritiba tinha mais jogadores, já que foi montado no 4-1-4-1. E sem seu treinador Gustavo Morínigo com Covid. Entre jogadores infectados e contundidos, o time paranaense, na zona do rebaixamento, não tinha dez atletas.
O ex-goleiro do Santos e hoje auxiliar, Paulo Sérgio, comandava o time.
O São Paulo teve uma troca à última hora, Gabriel Sara sentiu uma indisposição e entrou no seu lugar Tchê Tchê.
Fernando Diniz montou seu time no 4-4-2. E outra vez, Daniel Alves se mostrava omisso, sem poder de penetração. Sem iniciativa de dribles, penetrações, tabelas. O veterano de 37 anos era de inutilidade impressionante.
São Paulo saiu na frente, com gol de Luciano. E acreditou que o jogo estivesse ganho
Rubens Chiri/São PauloO Coritiba fazia o que podia. Acovardado, tratava de fechar sua intermediária. A maioria dos seus jogadores eram nitidamente de Segunda Divisão. Sem nível técnico de Série A.
Mesmo assim, diante da insegurança do São Paulo, o time do Paraná teve uma grande chance aos 15 minutos, quando Nathanael cruzou e Galdezani, livre, diante de Volpi, cabeceou para fora. Lance imperdoável.
O primeiro tempo seguiu sem emoções, com o São Paulo mostrando lentidão, insegurança. Deixando claro o quanto é péssimo ter Juanfran, lateral que só sabe marcar na direita, e Reinaldo, desestabilizado psicologicamente na esquerda.
Além de toda insegurança de Igor Gomes. Da omissão de Brenner. Da burocracia de Daniel Alves, mero 'carimbador de bola'. Equipe sem conjunto.
Sem alma de campeão.
No segundo tempo, Brenner nem voltou.
Pablo entrou no seu lugar.
E, a mesma substituição de sempre, saiu Bruno Alves entrou Vitor Bueno.
Mesmo com o improvisado Coritiba cansado, a dinâmica do jogo não mudou.
Troca de bola do São Paulo lenta, mesmo com o time de Paulo Sérgio mais recuado.
Só que a zaga do Coritiba é fraca: lenta, distante.
E deu toda a chance para Pablo servir Luciano para marcar o gol do time de Diniz, aos 13 minutos.
1 a 0.
Era o que o São Paulo precisava. Uma mísera vitória em casa contra o Coritiba e voltar à liderança do Brasileiro.
Mas se mostrou uma equipe sem ambição, sem vibração, insegura.
Mesmo com Paulo Sérgio abrindo seu time, tentando o empate.
O São Paulo insistiu com toques sem objetividade, como se a partida estivesse acabada.
Oferecia contragolpes ao adversário.
E o merecido castigo veio.
Juanfran, outra atuação péssima. Não tem futebol para ser lateral titular do São Paulo
Rubens Chiri/São PauloAos 40 anos, Ricardo Oliveira conseguiu invadir a intermediária do São Paulo e tocou a bola para Sarrafiore bater forte, da entrada da área.
1 a 1, aos 36 minutos.
O São Paulo teve mais 14 minutos, com cinco minutos de acréscimo, para lutar pela vitória obrigatória.
Mas faltou vibração, estrutura tática, coração.
Time sem alma de campeão.
Mereceu o empate em casa.
Mais um vexame na conta de Diniz...
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