Ronaldinho Gaúcho deverá voltar ao Brasil já na segunda-feira. Cinco meses preso
Reprodução/InstagramSão Paulo, Brasil
Está tudo mais do que encaminhado.
Os advogados de Ronaldinho Gaúcho já até informormaram as autoridades paraguaias.
Ele e seu irmão Assis morarão no Rio de Janeiro, depois que deixarem o hotel Palmaroga, onde estão cumprindo prisão domiciliar.
Era a informação que faltava para a audiência de segunda-feira, que deverá ser o dia da libertação da dupla.
E em seguida, deverá embarcar para o Brasil.
E ela tem preço: Ronaldinho Gaúcho pagará 90 mil dólares de multa, cerca de R$ 502 mil. E Assis, 110 mil dólares, R$ 613 mil.
Desde o dia 6 de março, os dois estão presos no Paraguai.
Primeiro ficaram por 31 dias em uma cadeia militar.
Pagaram 1,6 milhão de dólares, cerca de R$ 8,9 milhões, de fiança. E conseguiram ir para o hotel cinco estrelas, fechado para os dois, em prisão domiciliar.
Os dois entraram no país vizinho com passaportes falsos. No documento, ambos apareciam como paraguaios naturalizados.
O processo de naturalização nunca aconteceu.
Na constituição paraguaia, há o direito de a justiça manter preso um suspeito pego em flagrante por até seis meses, para investigar há outras transgressões legais.
A suspeita do Ministério Público do Paraguai era que os dois estariam envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro com a empresária Dalia López. Ela que convidou os dois para Assunção, inclusive, está foragida.
Ronaldinho Gaúcho ou Ronaldinho Paraguaio? O passaporte falsificado
Reprodução/TwitterNão se comprovou nada.
A não ser os passaportes adulterados.
A defesa dos dois garante que foram funcionários de Dalia que deram os documentos e o erro foi eles não conferirem, antes de os apresentarem no aeroporto de Assunção.
O mais absurdo é que ambos têm passaportes brasileiros. Fora o fato de que poderiam ter entrado no país vizinho até com suas cédulas de identidade.
Assis terá de pagar multa mais alta porque é apontado pelas autoridades como o responsável por ambos estarem com os passaportes falsos. Já que foi ele quem assumiu ter recebido os passaportes dos funcionários de Dalia e os entregue aos policiais do aeroporto. Ronaldinho não saberia de nada.
A prisão do ex-jogador que foi duas vezes o melhor do mundo repercutiu internacionalmente.
E serviu ao presidente paraguaio Mario Abdo Benítez. Em março, ele estava muito desgastado pela acusação de ter feito um acordo com o governo brasileiro, em relação à usina de Itaipu.
Escapou até de um processo de impeachment.
A prisão de Ronaldinho serviu politicamente Benítez.
Mostrou ao mundo a 'seriedade' do governo paraguaio.
Fazer publicidade não deverá ser tão fácil para Ronaldinho. Imagem arranhada
ReproduçãoA imagem do atleta se desgastou.
Aparecer, ao lado do irmão, algemado, ficará registrado para sempre.
Patrocinadores, organizadores de jogos cuja presença do ex-jogador era paga, deverão se afastar.
Pelo menos em um primeiro momento.
Mas o inferno de Ronaldinho Gaúcho terá fim.
Depois de cinco meses e 18 dias.
Basta pagar nesta segunda-feira, R$ 1,1 milhão.
Ele e seu irmão estarão livres...
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