Governo de São Paulo prorrogou as restrições a atividades esportivas no Estado
Agência CorinthiansSão Paulo, Brasil
Era o que a Federação Paulista de Futebol desconfiava.
O governador João Doria prorrogou as medidas restritivas por conta da Covid-19.
E os eventos esportivos estão proibidos até o dia 11 de abril.
O futebol é o principal deles.
Doria reiterou que, se a pandemia não retroceder, a proibição poderá ser prorrogada.
O presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, já sabia desde quarta-feira a possibilidade de o governo paulista esticar a paralisação do Campeonato Paulista.
Para a Globo também é prejudicial.
Ela planejava aumentar a publicidade sobre o torneio em abril, mostrando jogos na quarta-feira e no domingo. Até porque a cúpula da emissora carioca acreditava que o torneio começaria a chegar perto do mata-mata.
Só que a paralisação travou o torneio. Se a FPF não conseguir encontrar lugar para levar os jogos, oito rodadas se acumularão. Há a Libertadores, a Copa do Brasil e, em maio, o Brasileiro.
Reinaldo, outra vez, conta com o apoio irrestrito da CBF e demais Federações para buscar um local onde possam acontecer os jogos.
Os dirigentes dos clubes grandes de São Paulo também estavam preparados. Sabiam que o governo não autorizaria a volta do futebol no dia 31 de março, como estava previsto.
"A FPF e todos os clubes participantes reiteram publicamente que o Paulistão Sicredi será retomado a partir do dia 31/3 e o término da competição acontecerá na data prevista, 23 de maio", prometia Reinaldo Carneiro, em nota oficial, no dia 22. Há quatro dias.
Mas o cenário mudou completamente.
Não o da Covid-19, que já era gravíssimo.
O dos governos de Volta Redonda, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais.
Eles não aceitam mais jogos de clubes paulistas.
A saída, mais cara, e que seria garantida, não existe mais.
O governo do Mato Grosso do Sul também proibiu o futebol, por conta da pandemia.
O do Mato Grosso ainda continua, mas pode ser paralisado a qualquer momento.
E volta a ser uma possibilidade.
Remota.
Mas real.
Há muita tensão na FPF.
E, principalmente, entre os clubes pequenos pela extensão da paralisação.
Entre os grandes, o Palmeiras é o mais firme.
Concorda que não pode haver futebol.
Corinthians, São Paulo e Santos querem jogar.
Os atletas seguem preocupados com seus salários.
O clima pesado de 2020 está se repetindo...
Flagra no cassino e festinhas: as polêmicas de Gabigol na pandemia
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.