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Jô promete. Depois do Japão, voltará ao Corinthians

Retorno ao Parque São Jorge salvou sua carreira

Cosme Rímoli|Cosme Rímoli

Jô deve a reviravolta na sua vida ao Corinthians. Estava desacreditado
Jô deve a reviravolta na sua vida ao Corinthians. Estava desacreditado Jô deve a reviravolta na sua vida ao Corinthians. Estava desacreditado

"Eu volto para o Corinthians. Vou encerrar minha carreira aqui. Quero retribuir tudo o que esse clube fez por mim. Só vocês acreditaram na minha recuperação."

Essa foi a promessa que Jô, emocionado, fez ao presidente Roberto de Andrade, antes de um longo abraço. Foi assim a despedida do atacante, ao ser aprovado nos exames médico exigidos pelo Nagoya Grampus. Seus empresários Giuliano Bertolucci e Kia Joorabchian fecharam um contrato, a princípio, de três anos. Com a possibilidade de um quarto ano, se o jogador e o clube desejarem.

Entre luvas e salários, Jô receberá cerca de R$ 9,7 milhões por ano, dois milhões e meio de euros. São R$ 808 mil mensais. Fora bônus por títulos, artilharia. No Corinthians, ele recebia R$ 350 mil mensais.

Jô fará ainda esta semana, talvez hoje, um agradecimento ao Corinthians. Porque ele sabe que os principais clubes do Brasil haviam fechado a porta para o seu retorno. Suas baladas no Atlético Mineiro e no Internacional foram realmente assustadoras. Festas em que virou noites sem dormir. Bebendo muito. 

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Dirigentes e treinadores brasileiros não queriam mais trabalhar com ele. Em Belo Horizonte ele chegou ao fundo do poço. Ficou depressivo, revoltado, desiludido depois da pífia participação da Seleção e, principalmente sua, na Copa do Mundo de 2014. O Atlético Mineiro e Internacional, que dividiam seus direitos, sonhavam em vendê-lo após o Mundial por 15 milhões de euros, cerca de R$ 58 milhões, depois de sua ótima Copa das Confederações e conquista da Libertadores.

Jô e as baladas. Seu pior momento
Jô e as baladas. Seu pior momento Jô e as baladas. Seu pior momento

Só que Bertolucci e Kia conseguiram, com muito custo, vendê-lo ao Al Shabab dos Emirados Árabes por 3 milhões de euros, perto de R4 11,7 milhões. O clube gaúcho e o mineiro dividiram o dinheiro. E seus dirigentes juraram que o atacante nunca mais jogaria com suas camisas. 

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O contrato de três anos nos Emirados virou apenas um, decepcionando, ele foi repassado ao Jiangsu Suning da China por 2 milhões de euros, R$ 7,8 milhões. Lá também fracassou. A ponto de ser rebaixado para o time. E ter seu contrato rescindido.

Foi quando Kia e Bertolucci usaram sua amizade com Andrés Sanchez. O mentor de Roberto de Andrade insistiu que Jô mereceria uma oportunidade. Afinal, havia nascido para o futebol no Parque São Jorge. Andrés e Roberto tiveram um encontro com o jogador e perceberam que ele estava mudado.

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Depois de tantas decepções, baladas, casamento por um fio, Jô se apegou à religião. Virou evangélico convicto. E desde então abandonou o álcool e passou a treinar como nunca. Suas marcas em arranques, aos 30 anos, são melhores do que quando ele tinha 25 anos. A explosão muscular, a força física. Essa ressurreição física foi a responsável que reviravolta que quase ninguém acreditava. No pior momento de depressão, ele chegou até a pensar em parar de jogar futebol.

Jô se tornou o primeiro artilheiro do Brasileiro do Corinthians
Jô se tornou o primeiro artilheiro do Brasileiro do Corinthians Jô se tornou o primeiro artilheiro do Brasileiro do Corinthians

Fred virou a grande referência de Jô. Se, aos 34 anos, ele é a principal contratação do Cruzeiro, o atacante do Nagoya, tem a convicção: poderá ser muito útil ao Corinthians, ao final do contrato no Japão. Daí a sua promessa de volta ao Parque São Jorge. 

Jô sabe. Nenhum clube brasileiro se arriscaria a oferecer um contrato de três anos, pagando R$ 350 mil mensais. Com 13º, seu rendimento chegaria a R$ 14 milhões, no final de 2016. Só mesmo o Corinthians.

Ele retribuiu da melhor maneira possível. Figura fundamental na conquista do Paulista e do Brasileiro. Fazendo pela primeira vez um corintiano artilheiro da competição nacional. E mais: rendeu R$ 43 milhões livres para o clube, na sua venda ao Nagoya.

Jô tem mesmo de agradecer.

E se comprometer.

A volta para o Brasil será com a camisa que tanto ama.

A preta e branca.

O Corinthians salvou recuperou não só sua carreira.

Sua vida...

Jô se comprometeu. Depois do Japão, voltará ao Corinthians. Como agradecimento
Jô se comprometeu. Depois do Japão, voltará ao Corinthians. Como agradecimento Jô se comprometeu. Depois do Japão, voltará ao Corinthians. Como agradecimento

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