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"Burro." "Vagabundo." Ganso e Oswaldo desrespeitam Fluminense

 Jogador e técnico se xingaram publicamente. Depois, o treinador fez gesto obsceno para a torcida. A diretoria tem obrigação de tomar atitude

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Oswaldo e Ganso se xingando. Situação inaceitável, amadora
Oswaldo e Ganso se xingando. Situação inaceitável, amadora Oswaldo e Ganso se xingando. Situação inaceitável, amadora

São Paulo, Brasil

"Burro...

"Burro para ca...

"Você não sabe nada."

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Paulo Henrique Ganso...

"Vagabundo, você é vagabundo."

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Oswaldo Oliveira...

Não contente com a discussão inacreditável, transmitida para o Brasil todo, o treinador ainda fez mais.

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Mostrou o dedo médio a torcedores do clube que comanda, após o empate em 1 a 1 com o Santos, ontem no Maracanã.

Essas situações inaceitáveis acontecem no Fluminense, um dos maiores clubes do Brasil, que mais uma vez briga para não ser rebaixado à Segunda Divisão.

A diretoria não tomou qualquer providência.

Não puniu nem jogador e nem o treinador.

Nenhum dirigente deu entrevista após a partida e, principalmente, depois dos vexames.

"O Fluminense vive um momento muito especial, de tensão. Muitas coisas passadas voltam. E todos nós, que se envolvem com a camisa do Fluminense, vivemos um momento muito difícil. Muito intenso.

"Às vezes, os ânimos passam dos limites como aconteceu hoje. Digo antemão: está tudo resolvido, entre eu e o jogador. É natural que, em uma circunstância adversa do jogo, haja o desentendimento.

O gesto obsceno de Oswaldo a torcedores do Fluminense. Vexame
O gesto obsceno de Oswaldo a torcedores do Fluminense. Vexame O gesto obsceno de Oswaldo a torcedores do Fluminense. Vexame

"Mas eu não desrespeito ninguém, principalmente um superior meu. Eu respeito a hierarquia. No momento que fui desrespeitado, tomei a atitude que achava que deveria tomar. Depois, resolvemos o problema", disse Oswaldo.

O técnico assumiu, até porque há imagens, não havia como negar, o dedo médio em riste mostrado aos torcedores do Fluminense.

"A hostilidade ali passou do limite, então, eu respondi entrando no vestiário. É inadmissível... O Fluminense fazia a melhor partida dele no campeonato, com dois jogadores a menos e perdendo gol da vitória com Allan no finalzinho.

"É inadmissível que isso aconteça. Mas estou preparadíssimo. Em 1º de outubro, faço 44 anos de futebol. Já passei por muita coisa no futebol. Não é a primeira vez que isso acontece, mas sempre estarei preparado para dar resposta que eu acho que se deva dar."

O treinador tentou o tempo todo desviar o foco do absurdo que aconteceu no Maracanã. E destacar o empate em casa diante do Santos.

Mas a verdade é que a sua situação como técnico do Fluminense está insustentável. Ele tem sérios problemas de relacionamento com os jogadores. Principalmente com Ganso, a quem substituiu frequentemente.

E ontem faltou sensibilidade ao treinador.

Ele deveria, no mínimo, ter conversado, preparado o jogador para a substituição. Manteria o que acreditava ser melhor para o time, mas evitaria o que todos previam que aconteceria.

Ganso está revoltado com Oswaldo há tempos.

E ontem era uma partida especial para o meia. 

No ano passado, ele estava no pior momento na Europa. O Sevilla tentou emprestá-lo a inúmeros clubes.

Resolveu apelar para equipes brasileiras.

O São Paulo, primeira opção do jogador, não se interessou.

A diretoria santista também foi sondada.

Mas como negociava com Jorge Sampaoli, o treinador argentino foi consultado. E, justo ele que pediu sua contratação para o Sevilla, também não o quis no elenco.

A própria esposa do jogador deixou escapar nas redes sociais que soube das negativas.

Ganso estava muito magoado ontem enfrentando o clube que o revelou para o mundo, comandado por Sampaoli.

Daí não aceitar mais uma substituição feita por Oswaldo.

O treinador, na coletiva, disse que fez as pazes com o jogador.

O chamou, na frente dos outros atletas, e o abraçou.

"Não trabalho para o Oswaldo, trabalho para o Fluminense. Procuro ajudar meus companheiros. Tive uma discussão dentro de campo e não tem como falar 'por favor' e 'obrigado'", ironizou Ganso, antes de entrar no vestiário.

Na saída, mais ironia.

"Se futebol não tiver discussão, não é futebol."

O que aconteceu ontem no Maracanã já teria consequências em um clube de várzea.

Agora, cabe ao presidente Mário Bittencourt, o vice-geral Celso Barros e o diretor executivo Paulo Angioni, justificarem seus cargos.

O Fluminense não pode ser desmoralizado dessa maneira.

O clube está acima de qualquer técnico.

De qualquer jogador.

Foi inaceitável o vexame de ontem...

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