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Brasil terá o adversário mais perigoso na luta pelo ouro. A Espanha

A Espanha sofreu, e se desgastou muito, para vencer o Japão na semifinal da Olimpíada. 1 a 0, na prorrogação. É um time forte, ofensivo, ousado e pronto para jogar, de igual para igual, a final 

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Asensio comemora o gol, sofrido, na prorrogação contra o Japão. Desgaste bom para o Brasil
Asensio comemora o gol, sofrido, na prorrogação contra o Japão. Desgaste bom para o Brasil Asensio comemora o gol, sofrido, na prorrogação contra o Japão. Desgaste bom para o Brasil

São Paulo, Brasil

É a final mais esperada, e temida, para o Brasil.

O time de André Jardine terá pela frente, na final da Olimpíada, pela disputa da medalha de ouro, a Espanha.

E deve agradecer muito ao anfitrião Japão, que vendeu caro demais sua desclassificação, na semifinal. Defendendo com uma intensidade impressionante, dificultou ao máximo a ação do técnico, e amante de toque de bola, time espanhol.

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Foi uma luta extenuante, e até inesperada, para a equipe de Luis de La Fuente. Depois de muito desgaste, insistência, e sustos em contragolpes, a Espanha só conseguiu marcar seu gol aos nove minutos do segundo tempo da prorrogação. 

Foi um belíssimo gol. Asensio, do Real Madrid, recebeu de Oyarzábal, girou o corpo e colocou a boca de esquerda, no canto direito do ótimo goleiro Tani. 1 a 0. 

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O gol saiu depois da cobrança de lateral, que pegou o sistema defensivo japonês mal colocado, porque vários jogadores estavam extenuados, desgastados demais pelo esforço por marcar os espanhóis.

A estratégia de Hajime Moriyasu foi o do sacrifício. 

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Rafa Mir disputa bola com o ótimo goleiro japonês Tani. Espanhóis tiveram poucas chances
Rafa Mir disputa bola com o ótimo goleiro japonês Tani. Espanhóis tiveram poucas chances Rafa Mir disputa bola com o ótimo goleiro japonês Tani. Espanhóis tiveram poucas chances

Ele sabia que tinha uma equipe inferior tecnicamente à espanhola. E tratou de tirar o máximo do aspecto físico de seus jogadores. Definiu seu esquema tático no 5-4-1, com a orientação de travar o toque de bola adversário a partir da intermediária japonesa. Quando a bola chegasse aos 30 metros de seu gol, a ordem era 'tirar o oxigênio' espanhol, montando uma barreira, impedindo que os jogadores europeus pensassem, envolvessem sua defesa.

A Espanha que é uma equipe de tabelas curtas, penetrações às costas da zaga, com a bola partindo dos seus meio-campistas, acabou travada.

Tensos, seus jogadores apelaram para cruzamentos, o que facilitou o trabalho da zaga nipônica.

Tinha em média, até o jogo de hoje, dez finalizações ao gol adversário. Durante os 90 minutos, conseguiu apenas chutar cinco vezes.

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Os japoneses sonhavam com um contragolpe perfeito. Ele não veio, mas conseguiram assustar, com descidas em bloco, ao retomarem a bola, em pelo menos três vezes.

A partida foi absolutamente desgastante para os dois times.

A Espanha, como o Brasil, apostou alto na Olimpíada. Levou seis atletas que disputaram a Eurocopa. Unai Simón, Eric García, Pau Torres, Pedri, Mikel Oyarzabal e Dani Olmo. E também tem três jogadores com mais de 23 anos: Ceballos, Asensio e Mikel Merino.

Detalhe fundamental, o Real Madrid, que não cedeu jogadores para outros países disputarem a Olimpíada, permitiu que Asensio e Ceballos fossem a Tóquio.

Mas o jogador mais caro de todo o elenco é Pedri, meio-campista de 18 anos, do Barcelona. Ele é o mais valorizado de toda a Olimpíada, vale 80 milhões de euros, cerca de R$ 492 milhões. 

Pedri é titular do time espanhol, que tem como principal característica dominar a posse de bola, acuar o adversário. Usa bem as laterais. E tem grande ofensividade. Tudo isso quando enfrenta uma equipe que também ataque, não jogue tão fechado quanto o Japão.

A marcação japonesa exigiu enorme sacrifício dos seus jogadores. A Espanha sofreu
A marcação japonesa exigiu enorme sacrifício dos seus jogadores. A Espanha sofreu A marcação japonesa exigiu enorme sacrifício dos seus jogadores. A Espanha sofreu

Mas no confronto de hoje, mostrou falhas. Seu sistema defensivo não é tão firme. E há espaço entre as linhas. O Brasil tem jogadores capazes de, com dribles, complicar a vida dos espanhóis no sábado.

Luis de La Fuente gosta de comprar o confronto. Atuar no 4-3-3. É perigoso atacando, mas vulnerável defensivamente.

E conta com jogadores que fazem parte dos planos de Luis Enrique para a Copa de 2022. 

Como Pedri, que teve direito a um grande elogio do treinador, após a eliminação espanhola da Eurocopa, nos pênaltis, diante da França, deixando a competição, invicta.

"O que fez Pedri nesta Euro eu nunca vi um jogador de 18 anos fazer em qualquer competição deste nível, seja Mundial, Europeu, Olimpíadas, o que seja. Como ele rendeu, como interpreta o jogo, como ocupa os espaços, a qualidade que tem, a personalidade para atuar neste tipo de jogo, eu nunca vi coisa igual. É algo fora de toda lógica."

O Brasil tem time melhor do que a Espanha como um todo.

Mas é, sem dúvida, o adversário mais perigoso e com potencial nesta Olimpíada.

A final tem tudo para ser muito complicada.

Por isso, Jardine precisa agradecer aos japoneses.

Eles desgastaram os espanhóis muito mais que os mexicanos fizeram com a Seleção.

Essa é uma grande vantagem para sábado...

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