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Ameaças, rojões, time fraco, dívidas. Holan pede demissão do Santos

Bastaram 12 partidas e o treinador argentino Ariel Holan desistiu do projeto de três anos. Pediu demissão sumária do Santos

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Ariel Holan não suportou. 12 jogos foram suficientes para desistir do Santos
Ariel Holan não suportou. 12 jogos foram suficientes para desistir do Santos Ariel Holan não suportou. 12 jogos foram suficientes para desistir do Santos

São Paulo, Brasil

Momentos de terror.

Fogos de artifício em frente à sua casa.

Palavrões, ameaças.

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O clima de violência foi a gota d'água para o fim do projeto de três anos.

Mas o que pesou mais para o surpreendente pedido de demissão, na noite de ontem, logo após a derrota para o Corinthians, por 2 a 0, na Vila Belmiro, foi a certeza.

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As dívidas de R$ 700 milhões obrigaria Ariel Holan a trabalhar com um elenco fraquíssimo. Soteldo já foi vendido no sábado para o Canadá. Marinho, raro jogador com grande talento, também sairá na janela do meio do ano.

A grande revelação Kaio Jorge pode assinar pré-contrato com qualquer outra equipe, a partir de junho. E o atacante de 19 anos já avisou à diretoria: quer ir embora. Tem sondagens de poderosos clubes europeus.

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Os dirigentes santistas não tinham como garantir a contratação de reforços, nem depois da venda de Soteldo e da eventual, de Marinho.

Ele teria de trabalhar, apostar nos garotos de base.

Além disso, não há nem a garantia de salários em dia.

Aliás, o desse mês só foi pago para os atletas que recebem até R$ 100 mil.

O do próprio Holan está atrasado.

Ariel Holan soube que o Santos também planeja a venda de Marinho
Ariel Holan soube que o Santos também planeja a venda de Marinho Ariel Holan soube que o Santos também planeja a venda de Marinho

Logo após o vexame de ontem, depois de outra atuação fraquíssima, na derrota diante do fraco Corinthians, em plena Vila Belmiro, por 2 a 0, Ariel percebeu que ele seria o alvo dessa fragilidade econômica.

Pediu ontem mesmo uma reunião com o presidente Andres Rueda. E avisou que a partida de terça-feira, contra o Boca Juniors, pela Libertadores, será sua última no Santos. Se os dirigentes quiserem. Vai embora para a Argentina. Não abriu nem a possibilidade de reviravolta. 

Rueda não pôde fazer nada.

"Ponderamos, não era o que eu queria. O pessoal confunde projeto de três anos com contrato de três anos com o treinador. Existe uma quebra de contrato de qualquer parte. Ponderamos e de comum acordo aceitamos essa situação. 

"Tentei reverter, não teve jeito. Houve até caso de fogos no apartamento dele. Soltaram rojão. Isso o deixou de uma maneira pouco confortável. Agora de manhã estamos vendo se realmente vai ser nosso técnico com o Boca ou se não vai ser nosso técnico com o Boca", disse Rueda, em entrevista coletiva, hoje pela manhã.

Protesto dos torcedores após a derrota para o Corinthians, em frente à Vila Belmiro
Protesto dos torcedores após a derrota para o Corinthians, em frente à Vila Belmiro Protesto dos torcedores após a derrota para o Corinthians, em frente à Vila Belmiro

Bastaram 12 partidas para Ariel Holan perceber que tudo ia de mal a pior. Foram quatro vitórias, três empates e cinco derrotas.

12 gols a favor.

19 sofridos!

Enquanto Holan se reunia com Rueda, torcedores organizados gritavam contra o TIme, em frente à Vila Belmiro vazia.

Os gritos eram nítidos, claros para quem estava dentro do estádio.

"Time sem vergonha, time sem vergonha."

Ariel decidiu de vez ir embora.

Ele se iludiu.

Sabia que a situação financeira do Santos era ruim.

Mas nem tanto.

Vai voltar para a Argentina.

Quer ficar longe da Vila Belmiro.

O clube procura outro treinador no mercado.

Alguém que cobre pouco.

O Santos passa por outro momento vergonhoso...

(Em 2017, Holan pediu demissão do Independiente, por conta da torcida organizada.

Voltou atrás três dias depois.

Só que seus salários estavam dia.

Estava trabalhando no seu país.

E a perspectiva do clube era bem diferente do Santos...)

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