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Esperança brasileira no ciclismo inicia preparação para Tóquio 2020

Henrique Avancini, quinto colocado no ranking mundial de mountain bike, inicia a preparação para os Jogos Olímpicos a partir de maio deste ano

Olimpíadas|Cesar Sacheto, do R7

Henrique Avancini conquistou quinto título seguido em Araxá-MG
Henrique Avancini conquistou quinto título seguido em Araxá-MG Henrique Avancini conquistou quinto título seguido em Araxá-MG

O ciclista Henrique Avancini, que se tornou pentacampeão da Copa Internacional de Mountain Bike de Araxá — uma das competições mais importantes do calendário da modalidade— no último domingo (15), inicia a partir do próximo mês o ciclo olímpico para Tóquio 2020.

O competidor, de 29 anos, que ocupa a quinta posição no ranking mundial da categoria, destacou a importância da prova disputada em território mineiro pelo grau de dificuldade e a sua representatividade no calendário internacional do mountain bike.

"A prova é principal competição no Brasil em termos de ranqueamento. Ela é conceituada pela União Ciclística Internacional como Stage Hors Class (SHC). Essa categoria de prova só é dada ara outros três eventos no mundo. Tem uma importância enorme economicamente e um peso muito grande esportivamente por trazer os principais nomes europeus e da América", destacou.

Henrique Avancini revelou que a classificação olímpica começa em maio. Por isso, o ciclista readequou a distribuição de carga, treinamentos e provas para chegar ao Jogos Olímpicos no auge de sua forma.

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"Tenho uma prova no Brasil, o Brasil Challenge, em Ibitipoca, Minas Gerais. É uma prova que vou usar como preparação para o segundo semestre. Meu calendário começa a ficar mais sério a partir do dia 20 de maio, quando participo da segunda etapa da Copa do Mundo, na Alemanha. Aí começo a dar atenção quase que exclusiva a essas provas internacionais", revelou o atleta em entrevista ao R7.

O atleta brasileiro explica que o mountain bike possui características do motociclismo e, por isso, criou um mercado que oferece aos competidores mais oportunidades de trabalho e estabilidade profissional.

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"Tem algumas características muito similares (com as motos), que são a presença da indústria, desenvolvimento de materiais, teste de equipamentos e a parte de pilotagem em si. Tem essa parte mais profissional e a parte atlética. No mountain bike, graças a Deus não temos esse drama da maioria das modalidades olímpicas, a ‘ressaca’ pós-olímpica. Consigo sobreviver porque não dependo de confederações, comitês ou coisas parecidas", frisou.

Chegada da prova foi emocionante
Chegada da prova foi emocionante Chegada da prova foi emocionante

Origem da carreira

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Profissional há dez anos, Henrique contou que pedala desde menino, influenciado pelo pai, também ciclista na década de 1970 e que o presenteou com a primeira bike, feita com a sucata da oficina mecânica em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, onde a família morava.

Apaixonado pelo esporte, o jovem que fugia de casa para pedalar nas montanhas teve que tomar uma decisão difícil ainda cedo. Aos 19 anos, ele abandonou a faculdade de Direito para aceitar o convite de uma equipe na Itália e mudar o rumo de sua vida.

“Foi um presente de Deus. Fui escolhido. Sou grato hoje por ter a minha vida envolvida com a bike, porque foi realmente um instrumento na minha vida para ganhar muita coisa, aprender e influenciar vidas de pessoas para coisas boas. Me envolvo cada vez mais desde a minha primeira pedalada e até hoje tenho uma paixão crescente pelo que faço", comemorou Avancini.

Futuro do esporte

O brasileiro revela que o mercado do ciclismo no País teve um salto grande nos últimos anos e ainda há espaço para crescer mais devido ao interesse do público.

"Tem um público absolutamente fiel e grande. A quantidade de pessoas que pedalam é surreal e essas pessoas são acompanhantes assíduas. Isso sempre surpreende a mídia. É interessante", frisou.

Para Avancini, tal fenômeno explica o crescimento do mountain bike no Brasil. "Em 2012, as montadoras brasileiras empregavam um atleta, que era eu. Hoje, empregam mais de 600 atletas profissionais. Dá para ter uma noção de como mudou", finalizou o ciclista.

Veja imagens da Copa Internacional de Mountain Bike em Araxá-MG:

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