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Ouro vira combustível para Talisson Glock buscar mais em Paris

Dono de quatro medalhas em Paris, nadador vai buscar mais um pódio o último dia da natação

Olimpíada Todo Dia

Olimpíada Todo Dia|Do R7

Nanterre - Quatro medalhas, título paralímpico e recorde das Américas. Talisson Glock está satisfeito com o que conquistou em Paris, porém, quer mais. Empolgado por ter vencido os 400m S6 com um tempo histórico nesta sexta-feira (6), ele acredita que pode ajudar o Brasil a subir no pódio mais vez.

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"Saio daqui completamente realizado, consegui minha vaga por revezamento de amanhã, então dá para a gente brigar por um bronze aí também", projetou o nadador sobre o 4x100m misto livre 34 pontos, que será realizada neste sábado (7), último dia da natação na Paralimpíada.

A prova leva em conta a classificação dos atletas para chegar a esses pontos. Talisson esteve na equipe que ficou em quarto lugar em Tóquio-2020 e que foi ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago-2023.


Para conquistar a quinta medalha em Paris, o catarinense de Joinville disse que além de ter um bom desempenho técnico, também é preciso vencer o cansaço. "Cada dia que passa a competição fica mais pesado. Fica mais difícil a gente manter o foco. São vários dias fora de casa, vários dias de competição, já nadei várias provas, mas a gente treina para isso. Então, é se manter firme mesmo e acreditar até o final", enalteceu.

Para conquistar o ouro, Talisson travou uma disputa acirrada contra o italiano Antonio Fantin, que acelerou no fim, mas ficou com a prata. "Eu nado do meio de lado, por não ter o lado do corpo eu acabo não conseguindo olhar ele, então eu olho ele sempre em um momento, na ida, nesse caso, por eu estar na raia 4, eu acabo na ida olhando ele na volta. Então, fiz o final de prova no coração mesmo, não vi o que estava acontecendo, sem referência nenhuma, só entreguei mesmo tudo o que deu e deu tudo certo", detalhou o atleta que tem amputações nos membros do lado esquerdo.

"Eu treino muito para o 400m, essa é a minha prova. Não é fácil treinar para o 400m. No Olímpico não é considerado tanto quanto no paralímpico uma prova de fundo, mas no paralímpico é a prova mais funda que tem, então são longos treinos para a gente chegar aqui e desempenhar, então o resumo de tudo, é muito gratificante", completou o atleta de 29 anos.

Talisson Glock

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