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Novata, Zileide festeja prata e mira ouro "sobrando" em LA

Estreando em Jogos Paralímpicos três anos após diagnóstico, Zileide celebra muito segundo lugar e quer topo do pódio em 2028

Olimpíada Todo Dia

Olimpíada Todo Dia|Do R7

PARIS - Em seus primeiros Jogos Paralímpicos, Zileide Cassiano já conquistou uma medalha de prata no salto em distância T20 e encantou o Brasil com um sorriso cativante. A paulista de 26 anos foi diagnosticada com deficiência intelectual em 2021, e sequer teve um ciclo completo para se preparar para as Paralimpíadas de 2024. Mas mesmo assim, volta para casa com a medalha.

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A atleta já treinava no atletismo convencional desde os nove anos de idade e tentava se especializar nos 100 metros. Após migrar para o esporte paralímpico, aos 23 anos de idade, foi para o salto. Aos 26, é a segunda melhor do mundo, o que não podia imaginar nem nos seus melhores sonhos, como contou após a final em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.

"Nunca, porque eu comecei degrau por degrau, né? Eu comecei com 5.60, depois 5.90, foi crescendo, né? Eu sempre soube que seria difícil entrar aqui, mas ia tentar ao máximo. Olha, eu tô em êxtase, eu tô muito feliz! Foi uma competição maravilhosa, minha primeira Paralimpíada. Nem imaginava que eu ia conseguir chegar aqui. Eu cheguei".


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ZILEIDE JÁ QUER MAIS


Antes mesmo de receber sua medalha, o que acontecerá em cerimônia neste sábado, dá pra ver que a brasileira já pegou o gosto pelo pódio. Agora, a missão para o próximo ciclo, o segundo em uma carreira ainda tão curta no esporte paralímpico, é clara.

"Eu e o meu treinador, o Guilherme, vamos trabalhar muito forte pra que nessa competição que vai ter daqui quatro anos a gente chegue sobrando! Eu quero chegar no meu melhor. A gente vai trabalhar forte pra poder conquistar o ouro."


A PRIMEIRA EXPERIÊNCIA PARALÍMPICA

Antes de chegar em Paris, Zileide já havia medalhado nos Mundiais de 2023 e 2024. Mas os Jogos são diferentes. Após travar uma linda batalha nessa decisão e ser ovacionada por um Stade de France lotado, a paulista tenta absorver o que aconteceu e celebra o momento.

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"Olha, eu amei! Você sente o povo gritando, o povo torcendo, você pega aquela adrenalina e você fala: "Eu tenho direito de estar aqui, o povo tá torcendo por mim". Não é fácil, muitas adversárias fortes, eu também eu sou forte, eu também posso estar aqui competindo igual. Deu pra fazer uma boa briga e conquistar essa medalha."

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