Natação do Brasil reforça confiança em pódios em Paris
Atletas da natação brasileira mostram confiança em muitos pódios nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
Olimpíada Todo Dia|Do R7
PARIS - Menos de 24 horas antes dos primeiros brasileiros caírem nas piscinas pelas Paralimpíadas, os atletas seguiam treinando na Arena La Defense, em Paris. A natação, que chega como esperança de muitas medalhas para o país, é segunda maior fonte de pódios da história do Brasil nos Jogos Paralímpicos, com 125, atrás apenas do Atletismo, com 170 - e a confiança está alta para que o número aumente bem.
No mundial de natação paralímpica 2023, a delegação brasileira foi a quarta com mais medalhas, com 16 ouros, 11 pratas e 19 bronzes. E parte da equipe de 37 nadadores, que conversou com o Olimpíada Todo Dia, sabe que o trabalho bem feito vai seguir dando resultado na água.
BONS TREINOS, BONS RESULTADOS
"Estou me sentindo muito bem, muito em paz, leve. Tenho muita certeza do trabalho que a gente fez, do quão preparada estamos. Me emocionei quando cheguei aqui na piscina, eu sonhei com isso por muito tempo. A gente evoluiu demais de Tóquio para cá, é surreal para três anos. Por conta disso, vieram as conquistas. Estou me concentrando em nadar da melhor forma que aí vou ter muitas chances de brigar por medalha", disse Mariana Gesteira, bronze nos 100m livre S9 em Tóquio e tricampeã mundial, que busca seu primeiro ouro paralímpico.
"Foram três anos de preparação intensa. Agora chegou a hora de mostrar o resultado. É fazer o que a gente faz todo dia", reforçou Lídia Cruz, que nada na classe S4 e é campeã mundial no revezamento 4x50m livre misto em 2022.
Talisson Glock, nadador que vai para sua terceira participação em Jogos, assim como Mariana, também mira o pódio. Além disso, aceitou o papel de ser mais experiente para competir com mais assertividade e ajudar a nova geração.
"Nesses jogos eu acabei tirando algumas provas, priorizando as minhas principais mesmo - só quatro, normalmente eram sete, oito. Eu sinto que já sou de uma geração passada, ver essa galera chegando é animador. Nem sabia que dava para nascer em 2008, estou ficando velho. Tem uma parte de mim que pensa em parar, talvez isso aconteça. Ainda não tenho certeza, mas queria desempenhar o melhor possível nas provas que tenho mais chance, performar melhor nessas que tenho mais possibilidade de medalha."