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Principal jogador do San Francisco 49ers, bem-sucedido, rico, famoso... Tudo parecia caminhar bem na carreira de Colin Kaepernick. Mas seu posicionamento político o afastou da NFL, a principal liga de futebol americano do mundo. O jogador decidiu desafiar os poderosos e há dois anos não atua profissionalmente
Reprodução/Instagram/@kaepernick7
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Kaepernick, então quarterback de uma das principais franquias do mundo, decidiu utilizar a visibilidade do momento em que é cantado o hino nacional para demonstrar sua insatisfação com os rumos que os Estados Unidos tomavam. O jogador se ajoelhou em sinal de luto pelos negros mortos por policiais brancos ao redor do país
Reprodução/Instagram/@kaepernick7
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Naquele momento, o jogador comprava uma briga com algumas das pessoas mais poderosas não só dos Estados Unidos, como também do mundo. O primeiro a criticar o ato tido como ‘antipatriótico’ foi o presidente Donald Trump
Reprodução/Twitter/@realDonaldTrump
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Ao seu modo, o presidente norte-americano utilizou o Twitter e mandou o jogador “procurar um país para morar” se estivesse insatisfeito com as questões raciais nos Estados Unidos
Kevin Lamarque/Reuters - 11.10.2018
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Ainda nesta semana, no aniversário de 50 anos do gesto dos Panteras Negras feito por Tommie Smith (foto) e John Carlos nos Jogos Olímpicos, o quarterback relembrou o encontro com os principais personagens do México 1968
Reprodução/Instagram/@kaepernick7
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Em suas redes sociais, o atleta comemorou que John Carlos, um dos seus maiores ídolos do esporte, postou uma foto com a mensagem “estou com Kap”
Reprodução/Instagram/@kaepernick7
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A questão levantada por Kaepernick rapidamente ganhou a adesão de artistas famosos. A última grande estrela a se manifestar a favor dos direitos civis e contra a repressão policial teria sido a cantora Rihanna. Segundo a imprensa norte-americana, ela teria recusado se apresentar na final do futebol americano, em Atlanta, no ano que vem
Montagem / Reprodução
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Rihanna estava cotada para cantar no intervalo do Super Bowl, o minuto de intervalo mais caro da TV mundial, e teria se recusado a participar. Ainda de acordo com os jornais daquele país, a atitude teria sido uma forma de apoiar o jogador que segue sem atuar
Reprodução/Instagram/@badgirlriri
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Kaepernick não esteve entre os primeiros escolhidos para atuar na NFL, na temporada de 2011. Vindo da Universidade de Nevada, o jogador rapidamente ganhou seu espaço e conseguiu impulsionar o tradicional San Francisco 49ers
Reprodução/Instagram/@kaepernick7
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Mas aí veio a briga com o próprio 49ers, com parte da mídia norte-americana e os torcedores, com a NFL e até Donald Trump. Sem mais nem menos, o quarterback foi afastado do time. Curiosamente, nunca mais conseguiu jogar na principal liga de futebol americano do mundo
Reprodução/Instagram/@kaepernick7
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Sem emprego na NFL, Kaepernick teve cogitada a ida para outros esportes. O beisebol surgiu como uma oportunidade, o atleta chegou a alimentar alguma esperança entre os seus fãs, mas a mudança não se concretizou
Reprodução/Instagram/@kaepernick7
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Mesmo sem time, Kaepernick, hoje com 30 anos, garante que treina a parte física todos os dias na academia
Reprodução/Instagram/@kaepernick7
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Mais do que isso, o jogador também mantém regularmente atividades no campo para não perder a prática do futebol americano
Reprodução/Instagram/@kaepernick7
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O gesto de Kaepernick irritou muita gente, mas também teve seu reconhecimento. O jogador ganhou o título de 'Homem do Ano' da edição americana da revista GQ. Nela ele conta, que o gesto de se ajoelhar em campo foi uma sugestão de um ex-combatente no Iraque e no Afeganistão, com breve passagem na NFL, Nate Boyer. Kaepernick acatou a ideia ao lado do companheiro Eric Reid e consequentemente catapultou os protestos ao redor do país
Divulgação/GQ
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Em setembro deste ano, a Nike sofreu boicote e também impulsionou suas vendas por exibir uma publicidade com o caricato rosto do jogador. A campanha festejava o 30º aniversário do lema 'Just do it' ('apenas faça', em tradução livre) e ganhou tantas críticas quanto elogios
Divulgação/Nike
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Mesmo com as sucessivas ameaças de Trump e da NFL, pelo menos uma dezena de jogadores segue protestando durante a execução do hino nacional norte-americano. O debate sobre questões raciais e os direitos civis também está longe de acabar nos Estados Unidos
Reprodução/Instagram/@kaepernick7