-
Segundo um levantamento feito pela revista Forbes, Emma Raducanu, de apenas 20 anos, é a sexta tenista mais rica do mundo. Um detalhe, no entanto, chama a atenção: ela lucrou cerca de R$ 74 milhões vencendo apenas cinco partidas em 2023.
A maior parte do lucro (R$ 73 milhões) vem dos patrocinadores e das redes sociais. Isso porque Emma, filha de mãe chinesa e pai romeno, é patrocinada por marcas como Dior, Tiffany e Porsche e acumula três milhões de seguidores -
Um levantamento da SponsorUnited mostrou que, em 2022, a jovem tinha o engajamento médio mais alto em publicidades nas redes do que qualquer tenista. Esse sucesso, claro, é resultado de uma construção vitoriosa da atleta
-
Nas categorias de base, conquistou o primeiro título aos 13 anos, em um torneio organizado pela Federação Internacional de Tênis. Em 2018, quando ainda estava na categoria juvenil, foi a número 20 do mundo e disputou seis slams. No torneio júnior de Wimbledon e do US Open, chegou às quartas de final.
Pouco tempo depois, em 2021, foi campeã do US Open adulto em uma campanha histórica. Sem perder um set, ela venceu todos os jogos do qualifying e da chave principal. A tenista colocou fim a um jejum de 53 anos do Reino Unido, que voltou a levantar a taça -
Ainda foi a primeira atleta (tanto no masculino, quanto no feminino) a vir do qualifying e chegar a uma final de Grand Slam – e ganhar.
No mesmo ano, Emma foi a mulher britânica mais jovem a chegar (e ultrapassar) as oitavas de final em Wimbledon, considerado o torneio mais tradicional do tênis na Era Aberta (começou em 1968) -
Ela apenas não foi mais longe em Wimbledon porque precisou desistir por problemas físicos. Mas, o títulodo US Open já rendeu elogios da própria rainha Elizabeth e do então primeiro-ministro Boris Johnson à atleta. "Eu lhe congratulo pelo sucesso. É uma conquista incrível para alguém tão jovem, e uma afirmação para seu trabalho duro e dedicação", disse a monarca
-
Ao total, a jovem tem três conquistas, além do US Open: um W15 em Tiberias, Israel, em 2018; um W15 em Antália, Turquia, em outubro do mesmo ano; e um W15 em Pune, na índia, em 2019.
Em 2022, porém, a estrela de Emma ficou um pouco ofuscada. Ela passou por lesões e terminou o ano com mais derrotas do que vitórias (17 vitórias e 19 derrotas) -
Em maio deste ano, ela comunicou que estava jogando com dor há algum tempo e teve de passar por cirurgia em ambas as mãos, decorrente de lesões ósseas. Isso a obrigou a se retirar do WTA 1000 de Madrid.
Esse também é o motivo de a atleta ter cinco vitórias e cinco derrotas nesta temporada. No início do ano, ela ainda teve uma lesão no tornozelo esquerdo durante o WTA 250 de Auckland e, em fevereiro, abandonou o torneio de Austin por um quadro de amigdalite -
Mesmo diante das adversidades, ela promete voltar às quadras. Aliás, a título de curiosidade, por pouco Emma não escolheu se dedicar ao tênis. Quando chegou à Bromley, na Inglaterra, se arriscou em diversas modalidades: motocross, hipismo, kart, golfe, basquete e esqui
-
Além disso, ela sempre foi muito centrada nos estudos e equilibrava os treinos e a escola. Ela via no ambiente escolar uma forma de manter amigos e "fugir" da realidade, ao mesmo tempo que era "fanática" por tirar 10. Por muitas vezes conseguiu, especialmente em matemática.
No A Level, espécie de vestibular do Reino Unido, conseguiu nota máxima em matemática e economia. Ela acredita que a inteligência também se reflete em mais habilidade em quadra -
Foi com essa facilidade de aprendizado que ela conseguiu aprender mandariam, para se comunicar com a avó chinesa, Mamiya. Todos os anos, ela tenta viajar, no mínimo, duas vezes a Bucareste para visitar a matriarca da família