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Blatter diz que não teme investigações dos EUA sobre corrupção na Fifa

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Isabel Saco. Zurique, 30 mai (EFE).- O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou neste sábado que não teme as investigações de corrupção na entidade conduzidas pelas autoridades dos Estados Unidos. O dirigente suíço prometeu que em seu novo mandato, para o qual foi reeleito ontem, trabalhará por todos os membros da Fifa, incluindo aqueles que apoiaram o príncipe jordaniano Ali bin al Hussein, seu único adversário no pleito. "Os americanos estão investigando? Têm direito de fazer isso, não me preocupo. E não tenho nenhuma preocupação em particular por mim mesmo", disse em sua primeira entrevista à imprensa após vencer as eleições da Fifa pela quinta vez. Blatter negou categoricamente ser o "funcionário de alto escalão da Fifa" que, segundo as acusações apresentadas pelo Departamento de Justiça dos EUA, pagou US$ 10 milhões para diretores da Concacaf escolherem a África do Sul como sede da Copa do Mundo de 2010, "Definitivamente não sou eu. Não tenho US$ 10 milhões", disse. Da mesma forma que fez durante seu discurso de vitória ontem no Congresso da Fifa, o suíço reiterou que está disposto a assumir parte da responsabilidade pela maior crise já enfrentada pela entidade. Entre as explicações de como a corrupção chegou a tal nível dentro da entidade, Blatter aproveitou para alfinetar a Uefa, sua principal opositora nas eleições de ontem. O suíço afirmou que a entidade máxima do futebol europeu foi contra uma proposta que previa a verificação, através de um órgão independente, da integridade dos membros das confederações aspirantes a um cargo na Fifa. "Se as confederações tivessem aceitado esse controle das pessoas que entravam na Fifa, a situação seria diferente. Mas a Uefa rejeitou a medida. Eles são controlados por suas próprias confederações, por isso não sou responsável pelas pessoas que entram", explicou o presidente reeleito da Fifa. Para Blatter, a estrutura hierárquica da entidade obriga a implementação de um sistema de controle não só no nível das confederações, mas também das associações nacionais. "A Fifa é uma pirâmide. Se agora temos essas complicações no topo é porque embaixo não há comitês de ética independentes. Quando isso for implementado em todos os níveis, poderemos dizer que a Fifa será limpa", ressaltou. Sobre sua relação futura com a Uefa, que tentou convencer os demais delegados a votarem em Hussein, Blatter afirmou que será o "presidente de todos", inclusive os que apoiaram o jordaniano. "Isso não influirá em minhas opiniões. Só se eu for alvo de ataques pessoais. Perdoo a todos, mas não esqueço. Não podemos viver sem a Uefa, nem a Uefa pode viver sem nós", acrescentou, em uma espécie de resposta ao presidente da entidade europeia, Michel Platini, que chegou a pedir a renúncia de Blatter. O dirigente suíço afirmou que a Uefa é a "mais importante, rica e com os melhores jogadores", mas também deve ser de exemplo para as outras, assumindo algumas responsabilidades. "Mas não se mostra responsabilidade quando, tendo sido eleito, sequer comparecem à primeira reunião (do Comitê Executivo realizada hoje)", comentou Blatter em uma crítica ao presidente da Associação de Futebol Britânica, David Gill, que confirmou sua renúncia ao cargo na Fifa hoje. EFE is/lvl

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