Junto com a eliminação precoce na fase de grupos da Libertadores, a paciência da torcida vascaína se esgotou com alguns atletas. Antes mesmo da bola rolar, Wellington e Evander foram vaiados em São Januário. E não parou por aí: perto dos 30 minutos do primeiro tempo, o meia sentiu dores na coxa, caiu no gramado e ouviu xingamentos em alto e bom tom até sair do gramado. Chegou o fim da linha? Se depender do Vasco, não.
Mesmo muito pressionado na Colina, o garoto de apenas 19 anos segue com prestígio internamente. A comissão técnica de Zé Ricardo acredita que esteja no nível do elenco e não pretende se desfazer da promessa, revelada na base. Tanto que, no mês passado, recusaram envolver o atleta com o São Paulo em negociação por Diego Souza. O caso de Mateus Vital, vendido em situação parecida e hoje importante no Corinthians, também é visto como um exemplo do que não se fazer.
O clima de pressão não afeta apenas os jogadores vaiados, como também chega ao restante do grupo. Thiago Galhardo, um dos que se salvou das críticas da torcida na última partida, se manifestou após o jogo sobre o companheiro.
- Acho injusto, a gente vem treinando bastante. Evander saiu com lesão, acho que pegaram pesado com ele. Somos profissionais para saber quando estamos em um mau momento. Omissão aqui não teve e nunca vai ter - afirma.
Por outro lado, do jogador, a situação é mais delicada. O staff do atleta teme que a permanência fique insustentável e não descarta uma saída. Vale lembrar que o o pai do camisa 10, Evandro Ferreira, também foi jogador e hoje é empresário - agencia atletas como Kenedy e Vagner Love, ambos no futebol europeu.
Com a lesão muscular na última partida, é pouco provável que Evander tenha condições de jogo contra o América-MG, pelo Brasileirão. Assim, a ideia do Vasco é que o garoto saia de foco até retornar. Um trabalho interno com a psicóloga do clube, Maíra Ruas, é feito constantemente para que os jogadores não percam o foco nos períodos de crise.