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PF faz nova ofensiva contra fraudes em contas de jogadores e treinadores de futebol

Investigação estima prejuízo de mais de R$ 7 milhões

Lance

Lance|Do R7

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Raniel em campo pelo Vasco Daniel Ramalho/Vasco

A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira (13) uma nova fase da Operação Fake Agents, no Rio de Janeiro, com o objetivo de desarticular um esquema de saques irregulares do FGTS de atletas e técnicos de futebol. A terceira etapa da ação teve como alvos três bancários suspeitos de facilitar as movimentações ilegais.

Os agentes cumpriram mandados em endereços na Tijuca, Ramos e Deodoro, além de uma agência da Caixa Econômica Federal no Centro da cidade. Segundo as investigações, os servidores teriam atuado para liberar saques indevidos em nome de jogadores com passagem por clubes como São Paulo, Santos e Vasco.


Entre os prejudicados estariam Christian Chagas Tarouco (Titi), atualmente no Goiás, Ramires (ex-Seleção e Cruzeiro), Cueva e João Rojas (ex-São Paulo), e Raniel (ex-Vasco e Santos).

Investigação começou após alerta de banco privado

O caso veio à tona em 2024, quando uma instituição financeira privada denunciou à PF a suspeita de abertura de contas falsas em nome de atletas. Um dos episódios envolvia o atacante Paolo Guerrero, ex-Flamengo, Corinthians e Internacional, cujo nome teria sido usado para movimentar cerca de R$ 2,2 milhões.


A partir daí, a PF descobriu uma rede de falsificações e transferências irregulares, que teria movimentado aproximadamente R$ 7 milhões entre 2022 e 2024. O esquema seria coordenado pela advogada Joana Costa Prado de Oliveira, que contava com o apoio de funcionários bancários para realizar os saques.

A operação é conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, com apoio da área de inteligência da Caixa.


Advogada acumulava influência no meio esportivo

Joana Prado é uma figura conhecida no ambiente jurídico do futebol. Trabalhou por mais de uma década no Botafogo, onde chegou a ser diretora jurídica, e integrou o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio. Também fazia parte da Comissão de Direito Desportivo da OAB-RJ, até ter sua inscrição suspensa preventivamente após o avanço das apurações.

De acordo com a PF, a advogada se valia de procurações e documentos obtidos por meio de sua atuação profissional para movimentar contas de atletas sem autorização.


Queixas de ex-jogadores e técnicos de futebol

O treinador Oswaldo de Oliveira foi o primeiro a denunciar o caso publicamente, alegando que a advogada reteve mais de R$ 3 milhões referentes a ações trabalhistas movidas contra Corinthians e Fluminense. Segundo o técnico, Joana reconheceu em um acordo judicial de novembro de 2024 ter recebido e não repassado os valores, mas não cumpriu a devolução prometida.

Defesa nega irregularidades

Em nota, a defesa de Joana Prado afirmou que as notícias sobre o caso foram recebidas com “surpresa” e que o processo disciplinar na OAB corre sob sigilo, para resguardar a imagem da advogada.

Os advogados informaram ter apresentado recurso contra a suspensão da carteira profissional, que consideram uma decisão arbitrária e sem observância ao devido processo legal.

- A defesa reitera sua confiança na reversão da decisão e reafirma o compromisso da advogada Joana Prado com a ética e a legalidade - diz o comunicado.

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