A pandemia de covid-19 voltou a crescer e ameaça novamente o futuro do futebol brasileiro. Em 2020, no começo da crise do coronavírus, os clubes passaram por sustos financeiramente. E quais prejuízos os times poderiam ter com uma nova parada? A reportagem escutou o especialista em marketing esportivo Amir Somoggi, proprietário da empresa Sports Value, e teve acesso a um estudo que aponta as perdas financeiras dos clubes brasileiros de 2019 para 2020. Veja as projeções sobre uma possível nova parada e quanto o bolso de cada clube sofreu em 2020
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Qual ponto seria o mais afetado por uma nova parada? - "As perdas com bilheteria e sócio-torcedor já vêm acontecendo desde o começo da pandemia. Então, em uma nova parada, a grande perda é a questão da TV, que na outra paralisação parou de receber dos anunciantes e parou de pagar os clubes. Houve um descasamento de caixa. Cada clube terá um impacto da televisão. Por exemplo, no ano passado, a perda de TV para um clube da Série A chegou a R$ 35 milhões. Caso fique parado novamente, acredito que cada clube possa perder com TV de R$ 4 a 5 milhões, pelo menos"
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Quanto pesa uma má gestão na pandemia? - "A pandemia escancarou a má administração, e como no Brasil a má administração reina, qualquer descasamento de caixa complica. Ou seja: quando o campeonato para, quando a Globo para de pagar, porque ela para de receber, e o clube para de ter dinheiro, precisa reduzir salário de jogador e isso tudo configura uma bola de neve. Com essa situação do ano passado, os clubes estão com prejuízos homéricos e começam 2021 de forma péssima. A parada do Paulistão 2021 é péssima, mas a gestão dos clubes também é"
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O que está faltando de ação nos clubes brasileiros durante a pandemia? - "Existe um problema de gestão do futebol brasileiro, que com a pandemia foi escancarado. Portanto, qualquer parada, qualquer dinheiro que não entra, é o fim das finanças do clube. E isso não ocorre só no Brasil. O Barcelona se complicou, a Roma está com 200 milhões de euros de prejuízo. Todos os clubes estão apanhando com a pandemia, mas no futebol brasileiro deu-se claramente a visão da má gestão, a falta de transformação digital, a falta de receita digital, a falta de possibilidade real de investir nas vendas digitais, entre outras coisas que não estão sendo feitas"
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Agora veja os impactos financeiros da Covid-19 no futebol brasileiro, segundo estudo da Sports Value
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Santos: Receita em 2019 – R$ 400 milhões / Receita do "novo normal" em 2020 – R$ 216 milhões / Perda projetada de 46%
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Cruzeiro: Receita em 2019 – R$ 289 milhões / Receita do "novo normal" em 2020 – R$ 155 milhões / Perda projetada de 46%
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Athletico-PR: Receita em 2019 – R$ 390 milhões / Receita do "novo normal" em 2020 – R$ 221 milhões / Perda projetada de 43%
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Fluminense: Receita em 2019 – R$ 265 milhões / Receita do "novo normal" em 2020 – R$ 162 milhões / Perda projetada de 39%
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Bahia: Receita em 2019 – R$ 189 milhões / Receita do "novo normal" em 2020 – R$ 122 milhões / Perda projetada de 36%
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São Paulo: Receita em 2019 – R$ 398 milhões / Receita do "novo normal" em 2020 – R$ 260 milhões / Perda projetada de 35%
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Palmeiras: Receita em 2019 – R$ 642 milhões / Receita do "novo normal" em 2020 – R$ 425 milhões / Perda projetada de 34%
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Vasco da Gama: Receita em 2019 – R$ 215 milhões / Receita do "novo normal" em 2020 – R$ 143 milhões / Perda projetada de 33%
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Flamengo: Receita em 2019 – R$ 950 milhões / Receita do "novo normal" em 2020 – R$ 665 milhões / Perda projetada de 30%
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Botafogo: Receita em 2019 – R$ 214 milhões / Receita do "novo normal" em 2020 – R$ 153 milhões / Perda projetada de 28%
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Internacional: Receita em 2019 – R$ 441 milhões / Receita do "novo normal" em 2020 – R$ 320 milhões / Perda projetada de 27%
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Atlético-MG: Receita em 2019 – R$ 354 milhões / Receita do "novo normal" em 2020 – R$ 260 milhões / Perda projetada de 27%
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Grêmio: Receita em 2019 – R$ 440 milhões / Receita do "novo normal" em 2020 – R$ 336 milhões / Perda projetada de 24%
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Corinthians: Receita em 2019 – R$ 426 milhões / Receita do "novo normal" em 2020 – R$ 410 milhões / Perda projetada de 4%