A eliminação para o Botafogo na semifinal do Campeonato Carioca provocou mudanças no Flamengo. O executivo Rodrigo Caetano e o técnico Paulo César Carpegiani foram demitidos pela diretoria, nesta quinta-feira (29). A reformulação do departamento de futebol foi definida, restando apenas a oficialização das saídas dos profissionais por parte do clube.
Quem liderou a reformulação foi Ricardo Lomba, vice-presidente de futebol do clube desde outubro de 2017. Ele foi o dirigente que classificou a eliminação no Estadual como "vergonhosa" e prometeu mudanças para "colocar o Flamengo de volta ao caminho das vitórias". A indignação do dirigente repercutiu bem internamente, pressionando o presidente Eduardo Bandeira de Mello.
Rodrigo Caetano chegou ao clube em 2015. O único título do Flamengo desde então foi o Carioca de 2017. As campanhas da Libertadores de 2017 e do Brasileirão, além das frustrações pelos vices da Copa do Brasil e Sul-Americana, pesaram contra o dirigente.
Com a queda no Carioca, a pressão tornou-se insustentável para o presidente, que tinha em Rodrigo Caetano um homem de confiança dentro do futebol. O mandatário, no cargo desde 2013, sempre se mostrou favorável à sequência da estrutura, mesmo em outros momentos no quais o time rubro-negro carioca teve resultados ruins.
Já Paulo César Carpegiani foi apresentado como técnico do Flamengo em 9 de janeiro, após o colombiano Reinaldo Rueda oficializar sua saída do clube para a seleção chilena, depois de uma longa "novela" que atrapalhou o planejamento do clube para o início da temporada.
A princípio, Carpegiani retornaria ao Flamengo para exercer a função de coordenador de futebol, mas assumiu o trabalho no campo também. Foram 17 jogos sob o comando do treinador: 11 vitórias (dez no Carioca e uma na Libertadores), três empates (dois no Carioca e um na Libertadores) e três derrotas (todas no Estadual, para Fluminense, Macaé e Botafogo).