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Para jogadores, atuar no futebol maltês é chance de jogar na Liga dos Campeões

Futebol|

O futebol maltês está longe das transmissões de televisão, das cifras milionárias e dos estádios lotados e modernos. Mas ainda assim consegue realizar um sonho dos brasileiros que se transferiram para lá: a chance de disputar a Liga dos Campeões da Europa. Não há atrativo maior para os jogadores.

Como o país dá ao campeão da liga nacional vaga na fase prévia do principal torneio de clubes do continente, vários brasileiros já conseguiram jogar na competição. O representante de Malta entra sempre na primeira etapa eliminatória e, se passar por outros três mata-matas, tem a honra de entrar também na fase de grupos. Nunca aconteceu.

"Eu jogo aqui pelo privilégio de poder disputar uma Liga dos Campeões. Eu já consegui realizar esse sonho e ainda fiz gol", disse o atacante Jorginho ao Estado. O baiano de 33 anos defende o Birkirkara, mas em 2017 fez três gols na Liga pelo Hibernians em confronto com o Tallinn, da Estônia.

"Foi uma pena que não teve o hino da Liga dos Campeões antes do jogo. Como era fase prévia, não tocava a música no estádio", brincou Jorginho, que está na sétima temporada pelo quarto clube diferente no país.

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Os brasileiros que se mudam para Malta contam encontrar realidade bem diferente no futebol local, principalmente em estádios. O país só tem duas arenas com grama natural. Nas demais, as partidas são jogadas em campos sintéticos e com capacidade público inferior a mil torcedores.

Pelo menos a rotina durante a temporada é bastante tranquila. A primeira divisão tem só 14 equipes e o campeonato nacional é disputado em apenas 26 rodadas. O deslocamento é simples, sem viagens de avião. Tudo é perto. No caso de Jorginho, que atualmente mora no sul da ilha, o jogo mais distante está a 45 minutos de sua casa.

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Para o recém-chegado Tiago Adan, uma boa surpresa foi não ter concentração. "A gente tem de se apresentar só umas três ou quatro horas antes do jogo, para ver o vídeo e ter preleção. O treinador pede para descansar em casa e nos dá essa confiança", contou. É comum jogadores se encontrarem no estádio.

Os atletas com quem o Estado conversou dizem não ter problemas com segurança e elogiam o ensino nas escolas públicas. Os filhos dos jogadores costumam ser alfabetizados em maltês, inglês e italiano.

A comunidade brasileira no futebol de Malta é unida. Grupos de WhatsApp ajudam a manter contato e a combinar encontros nas horas de folga. "Procuramos estar sempre juntos, para nos ajudar e conversar. Fazemos cultos cada dia na casa de um", diz Adan.

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