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No comando da seleção e do Taubaté, Renan Dal Zotto vê 'lucro' em jornada dupla

Futebol|

O técnico Renan Dal Zotto, da seleção masculina de vôlei, assumiu recentemente o time do EMS Taubaté Funvic na Superliga, antecipando uma decisão que já tinha tomado para a próxima temporada: trabalhar em duas frentes. "O projeto é legal e decidi aceitar porque existe uma tendência no mundo de os treinadores de seleções trabalharem em clubes", contou, em entrevista ao Estado.

Ele explica que poderá observar mais de perto os possíveis convocáveis, seja em sua equipe, seja nos times adversários. "A base da seleção está nas quatro ou cinco equipes mais bem colocadas da Superliga masculina de vôlei", disse. "É bom ter esse contato permanente no dia a dia e jogando contra, para ter decisões mais fiéis nas convocações do Brasil", ressalta.

O Taubaté ocupa a terceira posição na Superliga masculina e ainda terá mais dois duelos pela frente antes de conhecer seu adversário das quartas. Nesta quarta-feira, às 20h, o time enfrenta o Sada Cruzeiro em jogo atrasado da competição. O resultado não vai interferir na classificação final, mas o técnico terá mais uma partida para moldar sua equipe para a fase decisiva. Essa é a ideia.

"No esporte, não existe mágica. O alto rendimento é de construção, de dia a dia, de método de trabalho. É difícil no curto espaço dar uma cara para o time. Mas o Taubaté vinha treinando muito bem com o Daniel Castellani, infelizmente não deram continuidade ao trabalho dele, mas ele deixou um trabalho bem importante. É um excelente treinador, que sempre admirei muito", disse Renan.

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Mas a diretoria do Taubaté não estava satisfeita com o rendimento do time nas mãos de Castellani. Irregular na temporada, acabou perdendo para o Fiat/Minas na semifinal da Copa do Brasil e foi derrotado na mesma fase da Libertadores de Vôlei pelo Bolívar, da Argentina. Depois, ainda ficou sem a medalha de bronze ao cair diante do Sesi-SP. Após uma avaliação, foi dispensado.

Como o projeto já era ter Renan na próxima temporada, bastou consultá-lo e antecipar sua vinda. O treinador topou na hora. Sabe, porém, que o caminho para ter uma conquista neste ano é longo e difícil. "Cada treinador tem seu método de trabalho. O time é bom, é competitivo, mas não vim aqui para salvar nada", comentou.

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Desde que chegou, Renan tentou colocar um pouco do seu estilo no Taubaté e até inovou em alguns treinamentos, simulando situações de outras modalidades com seus atletas para aperfeiçoar a agilidade dos jogadores. "Essa é uma coisa de que gosto. Sempre tentei motivar os jogadores a desenvolver novas habilidades e acredito que isso tudo faz parte do crescimento de um atleta", admitiu.

O trabalho de Renan no Taubaté não atrapalha em nada a atividade na seleção, até porque os calendários são distintos. Ele terá um ano importante com o Brasil, principalmente para brigar pela classificação olímpica para os Jogos de Tóquio-2020. A convocação final da seleção para a temporada será no meio de maio, depois da Superliga. Ele só voltará ao Taubaté no início de uma nova edição nacional, aí com o trabalho desde o começo, em outubro, ao final da Copa do Mundo no Japão.

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