O Grêmio chegou à sua terceira final de Mundial após vencer o Pachuca por 1 a 0. O gol da classificação heroica, conquistada na prorrogação, foi marcado por um garoto que saiu do banco de reservas no segundo tempo. Conhecido como “Cebolinha”, o jovem custou R$ 300 mil aos cofres tricolores. Everton chegou ao clube gaúcho em 2013 e proporcionou à torcida um dos momentos mais marcantes da história do clube.
Aos 17 anos, Everton se destacava pelas equipes de base do Fortaleza. Tanto na Sub-17 como na Sub-20, o menino natural de Maracanaú — cidade com pouco mais de 160 mil habitantes, a 24 quilômetros da capital do Ceará — brilhava e despertava a atenção de clubes brasileiros e estrangeiros.
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Foi aí que, em março de 2013, o Grêmio foi atrás do clube cearense e trouxe a promessa para Porto Alegre. Por cerca de R$ 300 mil, o clube gaúcho adquiriu os direitos daquele garoto que, quatro anos mais tarde, colocaria o Tricolor na final do Mundial de Clubes.
Não é à toa que Everton é considerado um talismã. O garoto costuma entrar nas partidas e dar trabalho para as defesas adversárias. Nesta terça-feira (12), ele repetiu a dose: foi chamado por Renato Gaúcho para tirar o colete de reserva e substituir o meia Michel. Logo no início do tempo extra, o camisa 11 pegou a bola do lado esquerdo, cortou para dentro da área e acertou um belo chute para abrir o placar.
Já são 60 jogos do jovem pelo Grêmio, poucas vezes saindo da equipe titular. Conhecido como “Cebolinha”, pela semelhança com o personagem de Maurício de Souza, Everton marcou seu 12º gol com a camisa tricolor.
"Já faz algum tempo que venho entrando. Está provando a força do nosso grupo, que soube segurar e garantir a vitória", declarou na entrevista oficial.
Na campanha do título da Copa do Brasil, em 2016, Everton também foi importante: nas quartas de final contra o Palmeiras, no Allianz Parque, foi dele o gol que empatou o jogo e deu a classificação ao time gremista, que mais tarde se sagraria campeão do torneio mata-mata. Na final, ele balançou as redes de novo. Marcou o terceiro gol da vitória por 3 a 1 sobre o Atlético Mineiro, na partida de ida.
Se nas histórias em quadrinho da Turma da Mônica, Cebolinha vive tramando planos infalíveis e aprontando com os amigos, o talismã tricolor não fica muito para trás. No jogo que talvez tenha sido o mais importante de sua carreira, ele não se intimidou ao pegar a bola e chamar a responsabilidade. Bagunçou a defesa e decidiu. Seu belo gol colocou o Grêmio na final do Mundial pela terceira vez.
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